Como as sombras

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Llangollen, País de Gales.

A estrela vespetina cíntilava a oeste, e as nuvens se misturavam ao azul avarssalador do céu poente. Estranhamente, os ventos estavam um tanto que agitados naquela noite. Normalmente a natureza dos ventos em Llangollen, era extremamente sútil, mas naquela noite a ávidez deste era de surpreender, e para os conhecedores dos estudos míticos do lugar, aquele era um sinal. Naquela noite, os estudiosos sobre as estrelas, notaram algo bem peculiar. A anos algo daquela natureza não surgia em Gales, no entanto, naquela noite foi possível vê e reconhecer a constelação real. Os magos nos estudos estelares, dispertaram de seu sono um tanto o que assombrados. A anos ventos como aqueles não se faziam presentes, e assim que olharam para o céu, grande foi a surpresa ao enxegar a constelação mais rara em todo o reino. Foi desnorteador. A constelação era formada por dez estrelas em forma de coroa. Segundo seus conhecimentos e estudos, sabiam perfeitamente que aquela era uma predição.

Ao verem a constelação, de imediato se reuniram em seu conselho, eram em torno cinco conhecedores antigos sobre os segredos dos céus de Gales. Aquele fenômeno não era incomum, mas era raro, de certo que, se ele estava ali, era porque as estrelas tinham algo a dizer, mas o quê? Essa era a constante pergunta dos estudiosos. Curiosos e preocupados, foram em busca de respostas. Reuniram seus muitos papiros e um mapa onde haviam as estrelas dos céus de Llangollen. Durante séculos, as estrelas eram os seres mais bem feitos e amados da natureza, isso de acordo com os sábios. Mas claro que, era uma opinião apenas para os gales, em outros países, não se encontrava a mesma visão, isso era apenas uma questão de cultura e história.

Preocupados com o que poderia ser aquele sinal, os cinco estudiosos passaram a noite se debatendo, lendo e escrevendo. Claro que era preocupante, pois, poderia ser algo de muito desagradável. A última vez que aquela constelação surgiu, foi a quarenta anos atrás, quando o céus preveram a morte do rei e sua triste partida. A constelação era a mais bela de todas, mas dependendo do lado em que se encontrava, era algo que dizia se era bom ou ruim. Havia também o número de estrelas e como cada uma se encontrava, se haviam dez estrelas perfeitamente em seu lugar, era de fato algo preocupante e de demasiada importância. Sábios de anos e experiência, sabiam perfeitamente como interpretá-los, mas claro que com seu devido cuidado. Passaram oras se debatendo do porque a constelação dos reis surgiu, e a coroa estava perfeita, as dez estrelas estavam postas em seu devido lugar e cintilavam intensamente. Depois de tanto debate e estudos, finalmente um dos demais, com mais sabedoria e conhecimento sobre o assunto disse:

- A coroa de Gales está no céu poente rumo a oeste. As dez estrelas estão em perfeitas posições e brilho, mas vejam as da direita, estas possuía cor diferente.

- Isso quer dizer que...

- Nosso rei, está vivo!

Se entreolharam abismados e estupenfados, mas, o mais sábio estava correto, a coroa de Gales não mentia. O fenômeno que a anos não surgia, agora surge lhes trazendo uma grande revelação.

- Sua majestade precisa saber.

De imediato abriram um dos papiros brancos e limpos, e com uma pena passaram a escrever no idioma de "cymraeg". Depois de escrito, entregaram a carta para um cavaleiro e este logo parte de imediato e sem perder tempo.

***

Ribe, Dinamarca.

Palácio real.

Depois de dispertar de seu desmaio, o príncipe se deu conta que o sol do amanhã já entrava por suas janelas, e as cortinas dessas balançavam soavemente sendo tocadas pela brisa leve. Dispertava aos poucos, e assim que os lumes abriram-se se encontravam um tanto que turvos, mas, depois a visão voltou a sua normalidade e sua alteza foi capaz de enxegar seus aposentos. Sentou-se na cama encostando-se na cabaceira, sentia uma dor desagradável na cabeça e sobre tudo no mesmo lugar aonde estava o pequeno hematoma da queda passada. Era ao lado direito, mas os fios dourados escondiam. Ouviu a canção dos pássaros vindo do lado de fora de sua janela, viu os raios mansos tocarem em alguns objetos de ouro e viu as flores bem vivas de seu quarto. Certamente que foram trocadas, mas, sua alteza só se deu conta deste detalhe agora. Estava confuso, a cabeça pesava e sentia uma certa frágilidade no corpo. Estranhamente sua mente não conseguia se esforçar, somente o que era capaz de fazer lhe sentir o incomodo.

O padre - JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora