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Emergir após você ter quase se afogado te faz sentir aliviado, exasperado, inquieto, feliz e ao mesmo tempo desesperado.
Sua respiração se descontrola e seu pulso acelera inexplicavelmente.
Era exatamente assim que Priscila se sentia, como se quase houvesse se afogado.
Carolyna era o seu mar.
Os lábios quentes sobre os seus não a deixavam pensar, só sabia de algo:
Precisava de mais.
E foi com tal pensamento que apenas permitiu a passagem da língua da menor, vibrando internamente com o contato.
Não era um beijo qualquer, era Carolyna ali.
Anna Carolyna Borges.
Ela não podia acreditar naquilo, não conseguia cair sua ficha de que beijava a garota que...
Ela vetou seus pensamentos quando a menor chupou seu lábio inferior e enfiou as duas mãos por dentro de sua camisa, arranhando as unhas curtas em sua pele, causando a inflamação de todo seu corpo.
Carolyna voltou a aprofundar o beijo e Priscila a puxou mais para si, levando uma de suas mãos até os cabelos da nuca da menor e a enfiando ali, os puxando de leve, sentindo a textura sedosa dos fios entre seus dedos enquanto suas línguas se encontravam em um perfeito encaixe.
Carolyna arfou contra sua boca e apertou sua cintura, tentando juntar ainda mais os corpos, como se os tentasse fundir.
- Detentas! - A voz firme e ríspida de uma das guardas fez elas separarem as bocas, sem se afastarem totalmente. - Aqui não é lugar para isso.
Ambas assentiram, se afastando de vez uma da outra.
- Não deveríamos ter feito isso. - Priscila, que possuía seu lábio ligeiramente avermelhado, falou e Carolyna negou com a cabeça.
- Claro que deveríamos. - Disse, sem se importar com o fato de pouco tempo atrás ter pensado que deveria tentar não se apaixonar por Priscila.
- Você tem problemas de interpretação? - Priscila perguntou. - Daniela disse para você não encarar e você me encarou, eu disse para não se aproximar e você vive criando conversas íntimas, agora digo que não deveríamos e você diz que sim.
- Não tenho problemas de interpretação, apenas sei formar opinião própria. - Carolyna rebateu e Priscila suspirou, indo em direção à sua cela.
- Pare de me seguir, Carolyna! - Priscila pediu.
- Só quando me disser por que não deveríamos. - Carolyna falou e Priscila entrou em sua cela, subindo em sua cama e se virando para a parede.
Carolyna suspirou e se encostou na parede de frente para o beliche.
- Eu não sabia que te incomodava tanto assim, desculpe.
- Não faça isso.
- Isso o quê? - Carolyna perguntou e Priscila se virou para ela.
- Esse drama todo, me mostrando que estou reagindo exageradamente. - Priscila explicou e
Carolyna a fitou, sorrindo fraco antes de assentir e se deitar em sua cama.O silêncio perturbador fez Priscila suspirar.
- Carolyna?
Silêncio.
- Carolyna?
- O que é? - A morena perguntou e Priscila se equilibrou em seu peito, olhando para a cama de baixo.
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Presa Por Acaso | Capri
Fanfic[CONCLUÍDA] O que você faria se, por um golpe do destino, você fosse presa mesmo sendo inocente? Carolyna Borges não se assustou tanto quando foi mandada ao julgamento, afinal sua família tinha a conta bancária transbordando dinheiro o suficiente pa...