Em sua imensidão celeste, o céu estava prateado como a segunda coroa dos reis de Ribe, e lá no pico da montanha a ave gorjeava com seu canto entre as vastas campinas do sul real. A magnífica neblina, que recaia na vasta grama e abraçava as árvores de porte alto, iludia os olhos como se fossem cavalos correndo. Ali entre as macieiras muito verdes e perfumadas, estava sentado, debaixo de suas folhagens macias, sua alteza, que mirava com seus olhos azulados o ser que estava em sua frente, com vestes levemente negras e um manto que pendia sob seu rosto, escondendo a cor e as formas de suas faces. Não sabia ao certo dizer se aquele ser era uma estatueta, que parada entre as folhagens possuía o brilho prateado do luar, aquele brilho que o envolvia, fazendo o ser se tornar mais estupendo e fascinante. Os olhos azulados percorriam sob ele insistentemente, como se precisasse de respostas. Continou ali ao observar, quando o vento leve acariciou as folhagens e arrancou do solo as margaridas que levemente eram levadas pela brisa e passavam pelo ser, dando a ele mais graça e formosura. Jamais alguém lhe foi tão belo quanto aquele que estava ali parado, mesmo sem saber como seria suas faces, ainda assim, lhe era o ser mais belo. Permaneceu a mira-lo estupenfado, quando derepente, uma pequena luz se refleria através do manto. Tornou-se intrigado, o que seria aquela pequena luz? Ela parecia estar em seus olhos que eram escondidos pelo tecido longo e rendado. Porque aquele ser lhe era tão magnífico mesmo tão escondido? Não sabia, mas sabia que aquela pequena luz ainda brilhava através do véu. Ergueu-se e levemente se dirigiu a ele. Já bem próximo sentiu o perfume de lírios que saía do corpo e entrava em si. Se aproximou um pouco mais, pegou uma das pontas do manto e sem dizer uma palavra se quer, o ergueu e nesse mesmo instante sua alteza disperta de seu sono profundo com o corpo trêmulo e sentindo o peito palpitar. Sentou-se na cama e enconstou-se na cabeceira, tentando controlar seus sentidos e tentando compreender que sonho forá aquele.
Olhou para o lado esquerdo e viu que a cortina de seda da janela remexia-se por conta do vento que visitava seu cômodo. Viu também que o sol já nascia, e que o céu estava em tons de cores distintas, um azul misturado ao violeta e ao rosado. E lá das colinas o astro rei já subia aos poucos e sem urgência. Ficou ali sentado, tentado compreender por que sonhou com ele e porque tinha que dispertar justo quando o sonho iria revelar o que eram aquelas luzes atraves do véu. Se sentiu estranhamente frustrado e desolado. Desde que o conheceu, se questionou de o porque da existência daquele véu. Com o tempo obteve a resposta, porém, estranhamente sua alteza possuía uma certa curiosidade em relação as faces do padre, e a curiosidade só multiplicou quando em um dia desses viu a mesma pequena luz, que viu em seus sonhos. Desde então, tentava entender o que poderia ser.
Depois de um tempo, sua alteza ergueu-se, decidiu que não pensaria naquele sonho, até por que não deveria ter importância alguma.
***
Em um dos quarto do palácio, sua majestade a rainha, preparava com algumas de suas criadas o cômodo que deveria estar bem agradável e confortável para sua sobrinha, que logo chegaria na Dinamarca. As criadas trocavam as cortinas brancas e colocavam as rosadas com bordados, e mudavam também as cortinas da cama brandamente pratedas com adornos em suas colunas erguidas, essas colunas serviam para apoiar as cortinas que guardavam o leito. Sua majestade observava a preparação e a reforma da decoração, e se encarregou de mudar as rosas brancas pelas flores rosas.
- Coloque essas almofadas ali, Virgínia. - Ordenava ela.
- Sim senhora.
A criada pegou as almofadas de seda mordada e as colocou em cima do banco de madeira castelhana. Ajeitou todas de modo que ficassem bem afofadas e confortáveis.
- Coloque esse jarro ali, Clarisse. - Ordenou ela para a outra.
- Sim majestade.
Nesse momento, o príncipe que passava pelo corredor ver todo aquele alvoroço no quarto que ficava a leste e então entra. Logo vê que tudo estava sendo preparado e reeorganizado.
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O padre - Jikook
Fiksi Penggemar𝐕ivendo por anos em um mosteiro, Jeon vive com a duvida persistente sobre sua santidade. Recebe então a missão de mudar sua alteza o príncipe, a quem chamavam de "Demônio". O padre se depara não somente com um "Diabo" com os mesmos ideais que os s...