Capítulo 23.

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- Demorei? - Priscila perguntou rindo ao entrar na cela ainda de cabelos molhados e Carolyna sorriu, vendo Priscila pegar sua escova de dentes e ir para o lavatório.

- Eu devo beijar bem demais para você estar desesperada desse jeito. - Carolyna disse, rindo com a língua entre os dentes ao ver Priscila lhe fuzilar com os olhos. - Só quis dar o troco, desculpa.

Ela voltou sua atenção para o livro que lia, mas a verdade é que não lia nada.

Estava focada em como seu coração havia acelerado ao ver Priscila entrar naquela cela e, não, não se tratava de sexo, senão de como seu coração vinha acelerando sempre que a maior se aproximava.

Um mês.

Um longo mês, mês onde tudo poderia ter sido pior, porém Priscila não deixou.

Ela havia cuidado de Carolyna mesmo quando ainda usava a máscara de durona.

Seus pensamentos foram interrompidos quando sentiu sua cama se afundar e logo ela virou o rosto para Priscila, que sorriu antes de enterrar o rosto em seu pescoço.

Ela suspirou e fechou o livro.

- Olha só quem está toda carinhosa. - Carolyna falou rindo e logo resmungou ao sentir Priscila mordeu seu ombro.

- Não caçoe de mim. - Priscila reclamou e Carolyna se virou, enlaçando sua cintura com um dos braços.

- Não estou caçoando, sua boba. - Carolyna disse, dando-lhe um selinho demorado. - Eu adoro você assim. - Falou, pincelando seu nariz no de Priscila.

- Adora, hm? - Priscila falou, se inclinando para tomar os lábios de Carolyna em um beijo manso.

A menor largou o livro e se entregou totalmente ao beijo, sentindo a textura daqueles lábios rosados e gelados pela recente escovação de dentes.

A língua macia de Priscila se encontrava com a sua gentilmente, enquanto a mão da maior escorregava para baixo de sua blusa, arrastando as unhas delicada e vagarosamente por sua pele, fazendo seu
corpo inteiro se arrepiar.

- Temos uma hora até as policiais começarem a nos revistar para apagarem as luzes. - Priscila falou contra seus lábios. - Tem certeza de que quer continuar isso agora ou prefere esperar?

Carolyna a fitou intensamente antes de responder.

- Uma hora dá para nos divertirmos bastante, não acha? - Carolyna perguntou e Priscila assentiu.

Se desvencilhando dela antes de prender o famoso lençol nas grades e retirar sua blusa, deixando o sutiã preto à mostra para então voltar a se deitar, desta vez sobre Carolyna, colando suas bocas sem perder tempo.

A menor sentiu uma sensação estranha em seu estômago e abriu os olhos sem deixar de beijar Priscila, vendo o rosto branco e extremamente delicado colado ao seu, os olhos fechados, destacando os cílios pretos e perfeitamente projetados.

Ela tinha uma expressão de pura satisfação em seu rosto enquanto se beijavam e os cabelos molhados caíam sobre seus ombros.

Bem ali Carolyna soube:

Ela estava ferrada.

O toque singelo e suave de Priscila por dentro de sua camisa fez Carolyna sentir-se flutuar, fechando os olhos unicamente para deixar-se sentir as sensações novas que seu corpo estava lhe proporcionando.

Priscila se debruçou mais sobre si e começou a distribuir pequenos e delicados beijos por seu maxilar, migrando para seu pescoço, fazendo Carolyna alçar ligeiramente o pescoço para dar acesso total à maior.

Presa Por Acaso | Capri Onde histórias criam vida. Descubra agora