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Passava das 19h da noite quando as portas sendo abertas avisava aos visitantes que o pub começaria a funcionar.

O pequeno bar rústico ficava localizado nas ruas de Itaewon, bairro nobre de Seul. O local fora escolhido a dado, não era a toa que ficava bem próximo ao complexo militar da Razer.

Como os agentes sabiam? Simples! Um dossiê fora entregue aos homens, contendo fotos dos possíveis membros do Cartel, havia uma lista extensa com os nomes dos homens de confiança dos Jeon's — veículos blindados, armamentos pesados e vários carregamentos de metanfetamina também adornavam as páginas do documento.

O Baco existia há mais de um ano — foi de Jimin a ideia de abrirem um bar, não só pela localização ser boa, mas por ser um ponto de encontro da elite coreana, mais especificamente dos filhos de grandes empresários, que não faziam nada além de gastar o dinheiro dos pais com drogas, bebidas, jogos e sexo fácil.

Kim Taehyung, Kim Namjoon e Park Jimin eram agentes especiais da CIA, agência responsável por coletar informações sobre governos, possíveis ataques terroristas etc. Os  homens se conheceram no complexo de quântico, local escolhido para serem treinados durante 3 anos. O FBI, a própria CIA e o Exército Norte Americano foram responsáveis pelas boas condições de combate e raciocínio lógico dos agentes.

Além de combates corpo a corpo, tiro ao alvo e treinamento para armar e desarmar bombas, também tiveram aulas de russo, coreano, espanhol e italiano.

Antes de embarcarem para a Coreia do Sul, com a missão de coletar provas e derrubar o maior Cartel da Ásia — o Razer — os agentes tiveram um último treinamento, a pedido do Presidente dos Estados Unidos, com o intuito de comprovar se eles eram realmente capazes para desenvolver a missão.

A CIA é famosa por utilizar a técnica waterboarding em suas torturas. Ou melhor dizendo, afogamento simulado.

Os três agentes foram colocados, um por um, em cima de uma grande mesa de madeira — de costas para a mesma e com a cabeça inclinada para trás. Seus braços e pés foram amarrados por correntes, uma toalha seca fora colocada em seus rostos e, de dois em dois minutos, a querosene era jogada— encharcando a toalha e causando uma súbita falta de ar.

Perguntas acerca da operação foram feitas, os agentes conseguiram aguentar firme, nada confidencial foi exposto e o Presidente, satisfeito, lhes prometeu uma grande promoção, junto a uma recompensa de 2 milhões de dólares cada, caso conseguissem derrubar o Razer e colocar Jeon Sunwoo atrás das grades.

Com o sonho de um grande cargo na CIA, uma gorda recompensa em dólares e o prestígio nacional, os três amigos se instalaram na Coreia do Sul. Por sorte, eram norte americanos com descendência coreana, facilitando o entrosamento com os cidadãos locais.

Há dois anos em Seul, podiam dizer que tudo estava ocorrendo como o planejado. Entretanto, a aproximação de Taehyung com o herdeiro Jeon era algo que tirava o sono do homem.

Achou que seria fácil frequentar locais em que Jungkook frequentava, com o intuito de, talvez, conseguir a atenção do homem— pensamento tolo. Jeon Jungkook era como um fantasma. Seu nome não saía em revistas de fofoca, muito menos em programas policiais. Estava limpo. Se não fosse pela foto do homem no dossiê, jamais saberia sua fisionomia — a foto era de Jungkook adolescente, era verdade, mas era melhor do que nada. Certo?

Após longos meses com as contas no vermelho, o pub passou por algumas mudanças. Os amigos sentaram para analisar o que poderia ser feito. Quando Hwasa, chef de cozinha do pub e neta de brasileiros deu a ideia de abrasileirar o ambiente, com a afirmação de que os coreanos amavam o Brasil.

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