Capítulo 47.

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- Eu já disse que você tem que se calar. - Carolyna repreendeu após longos minutos de discussão com sua irmã. - Depois do que você fez...

- E o que eu fiz? - Olívia indagou irritada e Carolyna riu com escárnio.

- Não se faça de sonsa, garota. - Carolyna disse. - A minha conversa com você eu deixo para depois, agora, eu vou levar a mamãe.

- Você não vai, sua idiota!

- Olívia Borges, por que está falando assim com a sua irmã? - Danda indagou ao voltar já pronta para o local e a garota respirou fundo.

- Mãe, você não precisa ir com ela, você está bem! - Olívia disse.

- Não. Ela não está e você sabe disso. - Carolyna retrucou. - Qual é a droga do seu problema, Olívia? Está esperando que o episódio se repita? - A garota então se calou, fitando o chão por segundos intermináveis.

- Não posso deixar que tire a mamãe de mim... - Ela disse finalmente em um tom baixo, todavia, desesperado. - Eu só tenho ela. O papai se foi...

- Só vou ao médico, querida, não exagere. - Danda disse rindo.

- Não, mãe. Ela vai te internar. ela quer te trancafiar num maldito sanatório. - O sorriso de Danda morreu ao ouvir a voz firme de sua filha.

A mulher piscou confusa e se virou para Carolyna.

- Não. - Ela disse. - Nós só vamos ao médico, não é, querida? - Danda perguntou e Carolyna suspirou.

- Você não devia ter feito isso. - Carolyna disse irritada para Olívia. - Mãe, escuta, você precisa ficar lá por um tempo.

- Não. - Danda disse sentindo a irritação a inundar. - Eu não preciso. - Falou magoada. - Não acredito que me apunhalaria pelas costas. - Ela disse, começando a negar com a cabeça freneticamente conforme seu corpo começava a tremular de raiva. - São eles... Sempre eles... Esses malditos demônios que querem me ver morta, filha. Eu não sou louca, não sou... Você sabe, não sabe? - Ela indagou, fazendo Carolyna assentir.

- Você só precisa de ajuda, mãe, e está tudo bem isso. Todos nós precisamos em algum momento da vida. - Carolyna disse, sacando o celular de sua bolsa para chamar uma ambulância.

- O que está fazendo? - Olívia indagou.

- Concertando novamente as merdas que você faz. - Replicou.

- Eu não sou louca. Não sou. - Danda repetiu negando ainda com a cabeça freneticamente. - Foi só ficar longe de mim que você se transformou em uma cobra, uma falsa que quer me destruir, acabar com a minha vida. - Danda disse irritada, elevando o tom de voz. - Você se aliou com eles para me matar, sua perdida, infeliz.

Carolyna sabia que aquela não era a sua mãe, era só alguém tentando atingi-la, porém não conseguiria, afinal ela já estava acostumada.

Assim que finalizou a ligação (apesar da tentativa de Olívia para que ela desligasse) ela fitou novamente sua mãe.

- Maldita filha que eu fui ter...

- Titia? - A voz fina vinda do topo da escada fez Carolyna se apavorar.

Ela sabia que a qualquer momento Danda começaria a jogar coisas nela.

Tal pensamento a fez subir as escadas as pressas e pegar Sofia no colo, descendo com ela antes de correr em direção ao primeiro empregado que encontrou pelo caminho.

Ela sentia sua mãe correr em seu encalço, mas sequer olhou para trás.

- Preciso que se tranque no meu carro com ela e só saia de lá quando eu ir avisar. - Carolyna disse, entregando a garota rapidamente para a mulher e pegando sua chave de seu bolso para logo fazer o mesmo com ela.

Presa Por Acaso | Capri Onde histórias criam vida. Descubra agora