Era por volta das 14h da tarde quando a equipe médica conseguiu finalizar a operação — o projétil fora removido com sucesso — todos estavam exaustos. Tanto física quanto psicologicamente. Após enviar o Jeon para a unidade de terapia intensiva, a equipe médica pôde descansar, em paz — o corpo do instrumentador cirúrgico fora removido da sala de cirurgia e todo o ambiente fora limpo.Hoseok estava exausto — não comia desde a noite anterior, sentia-se aéreo; sua capacidade cerebral estava deveras comprometida com o acontecimento trauma de outrora.
Apesar do sucesso da cirurgia, a médica alertou sobre a possibilidade do Jeon desenvolver sequelas irreversíveis — o coração dele havia parado de bater por longos minutos — além da perda considerável de sangue.
Hoseok caminhou lentamente até a UTI — seus fios estavam desgrenhados, suas roupas e sapatos sujos do líquido vermelho vivo, já seco. Tinha olheiras profundas e uma cara de acabado. Precisava resolver toda aquela bagunça, mas não sabia por onde começar.
Yoongi não lhe atendia, Mingyu fora designado a buscar Taehyung, Soobin, Hwasa e Jae — seriam levados a um esconderijo estratégico. O local era revestido com placas de blindagem nas portas e janelas. Estacionamento subterrâneo. Torre de guarda. Câmeras de vigilância por todo o perímetro, um quarto do pânico equipado com banheiro próprio, máscaras de oxigênio, dispensa abastecida e colchonetes forrados por toda a extensão do piso. Além, é claro, de uma parede montada com um arsenal; pistolas, adagas, rifles, metralhadoras, granadas e coletes.
Ao redor da propriedade, drones sobrevoavam a todo instante, Dobermans e militares faziam a segurança do perímetro.
Ninguém entraria ou sairia sem a autorização de Hoseok.
Dez carros fizeram a escolta da família de Jungkook — todos blindados, além de dois helicópteros para dar suporte aéreo e uma dezena de batedores para abrir caminho e evitar incidentes.
Com Jungkook fora da jogada, Yoongi era o próximo na linha sucessória — por merecimento.
Mas o homem de olhos pequenos estava desaparecido — O Jung, como terceiro na linha de sucessão, ficou encarregado de comandar o Razer e garantir a segurança de todos.
O complexo fora fechado totalmente. Tanques de guerra foram estrategicamente estacionados na entrada da propriedade, impedindo olhares curiosos. Carros, caminhões e carretas entravam e saíam pela entrada privativa — carregando armamentos, dinheiro em maletas, documentos confidenciais e drogas.
Fariam a extração de todo o material bélico, levando-o à propriedade da floresta — O complexo seria detonado quando todos estivessem na zona segura.
Hoseok estava em um impasse — queria remover Jungkook do prédio o mais rápido possível, entretanto, o moreno de fios negros como a noite encontrava-se debilitado demais para uma remoção forçada.
Esperaria, no mínimo, dois dias — e então, Jungkook seria transportado por uma UTI aérea.
A notícia pegou muitas máfias de surpresa — algum filho da puta fez questão de espalhar sobre a morte precoce do herdeiro Jeon; e isso atrairia inimigos do Mundo todo. Diversas famílias com ambição suficiente para tentar tomar o controle do Cartel mais rico da Ásia e Europa.
Nos portos, a marinha redobrou a segurança — navio cargueiro nenhum poderia atacar sem a devida autorização e, se fosse de outro País, ficariam em quarentena, por três dias, até que o Ministro da Defesa pudesse, de fato, ter total certeza de que não eram um risco.
O mesmo acontecia na base dos pilotos da força aérea — caças sobrevoavam as linhas mais importantes do espaço aéreo, a fim de neutralizar ou eliminar qualquer possível ameaça.
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Blood, Sweat & Tears
General FictionOs Jeon's fazem parte da família mais abastada da Coreia do Sul. Utilizam-se de um conglomerado de fachada para lavar dinheiro e esconder o real motivo de sua riqueza: o Cartel Razer - Considerado o cartel mais perigoso e poderoso do continente Asi...