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AUTHOR'S POINT OF VIEW

Tara estava assistindo um filme na casa dos gêmeos Mindy e Chad, até que ela resolve consultar o seu relógio.

- Merda! Já são nove da noite! Eu deveria estar em casa este horário! - A morena afirma.

- Por que não dorme aqui? Relaxa um pouco! - Chad diz.

- Chad, eu simplesmente não posso! Aliás, tenho que dar comida para o Simba e para a Molly, minha casa é longe e a mãe de vocês disse que está muito atarefada e estressada hoje! - Tara fala; Simba e Molly eram os gatos dela.

- Quer que eu vá na sua casa com você? Está tarde! - Mindy fala.

- Não, Mindy, tenho dezessete anos, sei me cuidar, obrigada. - Tara fala em um tom super compreensível, afinal, a amiga odiava sair sozinha tarde da noite.

- Então tabom, tchau! - Mindy fala.

- Eu te acompanho até a porta, Tara. - Diz Chad.

- Hum... Obrigada. - Tara pega suas coisas e vai para frente da porta, onde Chad estava. Logo dá um abraço no garoto e se retira. Poucos segundos depois ela desaparece da visão dele.

Tara foi à pé, sempre olhando para trás e para os lados. O caminho foi bem tranquilo, a garota pegará diversas e diversas ruas que tinham apenas ela, elas estavam cobertas de árvores grandes e amedrontadoras, cobrindo a vista da garota de certos locais. As casas pareciam abandonadas e cheias de animais um tanto nojentos. Sempre com a sensação de que havia alguém à observando.

Ela passou direto pela rua Witcham e cortou caminho pela Jackson. Não cortou apenas por cortar, também porque sempre odiou aquela rua; continha a casa de Amber Freeman, a garota que ela mais odiava na vida inteira.

Em certo momento, começou à chover, o que tornou a vida da garota mais difícil ainda. Um grupo de garotos de capas de chuva amarelas passou correndo seguindo barquinhos de papel. Eles estavam usando pares de galochas enlameados e seus pés atiraram lama para os cabelos e a roupa da Carpenter.

Chegando em casa exausta, a garota destranca a porta e a abre, logo dá um suspiro quando coloca os dois pés em sua residência. Pelo menos ela poderia tomar um banho e se deitar na cama com seus gatos.

- Molly? Simba? A mamãe chegou! - Tara falou, mas não ouviu nenhum miado nem nada do tipo, o que era estranho, já que eles sempre vinham a ver.

A morena saiu para procurá-los, começou com a sala de estar, banheiros, cozinha, cozinha! Quando ela iria sair de lá, ela se assusta com um telefonema vindo do telefone fixo.

- Caceta, é domingo! Só quero um pouco de paz!

Tara vai desligar.

O telefone toca novamente.

Tara vai desligar.

O telefone toca novamente.

Tara vai desligar.

O telefone toca novamente.

Tara atende.

- OI, AQUI É A RESIDÊNCIA DOS CARPENTER'S, GOSTARIA DE DEIXAR ALGUM RECADO IMPORTANTE OU SENTE PRAZER EM SER UM INSUPORTÁVEL DE MERDA QUE LIGA PARA OS OUTROS EXATAMENTE NOVE E TRINTA E TRÊS DA NOITE? - Tara grita no telefone com fúria.

- Se você não se lembra, infelizmente a professora de gramática nos colocou para trabalhar juntas, o trabalho é na terça, isso significa que vamos ter que nos encontrar amanhã depois das aulas. - Uma voz conhecida fala no telefone.

𝐥 𝐍𝐄𝐄𝐃 𝐘𝐎𝐔 - 𝐓𝐀𝐌𝐁𝐄𝐑 Onde histórias criam vida. Descubra agora