Capítulo 13

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-O que quer dizer com: se meteu em problemas? -Teresa perguntou, deitando-se na cama.

Seu corpo está pesado, mas a sensação é boa.

-Quando estávamos na Rússia eu disse a Nélio, que o motivo da nossa reunião no seu hotel é que íamos debater sobre a Lei de Cuidados Familiares. -Pedro fez uma pausa para que ela acompanhasse seu raciocínio. -Aí, hoje durante a reunião com o congressista Rocha e o senador Batista sobre o rascunho inicial da lei, Nélio contou a eles sobre nossa suposta reunião. -suspirou. -Eu falei a eles que não chegamos a um concesso. Então, temos que trabalhar nisso porque eles estão ansiosos por sua opinião!

Teresa gargalhou.

O rosto de Pedro franziu.

-O que é engraçado? -perguntou confuso.

Teresa deu outra gargalhada, desta vez mais alto.

-O que foi Teresa? -Pedro perguntou se sentindo aliviado por ela estar achando tudo engraçado, em vez de estar indignada.

-Precisamos combinar nossas mentiras! -falou rindo coçando a cabeça sem acreditar que agora ia recorrer à mentira.

-Porque? -Pedro franziu as sobrancelhas.

-Eu falei para minha equipe que estamos trabalhando na liberação do porte de armas!

-Você o quê?! -Pedro exclamou se sentando na cama.

-Eu vou falar com eles. -Teresa disse tranquila.

-Você não está incomodada! -Pedro constatou.

-Não tenho motivos para me preocupar... -ela respondeu calma. - Não depois do que acabamos de fazer. -disse casualmente.

-Ah... -Pedro deixou escapar relaxando.

Está surpreso que o suposto problema não a incomode. Está se sentindo um idiota por ter se preocupado com isso.

-Além, do mais... -Teresa falou com a voz baixa. -Isso significa que vamos ter motivos para nos ver! -sorriu. -Vou falar com Pillar e consertar nossa pequena mentira.

Pedro riu e depois suspirou percebendo que está lentamente se apaixonando por ela. Ainda não está apaixonado, mas está quase! Teresa é sedutora, inteligente, simpática, empática e sagaz. Não poderia pedir mais. Sente que encontrou alguém que combina em tudo consigo!

-Sinto sua falta, querida! -mordeu o interior da boca quando a palavra escapou de seus lábios.

Não queria ter dito isso, mas é a verdade! Sente falta dela, que chega a ser uma uma tortura não vê-la quando anseia por sua presença.

Teresa prendeu a respiração. É a primeira vez que Pedro verbaliza suas emoções.

-Eu também sinto sua falta, querido! -falou sem hesitar porque sente mesmo.

É natural e correto falar isso, afinal eles estão sendo honestos sobre o que sentem!

-Você consegue acreditar como as coisas aconteceram entre nós? -Pedro perguntou rindo.

Teresa sorriu, lembrando-se que o aviso que deu a ele se voltou contra ela.

-Nem me fale... -suspirou. -Eu te avisei para não fazer amizade comigo!

-Estamos muito além de amigáveis! -Pedro sorriu malicioso.

Teresa hesitou. Estava pensando sobre isso e ele deu abertura para ela falar agora.

-Pedro, isso... -parou. -Seja lá o que temos... -respirou fundo para verbalizar o que tanto a atormenta. -Não é apenas sexo, não é?

Pedro endireitou a postura.

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