Capítulo 38 - Eriko.
JÁ TINHAS SEMANAS EM QUE Âmbar estava fora da escola. Tom Riddle não podia negar a falta que a loura fazia para si mesmo. Ele sabia que sentia falta dela. Dippet e Dumbledore resolverem esconder a pedra filosofal novamente, assim, não corre risco de ser pega. Os planos do assassinato de Murta já estavam prontos, ocorreria tudo da mais perfeita forma.
— E que medalhão é este? - o mestiço indagou curioso.
— Do Salazar Slytherin. Você é descendente dele sabia? - Murfino falou como se aquela notícia fosse a maior novidade do ano para Tom, que apenas riu desdém.
— Claro que sabia.
— Mas esse medalhão está perdido. - ignorou o comentário do jovem. - Não é igual ao outros objetos dos fundadores que estão escondidos. Sua mãe fez o favor de perder o medalhão, nele você podia concentrar sua magia e se conectar com seu ancestral.
Riddle com toda certeza desprezava sua mãe, e seu pai então? Mais ainda. No fundo, era rancor de abandono, falta de amor e carinho. Pensar nisso fazia o mesmo automaticamente pensar na loura, o sentimento de saudade, que até o momento era um sentimento desconhecido para Tom, invadia seu coração e apertava seu peito.
"Onde está você loura petulante?"
O mestiço também não acreditava que ela estava passando por problemas pessoais por isso voltou a Londres. Tinha algo por trás disso. Âmbar era muito misteriosa, como ela sabia tanto da vida de Riddle e o mesmo sabia tão pouco sobre a dela?
Era um mistério que se ele não estivesse tão ocupado sendo "Lord Voldemort" dedicaria todo seu tempo para descobrir.
💨Brazil, 2020.
— Que saudade de você! - Âmbar abraçou sua amiga apertado.
— Garota nós nos vimos ontem! - Celeste riu porém retribuiu o abraço.
"É, o tempo por aqui não mudou. Será que lá o tempo congelou também? Oras! Por que estou me fazendo esse tipo de pergunta? Não vou voltar pra lá mesmo."
— Eriko não para de te encarar... - Celeste sorriu maliciosa. Âmbar revirou os olhos. — Ah, qual é! - ela deu um empurrãozinho no ombro da loura. — Ele é bonito vai! E te trata bem, sem contar que sempre gostou de você.
— É, mas não é correspondido.
— Você que é uma chata encalhada, bvzona. - debochou irritada.
Âmbar não era bv, não mais.
— Quem te garante isso? - desafiou.
— Você beijou quem? O gelo? A laranja? Não, melhor... O espelho? - zombou.
Tom Marvolo Riddle...
— Engraçadinha.
— Eriko está vindo em nossa direção, seja legal. - Celeste avisou se ajeitando e ajeitando a loura.
Ela odiava essa escola.
— Olá Celeste! Bom dia! - sorriu gentil. — Er... Bom dia, Âmbar. - por um segundo o louro acastanhado se perdeu nos olhos verdes da loura.
— Bom dia, Eriko. - ela forçou um sorriso improvisado.
— Bom, eu pensei que podíamos talvez, é... Sair. Amanhã. Sei lá, talvez, an... tomar um sorvete?
Âmbar encarou Celeste e o olhar de sua amiga era tipo: "aceita ou terá que lidar com a arma que vou apontar na sua cabeça, mesmo eu não tenho uma. Mas você estará encrencada comigo"
Então a loura apenas assentiu com a cabeça. Libertando o sorriso genuíno dos lábios de Eriko.Eriko não era chato e muito menos feio. Eriko na verdade era simplesmente o garoto mais desejado do colégio. Era gentil, educado e doce. Era perfeito. Mas Tom Riddle era sem sombra de dúvidas o garoto mais bonito que Âmbar já conheceu, e o mais cruel também. O olhar misterioso de Riddle em um tom azul escuro acinzentado. Sua voz rouca. Seu cheiro de essência masculina e menta. Seu corpo definido, como se alguém tivesse o desenhado. Seu maxilar totalmente marcado. A boca rosada e desenhada. A educação extremamente exagerada, que irritava a loura e seu sorriso de canto que podia fazer qualquer uma delirar. Irresistível.
[...]
— Sabe, eu até que estou gostando desse livro. - Celeste disse deitada de bruço com o livro na mão, balançando suas pernas. — Não acredito que o Lord Voldemort foi tão lindo assim. Na minha cabeça ele se parece com o Timothée. Aiai. - suspirou.
Celeste era fascinada no Timothée. Ele é seu ator favorito.
— Ele é muito mais bonito do que é descrito no livro. - Âmbar falou sem pensar, foi impulso.
— Como assim? - indagou Celeste se sentando na cama.
— Ah, na minha imaginação, a sua beleza é excepcional. Enfim, ele é lindo.
— E cruel.
— Sim, e cruel. - suspirou.
Ainda era uma ferida aberta para Âmbar. Já tinha se passado semanas, mas o mestiço mau não saia de sua mente nem por um segundo. Hogwarts não saia de sua mente. Ela queria tudo, menos, estar apaixonada por Tom. Mas mentir pra si mesma não encobre seus sentimentos.
💨 Hogwarts; 1943, maio.
— DROGA! - Tom, em um ataque de raiva, atira o diário branco em suas mãos no chão. — Droga.
— É só ler. - uma voz de meia idade ecoou em seus ouvidos, era seu tio, novamente.
— O que faz aqui? Agora é hora do almoço, deveria estar comendo. - questionou a visita repentina do tio em seu quarto. Morfino então mostrou seu espanador para o jovem.
— Tenho que terminar aqui.
— Ótimo, então vá trabalhar e me deixe. - disse seco.
— Aquela sujeitinha mexia com sua cabeça mesmo, não é? Quem diria, e a história se repete. - o velho deu uma risada nasal. — Merópe. - provocou.
— É apenas um feitiço e eu removo sua vida miserável. - Riddle ameaçou. — Não me provoque, Morfino.
Riddle então se retirou do local, deixando seu tio falando sozinho.
Era final de maio, Tom notou algumas vezes em que passou em frente a diretoria uma voz diferente, que ele nunca tinha ouvido antes. E quando parou em frente à porta escutou um "trazê-la de volta não adiantará de nada, não precisamos dela, está tudo sob controle."
Ela?
Riddle estava enfeitiçado o suficiente para pensar que estavam falando sobre a sua sangue ruim predileta ou estavam realmente falando sobre ela?
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A PRIMEIRA MERLINIANA | TOM RIDDLE
Fanfiction"O primeiro merliniano... Só ele poderá decidir se será nossa salvação ou nossa destruição." Um desejo, um caos, uma paixão, um ano diferente... Âmbar Bittencourt vive trancada no quarto lendo, seu maior desejo era ser sugada para dentro da históri...