Capítulo 36.

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- Hoje está mais frio do que o normal. - Carolyna  falou, se aconchegando mais nos braços de Priscila.

Ela notou que sua namorada fitava Valentina de longe e que provavelmente não ouvia nada do que ela falava.

- Priscila, está me ouvindo? - Nenhuma resposta foi emitida e Carolyna bufou. - E então a médica me beijou a força.

- O quê? - Priscila perguntou apressadamente, fitando seriamente Carolyna.

- Viu só como não estava me ouvindo? - Carolyna disse fingindo irritação.

Priscila suspirou e enlaçou um braço ao redor de Carolyna, voltando a fitar Valentina.

- Desculpe, Lyna, é que... - Ela negou com a
cabeça. - Algo está errado. - Observou.

- Como assim? - Carolyna indagou.

- Não sei explicar, mas conheço os passos de todo mundo aqui e Valentina está agindo diferente hoje. - Falou. - Tomaremos banho juntas por precaução.

- Não vejo problema nisso. - Carolyna disse, soltando um risinho malicioso, porém o cessou quando viu que Priscila manteve o olhar em Valentina. - Vamos lá, me dê atenção, Pri... - Carolyna pediu, apoiando a testa no maxilar de sua namorada. - Eu só tenho mais umas duas semanas aqui.

Priscila voltou a fitá-la e sorriu de lado, assentindo.

- Está vendo aquelas duas loiras com quem ela está falando? - Priscila perguntou e Carolyna assentiu. - Foram presas por assassinato e são líderes de seus respectivos bandos.

- Não foi uma delas que quebrou o nariz de Valentina? - Carolyna perguntou reconhecendo.

- Exato. Ela jamais perdoa alguém, a menos que ofereça algo bom, ela nos olhou quatro vezes hoje e seu padrão é duas. - Priscila apontou os fatos. - Sinto cheiro de encrenca.

- Não seja paranoica. - Carolyna disse, envolvendo os braços ao redor do pescoço de Priscila. - Você é a líder daqui. Está segura.

Os olhos castanhos a fitaram rapidamente.

- Você se ouviu? - Priscila indagou e Carolyna
assentiu. - Lyna, você sabe que eu... - Limpou a garganta. - Você sabe a verdade.

- Sim, eu sei. O que tem?

- Deveria saber que não estamos seguras de verdade. Eu sei lutar um pouco, porque aprendi, mas não é o suficiente.

- Mas elas não sabem disso. - Carolyna disse, dando um beijo no rosto de Priscila.

- Tenho medo de que te aconteça algo. - Confessou.

- Nada vai acontecer, Pri, não pense nisso. - Ela pediu, dando mais um beijo no rosto de Priscila, que fitou uma das loiras no exato momento onde voltava a lhe encarar.

- Não sei. Algo está estranho. - Ela avisou, jamais desviando o olhar da loira.

- Você só está com medo porque me contou a verdade e agora acha que algo vai dar errado, mas não vai, meu amor. - Ela disse, puxando o rosto de Priscila em sua direção para lhe dar um beijo manso.

Aquilo definitivamente abrandou o coração de
Priscila.

- Tem razão. - Disse relaxando. - Acho que estou exagerando.

- Sim. Sofia diria que você precisa de muito carinho para ficar calma. - Carolyna disse sorrindo e Priscila arqueou uma sobrancelha.

- Ela diria ou você? - Priscila perguntou rindo.

- Ela, sua maliciosa. - A menor contestou e Priscila sorriu genuinamente.

- Como se sente sabendo que poderá abraçá-la em poucos dias?

Presa Por Acaso | Capri Onde histórias criam vida. Descubra agora