o casamento

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Penúltimo capitulo 29/30

[...]

- Este é o meu fim.
Pensou Eva, antes que pudesse ouvir toda a frase, a frase que marcava sua sentença. Sentiu sua vida passar diante de seus olhos e o adeus de sua alma já lhe era presente. Apenas ficou a espera da frase se complementar e ouve:
- Nós ti condenamos a pena máxima!
Nesse momento, as grandes portas do salão abrem-se e uma grande luz invade o local. A princípio, Eva achou que aquela era a porta de sua morte, mas refez sua ideia, pois viu dois cavaleiros adentrarem o local, vestidos em prata e com espadas na bainha passavam pela porta e um terceiro que se aproximava, disse:
- Sua majestade, o rei Park.
O conselho que não esperava por aquele fato, ergue-se abruptamente, e sua majestade, o rei Park  adentra o local trajado em trajes brancos com sutis bordados dourados, na cabeça, entre os fios loiros havia uma coroa de ramos dourados, parecia um arcanjo vindo do céus, todavia, com uma expressão extremamente séria e dentro dos lumes azulados havia o olhar um tanto que crítico e implacável. Alekssandro que estava ao longe suspira aliviado, para sua sorte, suas orações foram atendidas e a carta chegou a seu rei a tempo. Após adentrar o espaço, o rei que se mantinha árido, mira o conselho sem qualquer piedade, se aproxima da moça que estava ajoelhada e ainda não compreendia o porque de ela estar sendo vítima daquele conselho absurdo, mas a verdade, é que sua majestade não obteve qualquer informação sobre um júri naquela data e conhecendo bem aquele conselho, imaginou que o que estavam tentando fazer, era o de sempre. Se julgando os melhores do mundo e merecedores de céus e terra, se consideravam no direito de condenar e julgar quem quer que fosse e algo, que sua majestade era totalmente averso.
- Posso saber o que se passa? - Perguntou ele, mirando-os.
- Estamos em júri, meu rei.
- Isso eu posso enxergar, mas o que ainda me falta compreender, é o por que de estar havendo um conselho na minha ausência?
- Na ausência do rei, nós temos a obrigação de representá-lo, meu senhor.
- Não concedi minha permissão.
- Vosso pai sempre nos confiou essa missão.
- Eu não sou meu pai.
De fato, o antigo rei confiança cegamente naqueles homens de túnicas brancas, qualquer que fosse seus pedidos e decisões, o rei por considerá-los sábios, aceitava e não questionava. Entretanto, sua nova majestade não possuía personalidade de seu pai, pelo contrário, ele nunca confiou em ser algum e muito menos naqueles que se diziam no direito de decidir o destino de um condenado. Jimin considerava esse comportamento uma verdadeira arrogância e presunção, e sabia perfeitamente o porquê não não estar sob aviso sobre o julgamento. Conhecia bem aqueles homens, desde criança teve que crescer com o enfastiamento de seus "ensinamentos" . Lhes eram aplicados os métodos mais absurdos e de opiniões mais arcaicas possíveis, sempre lhe foi sufocante.
- Alekssandro!
- Sim, meu senhor?
- Vá chamar o duque, meu pai.
- Sim, meu senhor.
O cavaleiro saiu às pressas e sua majestade permanência a encarar o conselho de uma maneira muito ríspida. Efetivamente, não compreendia o que levava aquele juízo, e que motivos eles usavam para martirizar aquela jovem. Deveras, não compreendia, o que aquela moça fez para ser julgada por aqueles inercios, Jimin não entendia. Olhou para a direção das arquibancadas e a primeira pessoa que viu foi o padre e de maneira inevitável seu coração passou a colidir contra seu peito, e principalmente porque o padre lhe fitava, embora sério. Uma breve troca de olhar entre ambos foi inevitável, mesmo que de uma certa distância, e embora ambos sempre com expressões neutras, entretanto, morrendo por dentro e sentindo os corações bater no mesmo ritmo, e contendo dentro do peito a mesma vontade. Contudo, ambos ainda estavam muito aborrecidos um com o outro, e por tanto, a troca de olhar se desfez, se evitando a se olhar, o que certamente era a decisão mais " acertada".
Depois de alguns instantes, os pais de sua majestade adentram o local e o duque se aproxima do filho que o chamará.
- Mandou me chamar, meu filho?
- O senhor meu pai, sabia sobre este júri?
- Sim, o conselho havia me informado sobre ele.
- E concordou com isso?
- Meu filho, quem deve concordar ou não com as decisões do conselho, é você.
- O problema, meu pai, é que eu não sabia sobre este julgamento.
- Como?
- Ao que parece, seu sábio conselho, esqueceu-se de informar ao rei.
- Como? Meu filho, isso é absurdo! Você não estava informado?!
- Não, fui informado por meu cavaleiro que teve a dignidade de me enviar uma carta, ao que parece, um homem de espada, é bem mais sábio do que um homem com uma bíblia.
As palavras do rei causaram um grande estupor e assombro no conselho, conselho este que sempre foi totalmente contra as ideias radicais de sua nova majestade. Jimin sempre os calava da maneira mais indiscretamente implacável possível, suas respostas se assemelhavam a gotas do orvalho, quando umidesce as folhas rapidamente e deixa ali sua marca.
- Eu realmente pensava que você estava informado.
- Não, eu não estava, meu pai.
- Eu gostaria que o conselho explicasse esse erro. - Disse Namjoon olhando para os homens de túnica.
- Meu senhor, nós sempre tivemos a honra de obter sua confiança, é uma pena que não seja fato igualitário a nosso novo rei.
- Deveriam ter informado, acredito que o sua nova majestade não se negaria.
- O vosso filho, não confia em seu sábio conselho, meu senhor.
Namjoon se voltou para seu filho e disse:
- Meu filho, vosso conselho é sábio. Se eles consideram que está causa precisa de um julgamento, é porque de fato é necessário.
- Ainda custo a compreender por que não fui informado.  - Retrucou o rei, ao mira-los implacável.
O conselho se entre olhava. De fato a ideia era não deixar o novo rei sob aviso, pois dessa forma, dependendo da causa em questão, sua nova majestade não aceitaria e nem consideraria necessário um julgamento, entretanto, o conselho que tinha toda a prepotência latente e possuíam o prazer em julgar os demais, sempre considerava qualquer causa um motivo para um júri e por tanto, não desejavam que sua nova majestade possuísse o conhecimento sobre tal. O antigo rei sempre deixava tudo em suas mãos e sentia por eles uma confiança aguda, mas sabiam perfeitamente, que com sua majestade, o rei Park, seria totalmente distinto.
- Vosso conselho pedi perdão, nós deveriamos ter lhe informado. - Disse um deles.
- Nós não pensamos que vossa majestade se incômodaria com tal. - Disse outro.
- Vosso pai sempre confiou em nossa sapiencia.
- Meu filho, perdoe seu conselho, eles só estão agindo pelo costume que obteram por mim, mas certamente que não acontecerá mais.
Park estava pronto para protestar sobre a atítude absurda que esses homens tiveram, não avisa-lo sobre tal importância era absurdo e sobre tudo, quando tentavam burlar sua conciência com palavras de meras desculpas, sua majestade não perdoaria o descaso e a afronta, mas resolveu tentar diminur a aversão que sentia, pois o momento em questão, pedia sua calma para que pudesse resolver a questão, questão essa que ainda não sabia do que se tratava.
- Muito bem, falaremos sobre isso depois. No momento, eu gostaria de entender o que essa moça está fazendo de joelhos perante a vocês?
- Ela está sendo julgada, meu senhor.
- Como você se chama? - Perguntou ele gentilmente a jovem.
- Eva Dante.
- Ergua-se, Eva Dante.
O conselho espantou-se com tal, para eles, um ser que estava sendo julgado, não era digno de estar de pé em frente de homens tão sábios, e mais uma vez, sua majestade era contra as leis do conselho.
- Meu senhor, ela está sendo julgada severamente, não pode erguer-se.
- Quem decide esse detalhe, sou eu.
- Mas, senhor...
Tentou dizer um dos conselheiros, entretanto, assim que olhou para o duque, que já estava sentado com sua esposa nos assentos reais, viu que Namjoon lhe fez um gesto negativo com a cabeça, não seria bom afrontar sua majestade, com isso, o conselheiro reteve-se.
- Ergua-se, Eva Dante.
- Perdão meu senhor, mas prefiro continuar como estou. - Disse sem mirar seus olhos.
- É o que você deseja?
- Sim.
- Como queira.
O rei se afastou da moça respeitando sua vontade e sentou-se no assento real, bem ao meio de seus pais e em meio ao conselho. O duque que estava ao lado do filho sentia-se tenso, não sabia sobre o que se tratava o júri e nem do que estavam acusando aquela jovem, temia, pois conhecendo seu filho, sabia que não seria fácil fazê-lo reter-se a decisão do júri, que era formada por seus vinto conselheiros.
- Meu rei, nós ouvimos a confissão dessa jovem e considerando o crime dela um dos maiores, nós decidimos que a forca seria o justo.
- Nada será decidido sem que eu antes compreenda o que de tão grave essa jovem fez, para merecer tamanha crueldade.
- Eva Dante cometeu três graves faltas, uma conta a coroa, uma contra a igreja e a outra contra as leis.
- E que faltas foram essas?
O conselho então, passou a narrar ao rei sobre a história da maldição e sobre as leis da Dinamarca em relação a esse infortúnio. Explicaram que por ser algo grave e que feria a segurança do povo dinamarquês, era justo que a maldição fosse afastada e explicaram também como isso era feito. Todos os terceiros recém nascidos do condado do norte deveriam ser afastados do reino, dessa forma o povo ficaria protegido contra a criatura que trazia a maldição. Contaram que a lei foi criada e aceita por unanimidade e que deveria ser respeitada vigorosamente, quem agisse contra essa lei, receberia pena máxima, pois, colocaria o reino em perigo. Eva foi contra os mandatos quando os feriu e desobedeceu, pois ela havia salvo a criança amaldiçoada. Esclareceram também, que a moça foi além de contra a leis da Dinamarca, foi também contra a coroa, pois essa desobediência era considerada uma afronta contra o rei e sua autoridade. Deixaram claro também, que o crime foi aplicado contra a igreja, pois ludibriou a todos, oferecendo a santa igreja uma falsa criança santa e que jamais fez milagre algum, pois, a maldição ainda existia e a criança que a carregava, também. Todos esses fatores, perante ao conselho e a Dinamarca eram considerados proditórios e por tanto, era um crime absurdo.
- O sábio conselho está acusando essa jovem por conta de uma maldição? - Disse o rei, atônito com tal.
- Não foi apenas a maldição que ela nos trouxe, meu senhor, ela também foi contra a igreja, um ato absurdo. O padre que todos consideravam santo, não era mais nada, além de uma falsa realidade, uma ilusão incomum e com isso, ela enganou a igreja, outro dos maiores crimes.
O rei já sentia-se impaciência com tamanha sandice, mas resolveu se manter controlado, não poderia demonstrar sua fúria, não naquele momento, ainda não era chegado a hora. Gostaria de finalizar todo aquele absurdo de fantasias, mas não era algo tão fácil de se realizar, pois havia toda uma lei, precisava ganhar tempo e tirar a moça daquela ridícula situação.
- O que você tem a dizer, Eva? - Perguntou o rei.
- Meu rei, ela não tem nada a dizer. Já nos foi suficiente sua confissão.
- É necessário ouvir sua versão. - Disse ele.
- Isso jamais foi necessário, meu senhor.
- Para um julgamento ser concreto e real, é necessário dar a chance de ouvir as razões do julgado, sendo assim, não seria um julgamento justo e o conselho real é justo, não é?
Disse ele ao desafia-los e nesse momento, todo o conselho tornou-se extremamente embaraçado, não poderiam se negar a ouvir a versão da moça, pois o rei acabava de colocar a prova todos os seus sentimentos "justos", algo que todos acreditavam que esses homens possuíam.
- Bom, mas nós já sabemos a razão que a levou a esse extremo.
- Você já explicou esse detalhes a eles, Eva?- Perguntou o rei.
- Ela não precisa, nós sabemos que fez isso porque é contra a coroa.
- Eu desejo que a própria Eva me responda. Então, Eva, quais foram seus motivos?
O conselho calou-se, era inútil fazê-lo mudar de ideia ou convencê-lo de que a jovem era culpada.
- Você teve um motivo, Eva?
- Sim.
- Diga, tem minha permissão
A jovem apertou suas mãos contra o terço que mantinha envolvido nelas, sentia o coração acelerar a o corpo esfriar, como as montanhas do sul na chegada do inverno. Continuou ali da mesma forma e sentia a brisa leve tocar seu rosto baixo, sua alma estava perdida e a jovem sabia disso. Eva estava em silêncio, um calar que predominava por todo o salão grandioso e iluminado pelos raios dourados que adentravam pelas janelas. Depois de suspirar, Eva então iniciou sua história e explicou o porquê de ter agido contra as leis, a coroa e a igreja. Não era essa sua intenção, ela só desejava salvar seus meninos, pois se permitisse que ele fosse lavado para longe, sua senhora, morreria e ela mesma não suportaria, precisava fazer algo a respeito e deixá-lo no reino. Disse que no momento da aflição, não deu importância a maldição, só desejava tirá-lo daquele berço e levá-lo para bem longe, onde poderia viver tranquilo. Depois, contou que não teve a intenção de ferir a igreja, tudo o que desejava era dar aquela criança recém nascida um lar, pois não teria a coragem de deixar que um bebê morresse à míngua em uma caverna. A história da criança que Eva encontrará caverna era delicada, não contou os detalhes, apenas disse que o encontrou na praia perto da mãe que estava morta. Não disse ela que, na verdade, a moça morta era uma rainha, e tão pouco que aquele bebê foi renegado pelo pai que acreditava que o filho não era dele, Eva quis poupar Jeon de mais uma descoberta, esse assunto, deveria esclarecer a ele em outra ocasião e não em um júri. Apenas disse, que sua maior intenção era salvar o bebê que forá de uma alma nobre e boa, a quem Eva amava muito, como uma irmã.
- Eu tinha que poupar Yoongi de uma morte cruel, meu senhor. Ele era apenas um bebê.
Disse Eva, enquanto o rei a ouvia atentamente, e agora compreendia o porquê daquele sinal branco no rosto de seu amigo e porque ele sempre andava de capuz na frente de todos, e somente se mostrava para os mais íntimos. Lhe era absurdo, como alguém poderia ser capaz de tirar o filho de uma mãe o levando para fora do reino apenas por conta de um mito? Sua majestade estava perplexo e horrorizado, não poderia se quer imaginar como teria sido durante tantos anos para Yoongi. Sentia-se profundamente melancólico, se quer sabia o que pensar.
- Meu senhor, meu crime contra a igreja foi igualmente pesaroso, mas eu não prévia tal acontecimento.
Eva contou que quando trocou Yoongi por Jeon, não imaginava que iriam considera-lo santo, pois sua esperança estava no sinal que Jeon não possuía, e assim pensariam que ele não havia nascido com maldição alguma, entretanto, não imaginou que o tivessem considerado um milagre.
- Por minha culpa, meu menino teve de viver na vasta solidão e por minha culpa, teve de esconder seu rosto por longos anos. Jeon é um tesouro.
Ao pronunciar essas palavras, Eva ergue os olhos e fixa sua visão profundamente nos olhos azulados do rei, que viu nela toda uma sinceridade e um amor puro. Depois, levemente, ele dirigiu seus olhos para o padre e então, por alguns momentos outra troca de olhar se fez, ambos se miravam sérios e ainda ressentidos, entretanto, o peito ardia e as iris cíntilavam como vagalumes na noite vaga. Depois de se entreolharem ainda magoados e áridos, o padre muda seus olhos de percurso e o rei faz o mesmo.
- Meu rei, ela tem de ser punida.
- Essa moça não cometeu crime algum. Ela somente fez o que um ser humano com nobreza faria.
- Meu senhor, isso é absurdo.
- Salvar a vida de duas crianças é um ato heróico.
- Mas, meu rei, ela foi contra a coroa.
- Não vejo nessa moça nenhum crime.
- Mas, ele é real e ela tem de ser punida.
- Não podemos nos voltar contra as leis da Dinamarca, meu rei.
- Não permito que condenem essa moça. Ela salvou duas vidas.
- Ele foi contra a coroa, o reino e a igreja.
- Não podemos deixá-la sem punição.
- O seu povo vai desejar justiça.
- As leis são claras.
- As leis foram criadas por seus ancestrais, não pode se voltar contra.
- Meus ancestrais não passavam de lunáticos! - Disse o rei, já irritado.
- Não podemos ir contra as leis, somos a favor de uma punição.
- Todos nós somos! - Disse outro.
- Eu não sou! - Bradou o rei.
- Três crimes, isso é absurdo!
- Essa jovem não cometeu crime algum!
- O povo vai cobrar de vossa majestade, todos saberão o que essa moça fez, e saberão que o rei foi contra as leis da Dinamarca, e a segurança de seu povo.
- Isso é ridículo! Não podem mandar essa jovem para a forca apenas por conta de mitos absurdos!
- Nós não a queremos viva!
- O rei não pode e nem deve ir contra as leis da Dinamarca. Isso é uma injúria absurda!
Começou então os falatórios exaltados do conselho, consideravam um absurdo, desejavam a morte da jovem e não podiam permitir que o próprio rei se voltasse contra as leis do reino. Efetivamente, era considerado um absurdo exorbitante que um monarca não cumprisse os mandamentos do reino, era afrontoso e o povo não seria capaz de aceitar tamanho despautério. Sua majestade deveria agir de acordo com as demais leis da Dinamarca, caso contrário, o povo se revoltaria e não seria digno de ser rei. Todos os monarcas tinham um dever e seu maior dever era com a coroa, o povo, a igreja e as leis, não poderia discordar das cláusulas que as mantinham seguras.
- Devemos puni-la!
- Devemos!
Diziam eles em vozes exaltadas e a decisão era unânime, apenas o rei era contra aquele absurdo e sabia que seria missão quase impossível, estava em jogo toda a sua palavra como monarca, prometeu diante de todos, e diante da sagrada cruz que cumpriria com seus deveres e um desses deveres eram as leis de seu povo.
- Jimin, meu filho, você não pode se voltar contra as leis, eles estão certos. - Disse o duque, se aproximando do filho e ouvindo todas as falas do conselho que deliberava.
- Isso é um absurdo, como posso permitir uma coisa dessas?
- Um rei não pode se voltar contra as leis.
- Papai, essa moça não fez nada de errado.
- Mas, perante a coroa e a igreja sim. O povo não vai gostar dessa sua decisão.
- Eu não sei o que fazer. - Articulou um tanto que embaraçado e se sentindo de mãos atadas.
- Haja de acordo.
O duque se afasta e volta para seu lugar, enquanto os homens do conselho faziam um tremendo burburinho e deliberavam. Sua majestade estava entre a cruz e a espada, não sabia o que deveria fazer. Não desejava ele ter de punir a jovem moça, mas não poderia ir contra as leis, seria mesmo um absurdo para o povo. Estava ali em seu lugar a pensar, precisava pensar em algo que o tirasse daquele impasse e que pudesse salvar a jovem. Tentava pensar, enquanto ouvia o falatório do conselho que estava agitado e definitivamente não sabia o que fazer, estava de mãos atadas.
- Meu rei, chegamos a conclusão de que não somente a moça deve ser punida. - Disse um deles ao se voltar para o rei.
- Nós consideramos que os dois jovens também são culpados.
- Como?
- Nós também condenamos o padre e o menino amaldiçoado. São considerados traidores!
Ouvindo aquelas palavras e decisão, Jimin ergue-se depressa e aflito. Eva que ouvirá tudo se desespera e a condessa que a tudo via, não senti-se diferente, estava desesperada.
- Sehun, nossos filhos! - Faça alguma coisa...
O conde melancólico e sem poder agir de alguma forma, apenas abraça a esposa que caí em prantos. Eva não esperava por tal fato, achou que entregando-se e revelando a verdade a vida de seus meninos seria poupada, mas estava errada.
- Não, por favor, meu senhor! Eles não tiveram culpa, eu juro... Eu juro. -Dizia ela, em prantos e aflita.
- São considerados traidores! - Disse um dos homens.
- Não, eles não tiveram culpa! A culpa é minha, somente minha!
Sua majestade olhou para Yoongi, que parecia estar preocupado e nervoso. Depois, levou seus olhos para Jeon, que parecia não ter se surpreendido com a condenação.
- Meu senhor, por favor, eles não são culpados! Piedade senhor! - Dizia Eva.
- Traição!- Bradou um deles.
Na verdade, mesmo que involuntariamente os dois haviam traido a coroa, pois no momento em que a moça tomou essa resolução no passado, não só a expos a este fato, mas a eles igualmente. Para a Dinamarca, quem quer que esteja envolvido em um crime contra a coroa, mesmo que não possuísse nenhuma má fé, ainda assim era considerado traidor e culpado. Uma ideia um tanto que esdrúxula, mas que existia e não poderia se abastardar.
O duque, notando o estado dilematico do filho e sabendo que essa decisão seria difícil e era perfeitamente compreensível, pois mesmo que não santo, ainda assim o padre que um dia foi amigo de seu filho, estava envolvido e isso com certeza pesava em sua majestade e seu pai o duque, percebia isso. Considerando também que era de fato uma crueldade contra a jovem moça, mas que tinha plena consciência de que os destinos dos reis da Dinamarca eram exatamente esse, o de reinar e o de julgar, jamais foi fácil unir a lógica de servir o povo e ainda assim ter de julgá-los, e princípalmente para Jimin, que sempre possuíu de opiniões extremamente contrárias as daquelas leis e conselho.
- Peço ao conselho um recesso. - Disse o duque.
- Estamos quase no final desta questão, meu senhor. Um recesso só atrasaria tudo.
- Sua majestade acaba de chegar de viagem e se quer teve tempo para um descanso. É preciso deixá-lo pensar, antes de tomar uma decisão.
- Bom, em vista que nosso rei deve estar exausto, poderemos ceder um recesso de uma hora.
- Perfeitamente, venha meu filho.
Jimin apenas acompanhou seu pai até a uma sala espaçosa, estava sentindo uma profunda dor de cabeça e ainda sentia-se entre a cruz e a espada, e estava afoito e pálido diante da decisão do conselho em castigar o padre e Yoongi.
Assim que deixou seu filho na sala, o duque saiu e voltou para o lado da esposa que estava melancólica e derramava algumas lágrimas ao ver o desespero da condessa que era abraçada pelo marido.
- E se fosse nosso filho. - Disse ela.
Ao ouvir a sugestão da esposa, o duque sentiu um nó terrível na garganta, e um aperto profundo no peito. Conseguia ele imaginar o que deveria ser para os condes perder seus filhos, era de fato uma dor agudissima e o conselho não mudaria de ideia, e nem seu filho poderia agir de outra forma, tudo estava sendo difícil, profundamente difícil.
Na grande sala, o rei se encontrava a pensar muito sobre o que deveria fazer, mas nada lhe vinha a mente, estava mesmo de mãos atadas. Pensava em como revidaria aquela situação, e em como faria aquele conselho mudar de ideia, mas não sabia em como o faria, somente sua palavra de rei não valeria tanto, pois voltar-se contra as leis, era como perder sua dignidade e respeito e sobre tudo, perante ao povo.
- Meu rei? - Disse o cavaleiro ao entrar.
- O que foi, Alekssandro.- Disse sentindo uma dor de cabeça terrível e uma aflição e seu coração.
- Alguém deseja lhe falar.
- Quem? Eu não posso.
- O padre.
Sua majestade sentiu um certo agito dentro de si, simplesmente foi pego de surpresa e isso causou eriçares em suas veias. Lembrou-se então que ele também estava sendo condenado e isso fazia a mente do rei pertubar-se mais ainda, não imaginou que o dia lhe seria tão difícil.
- E então, meu rei?
- Deixe que entre.
- Sim senhor.
O cavaleiro sai e depois de alguns segundos o padre entra, não diz nada, apenas o fita sério e sem muitas expressões. Jimin estava sentado em uma poltrona perto de uma janela, ouviu a porta fechar-se e sabia que ele estava ali, mas apenas olhou rapidamente de soslaio e depois voltou para a direção oposta. O silêncio se tornou predominante e embora Jeon ainda estivesse extremamente ressentido com sua majestade e não desejasse lhe dirigir a palavra, tinha de fazê-lo a circunstância pedia o ceder de seu orgulho.
- Majestade.
Ao ouvir a voz sempre melodiosa ecoar pelos cantos da sala silenciosa, o rei sentiu um estremecer absurdo invadir todo o seu corpo, desda pele, até as profundidades de suas veias, invadindo seu coração e queimando seus recantos mais íntimos, o que lhe deixava sensível de uma maneira particular.
- Eu tenho um pedido para lhe fazer. - Continuou Jeon.
- Faça.
- Salve Eva.
- E você?
- Eu estou pronto para qualquer coisa, mas não estou pronto para perder Eva.
- Ela é importante para você?
- É como minha própria mãe. - Explicou calmamente.
O silêncio voltou a se fazer presente e logo depois a porta bateu levemente e o rei constatou que estava sozinho novamente e com seu dilema multiplicado.
- Como posso salvá-los? Como?
Pensava ele na tentativa de encontrar uma resposta em sua mente, mas nada lhe era presente, e sentia-se atormentado, não sabia o que fazer. Continuou em seu lugar e mirava as folhas das árvores do lado exterior da sala, nada lhe tranquilizava e nem aplacava sua angustia
- Majestade?
Assim que ouviu a voz desconhecida, o rei elevou seus olhos e viu um dos conselheiros em sua frente e com uma expressão seria e ao mesmo tempo meláncolica.
- Sim?
- Meu rei, tem algo que preciso falar.
- Fale.
- Eu sou August de Sá, filho do conselheiro mais velho.
- Sim, continue.
- Meu senhor, há algo que precisa saber.
- Diga.
- O conselho esconde verdades.
- Verdades?
- Sim.
- Mas, do que está falando.
- Estou falando da lei que implica levar para longe os recém  nascidos do norte.
- Continue.
- A verdade, meu senhor, é que essa lei não é mais válida e nunca foi.
- Como?
- Sim, seu bisavô só criou essa lei porque odiava os nobres do norte e quis vingar-se deles de alguma maneira e então, criou essa maldição, e com a ajuda desse conselho e influência de alguns monges, conseguiu amedrontar os demais, e então inventou uma lei que permitia essa barbaridade. Entretanto, por se tratar de uma lei absurda, alguns conselheiros se voltaram contra e então abandonaram seu avô. Permanêceram ao lado deles, só alguns desses que concordavam com a vingança e esses que agora condenam a pobre moça.
- Isso que está me dizendo é verdade?
- Sim senhor, a verdade.
- Por que está me revelando?
- Eu nunca quis ser do conselho, mas eu pensei que poderia mudar algumas normas, entretanto fui tolo. Eu acredito que muitas dessas sandices são puros devaneios e que essa pobre moça não merece um castigo desses.
- A lei nunca existiu?
- Dizem que por ser uma "lei absoluta", ela está escrita em um dos livros principais, mas não é verdade, não há nada lá.
- Mas, como?
- Vosso pai acreditava na existência dessa lei porque acredita em tudo que esse conselho diz. Eu não o culpo, mas acho que vossa majestade deve mudar esta realidade.
Efetivamente, tal lei jamais foi existente e não havia qualquer escritura dela em qualquer livro possível. A verdade é que o rei, bisavô de sua majestade, possuía certa raiva e rancor pelos nobres do norte, e por tanto odiá-los, aproveitou-se da fragilidade da família daquele ano e aproveitou-se sobre os acontecimentos envolvendo o filho caçula do conde. Foi algo que abalou muitos, o rei usou essa história para justificar a maldição e dizia que ela partiria do terceiro filho, pois ele era bruxo, se vingou do pai e possuía o sinal branco no lado esquerdo da face. Sendo que seu ódio era absurdo, o rei tentou criar essa tal lei, mas ela não foi tão aceita e então, muitos conselheiros os deixaram e mantiveram-se a seu lado, apenas aqueles que compactuavam com esse absurdo.
- Sendo assim, meu senhor, não existe crime e essa moça salvou a criança.
- Não esquecerei de sua lealdade verdadeira, August.
- Não precisa ser grato ao meu senhor, apenas salve a moça.
- Isso não vai ficar assim!
Indignado, furioso e com outros tantos sentimentos de fúria, o rei retornou para o grande salão e então os conselheiros voltaram a seus postos e todos observavam o que estava por vir. O medo em Eva, na condessa e nos demais, era grandioso, nada lhes traziam alento e era chegada a hora da decisão final. O rei voltou a seu lugar e sentou-se, suspirou tentando controlar toda a irá que sentia daqueles homens que se diziam melhor do que todos do universo. Apenas observava até aonde eles conseguiam ir com aquele mentira absurda e condenar um inocente, estava pronto para agir na hora correta.
- Meu senhor, acredito que é chegada a hora e que vossa majestade não poderá se voltar contra as leis.
Sua majestade os encarava furioso, jamais sentiu tanto ódio em sua vida, mas deixaria que prosseguissem com aquele teatro e mentira, a hora de desmascarar aqueles fascínoras estava próxima e ele teria o grande prazer em o fazê-lo, sobre tudo, porque essa seria sua vingança por tantos anos de julgamento sobre sua pessoa e por tandos bêbes mortos por uma mentira absurda.
- A hora de cada um de vocês está chegando, malditos mentirosos!
Pensava ele ao olha-los e ver neles aquele prazer absoluto em condenar e julgar alguém que se quer era culpado. Odiava cada um deles e não compreendia como seu pai poderia ter sido tão cego durante tantos anos e se deixar guiar por aqueles desumanos.
- Consideramos Eva Dante culpada, por traição, desobediência e afronta a coroa, a igreja e a nossas leis!
- Consideramos igualmente que o menino amaldiçoado por nome Yoongi pague com o mesmo destino.
- Não! - Gritou ela em desespero.
- Consideramos, por último, que o padre siga com o mesmo destino, por ser considerado traidor e sobre tudo perante e igreja!
- Não, por favor, não! - Dizia Eva, desesperada.
Nesse instante o som de cinco trombetas ressoa do outro lado do salão, e as grandes portas abrem-se e um vasto clarão adentra o local, viam então vinte cavaleiros trajados de azul e prata com um brasão de uma coroa de dez pontas. Assim que invadem o local, um deles diz em expressão séria:
- Não se atrevam a tocar em nossa alteza!
Eva rapidamente ergue-se e vira-se reconhecendo o brasão, depois vê que alguém surgia dentre a grande claridade da porta e quando já dentro do local todos conseguem enxergá-lo e Namjoon ergue-se depressa sem compreender, jurava que ele havia partido.
- É exigido em rigor absoluto que retiram as acusações contra o príncipe! É exigido que retirem as calunias que  lhe lançaram! Ordens do rei, Seokjin! - Disse o cavaleiro ao ler o papiro.
- Jin, o que está acontecendo? - Disse Namjoon ao se aproximar do amigo sem compreender nada.
- Eu estou aqui para resgatar meu filho, Namjoon.
- Seu filho?
Jin olha para Eva e então ela que já compreendia o significado de tudo, e que era chegado a hora, apenas ergue-se e caminhando lentamente se dirige a seu menino, toca em sua mão e diz:
- Venha comigo.
Jeon não estava compreendendo nada, mas seguiu a moça e então ambos se aproximaram do rei que olhava para Jeon com os olhos marejados e cintilantes. Assim que o mira, Jeon consegue ver nos olhos dele aquela mesma peculiaridade que existia nos seus, o mesmo azul do céu cintilava no direito e o mesmo verde das esmeraldas, cintilavam no esquerdo.
- Jeon, este é Seokjin, o rei de Gales e seu verdadeiro pai. - Disse Eva.
- Meu pai?- Falou a olhar fixamente.
- Você é meu filho, príncipe de Gales. - Disse Jin emocionado.
Todos estavam com a atenção voltada para o que acontecia em meio ao salão do júri e Namjoon se viu aborrecido, pois seu conselho por pouco não mandará o filho de seu melhor amigo para a forca. A condessa e conde estavam surpresos, nunca poderiam imaginar seu filho era o príncipe das terras vastas de Gales.
- Namjoon, resolva essa situação. Eu não vou permitir que os condene, fui claro? - Disse Jin.
- Não haverá nenhuma condenação. - Disse o rei.
- Nós não levaremos o nobre príncipe de Gales para a forca, mas isso não muda o fato dessa mulher ter traido a coroa e nem mesmo que aquele jovem é amaldiçoado. - Disse um deles.
- Quem vai ser castigado e da maneira mais necessária possível, serão vocês! - Bradou sua majestade.
- Majestade, está sendo muito insolente com seu sábio conselho.
- Eu quero que este sábio conselho destruiam-se nas masmorras!
- Meu rei, que absurdo!
- Meu filho, por favor. - Disse Namjoon.
- Oras papai, como pôde ser tão cego?
- O quê? Park Jimin!
- Esses idiotas são uns tolos mentirosos!
- O quê?
- Eu gostaria que o conde e a condessa de Sehun viessem até a mim, por favor. - Pediu gentilmente.
O conde e a condessa se entreolharam, não estavam compreendendo, mas logo se aproximaram de sua majestade.
- Eu quero que todos saibam, que este maldito conselho apenas mentiu! - Esclareceu ao mirar o conselho.
- Do que está falando, meu filho?
- Por conta de uma mentira absurda, criada pelo louco de meu bisavô, o conde e a condessa tiveram de se submeter a essa tal lei, uma lei que se quer existe!
- Sua majestade, por favor, nos explique. - Pediu o conde.
- A maldição jamais existiu e essa lei também não. - Elucidou o rei, calmo, porém, envenenando o conselho com seu olhar.
- Meu senhor, isso é absurdo. A lei foi criada por seu bisavô.
- Pois eu quero ler essa maldita lei!
- Como?
- Aonde está escrita?
- No livro das leis, senhor.
- Pois muito bem, Alekassandro!
- Sim, majestade?
- Me traga o livro das leis da Dinamarca.
- Sim, meu senhor.
Alekssandro sai e o rei fica à espera para encarar de um por um, de uma maneira bem desafiadora. Os membros do conselho se encontravam um tanto que tensos, jamais imaginavam que um dia a verdade iria surgir, e dessa forma tão abrupta, os expondo extremamente. Já deveriam imaginar que com o rei Jimin a situação não seria a mesma.
Depois de algum tempo, o cavaleiro regressa e traz consigo o livro das leis e o rei diz:
- Será que um dos "sábios" conselheiros poderia ler a tal lei? - Sugeriu sua majestade, os encarando desafiador.
Se entreolhavam, enquanto todos os encaravam à espera de uma resposta e sobre tudo o conde e a condessa, que passaram tantos anos se sacrificando por conta de uma mentira.
- Leia! -Exigiu Namjoon, que estava muito irritado.
- Eles não lerão, é impossível ler algo que se quer foi escrito. - Disse o rei, tranquilo.
- Como pude ser tão tolo? Vocês ficaram loucos? - Disse Namjoon irado.
- A lei nunca existiu e sendo assim, Eva Dante está livre. - Disse o rei.
- É verdade? Eu estou livre?
- Sim Eva, você não cometeu nenhum crime e está livre.
Eva foi abraçada por aqueles que a amavam e a respeitavam, lhe era um sonho, jamais achou que viveria para sentir-se tão feliz. Claro que Eva Dante merece todo o reino da terra e do céu, jamais houve maior coração e maior coragem. Todos estavam livres e nada deviam mais ao tempo e nem a ninguém. Depois de tantos anos carregando um peso sozinha, Eva se encontra em paz e com seus meninos sãs e salvos, como sempre deve ser.
***
Depois do julgamento, Jin conversava com Seu filho e explicava a ele a história de sua mãe. Era para Jin algo muito doloroso e vergonhoso de se contar ao filho, mas aos poucos conseguia e Jeon ouvia seu pai sem interrômpe-lo. Ouviu que sua mãe foi acusada de adultério, ouviu que foi renegado por seu pai pensar que o filho que a rainha estava a espera era de outro homem e ouviu também que há anos Seokjin sentia a esperança de um dia encontrá-lo e levá-lo para seu verdadeiro lar.
- Eu sei que será muito difícil obter seu perdão, meu filho, e eu vou compreender.
- Eu só tenho um pedido a lhe fazer.
- Faça, o que desejar.
- Quero que me aceite como filho, se aceitar meu pais como meus pais.
- O conde e a condessa?
- Sim, eles ainda são meus pais e meu irmãos, ainda são meus irmãos.
- Claro meu filho, será como você desejar.
Depois de um dia tão complicado, todos retornaram para seus lares e a condessa para festejar todos os milagres do dia, prepara um jantar e faz questão da precensa do rei Jin e este claro, não se nega. Sentia muita gratidão pelos nobres do norte, graças a eles e a Eva, seu filho pôde ter uma família e a quem chamar de pai e mãe, isso lhe era um ato grandioso.
***
Palácio real.
Depois do dia tenso, sua majestade subirá para seus aposentos, desde que regressou de viagem não foi capaz de descansar e agora o fazia. A tarde já caía e o pôr do sol já surgia dentre as montanhas. Caroline e Suzy conversavam com Namjoon em uma das salas, ambas explicavam ao duque que ele não deveria pressionar o rei para casar-se, nenhum dos casamentos de sua majestade foram satisfatórios e Jimin já estava muito exausto de todo aquele pressionar, lhe era enfastiante. Namjoon ouvia os argumentos de sua esposa, ela deixava claro que respeitava as leis da família do marido, mas que não estava disposta a fazer com que seu filho vivesse um matrimônio obrigado novamente. Explicou ao esposo, que Jimin estava exausto de tantos casamentos e que precisava se concentrar na ordem do reino . Há poucos dias tornou-se rei e precisava colocar sua mente no lugar, um casamento forçado só o frustraria e o irritaria, Caroline não desejava e nem estavam disposta a ver o filho infeliz novamente.
- Eu não quero que meu filho case-se obrigado, meu marido.
- E Suzy, o que me diz? Afinal, ela é a noiva temos que pensar nos sentimentos dela.
- Quanto a mim não se preocupe, meu tio. Eu gosto de meu primo, mas não como esposo.
- Bom, então só o que me resta é aceitar essa nova condição e avisar a minha família.
Namjoon cedeu, concordava que a esposa estava certa e que seu filho merecia e precisava de um tempo para organizar-se como rei, e quem sabe um dia pudesse ele considerar a ideia de casamento valida, a esperança de Namjoon ainda não morreu, tinha plena covincção de que seu filho um dia se apaixonaria por a pessoa certa, mas não o obrigaria a casar-se, essa decisão, de agora em diante, partiria do rei e somente dele. Ainda conversavam na sala, até que o rei adentra o local, já havia despertado de seu descanso e precisava falar com seus pais e  com sua prima sobre o mesmo assunto que eles tratavam e que ouvirá.
- Meu filho, que um pouco de chá?
- Não mamãe, obrigado.
- Meu filho, estive conversando com sua mãe e sua prima e decidi que não vou mais pressiona-lo a casar-se, você quem vai tomar essa decisão.
- Eu já tomei minha decisão.
- Decisão? Mas, sabemos que você não deseja se casar. - Disse Caroline.
- Eu me casarei com Suzy. - Disse decidido.
- O quê? Mas, ainda ontem você...
- Eu sei mamãe, mas eu tenho que cumprir com minha palavra.
- Jimin, você não tem que fazer isso. - Disse Suzy.
- Suzy, eu posso falar com você um instante?
- Claro.
Surpresa e intrigada, Suzy acompanhou o primo até ao jardim e Caroline e Namjoon estavam um tanto que perplexos e desnorteados, não estavam a espera daquela reação do filho, era mesmo de surpreender, mas algo dentro de Caroline lhe alertava para um possível martírio em seu filho, martírio este que ele não seria capaz de dividir consigo.
Depois de chegarem ao jardim, Jimin passou a explicar para a sua prima o motivo de sua decisão, além de narrar que seus casamentos foram um verdadeiros desastres, dizia também que talvez com ela as coisas fossem diferentes e que talvez não fosse tão infeliz. Depois deste ponto, contou a Suzy seu maior motivo e pediu sua ajuda, porque certamente sozinho ele não seria capaz.
- Você tem certeza disso, Jimin?
- Sim.
- Mas primo, assim não vai funcionar.
- Eu não sei.
- Não se esquece alguém casando-se com outro alguém, isso é impossivel.
- Eu sei que estou pedindo muito de você, mas eu preciso mesmo que esse casamento aconteça, Suzy.
- Se é para ajudá-lo tudo bem, além do quê, você já fez muito por mim e esse seria o meio de lhe ser grata.
- Eu preciso que você guarde esse segredinho, tudo bem?
- Eu não vou contar a ninguém, não se preocupe.
- Eu sei que posso confiar em você.
Jimin abraçou sua prima e da janela Namjoon que os espiava disse a esposa:
- Acho que devemos marcar a data do casamento, Caroline.
A rainha se aproximou da janela e viu a cena que deveria ser a mais feliz da sua vida, mas alguma coisa apertava profundamente seu peito e não conseguia ver aquela decisão de seu filho como a melhor e a melancólia estava clara nos olhos do rei.
***
10 de agosto, condado do norte.
Naquele dia, Jeon deveria passar alguns dias no castelo da tia de seu pai e conhecer seu irmão. Desde que tudo aconteceu, Jeon havia conversado com sua mãe e revelado a ela seu desejo de não ser mais padre, afinal nunca se sentiu assim na vida, e mesmo que um tanto que triste a condessa concordou e o rei Seokjin tratou de mandar uma carta ao papa, pedindo a liberação de Jeon no sacerdócio, e depois de alguns dias, a carta do papa chegou ao rei cedendo a vontade de Jeon e então, ele não mais era considerado padre, e nem precisava mais vestir a batina e hoje, e exatamente nesse momento, Jeon se olhava no espelho e não conseguia tirar a batina, ela já fazia parte de si e não sabia como ficaria sem ela.
- Saia filho, queremos ver você. - Disse o conde do outro lado da porta.
- Eu acho que não consigo.
Disse Jeon se olhando no espelho e olhando para as vestes que seu pai o rei mandará especialmente para ele. Enquanto ainda se olhava no espelho com dificuldades de se livrar da batina, Yoongi entra no quarto e diz:
- Vou ajudá-lo, Jeon.
- Eu acho que não consigo.
-  Feche os olhos e tire aos poucos.
- Ande logo, Jeon. - Disse Taehyung do outro lado da porta.
- Não seja impaciente, Taehyung. Isso não é fácil para Jeon. - Reclamou Yoongi.
- E por que você não deixa de ser monge? - Perguntou Taehyung.
- Saia da porta! - Reclamou novamente Yoongi.
Jeon continuava a se mirar no espelho e sempre que achava que conseguia se livrar da batina, lhe era um equivoco.
- Jeon, você consegue.
- Tudo bem, eu vou retirá-la.
Jeon seguiu até a outra parte do cômodo de seu quarto levou alguns trajes que seu pai o presenteará. Depois de algum tempinho, sai ele do cômodo e volta para a sala no aposento e assim que Yoongi o vê e sorri encantado.
- Por que está sorrindo?
- Você está lindo, Jeon.
- Quero vê!
Disse o jovem conde ao adentrar o cômodo e ao ver seu irmão sem batida e vestido em roupas tão majestosas de principe, mas simples, pois Jeon não gostava de exageros e por tanto, seu pai lhes mandou roupas belíssimas, mas simples, algo que se assemelha com seus gostos sempre sútil.
- Você está lindo, alteza. - Disse Kim, sorrindo.
- Deixe-me amarrar isso para você, Jeon.
Yoongi se aproximou e amarrou os cordões da camisa branca e levemente bordada de Jeon.
- Prontinho, alteza.
Jeon sorriu simples em agradecimento.
- O rei já está a sua espera, Jeon.
Jeon desceu as escadas e depois de receber muitos elogios por conta de sua beleza e dos trajes que usava, partirá com seu pai e rumaram para o castelo da duquesa Roxanna. Ao chegar no castelo, Jeon conheceu sua tia, que era uma gentil senhora e assim que o viu, Roxanne o abraçou intensamente, lhe era uma honra conhecer seu sobrinho e o príncipe de Gales. Depois de algum tempo, Jin levou seu filho para lhe mostrar o presente que seu irmão estava muito empolgado para lhe oferecer. Jeon e Baek haviam se conhecido no jantar nas terras do norte e logo já se viam como dois irmãos, pois, o sague falou mais alto e Baek que não costumava a gostar das pessoas, sentiu grande afeto pelo irmão. Assim que Jeon chegou no jardim seu irmão disse:
- Jeon, tenho uma surpresa para você.
Jeon continuou em silêncio e então depois que seu irmão voltou, viu que ele trazia consigo um friesian negro e majestoso, com uma crina longa e cintilante.
- Jeon, este é um friesian e é para você. Vou ensina-lo a montar.
- É para mim?
- Sim meu filho, você gostou?
- Sim, ele é lindo.
Jeon se aproximou do lindo animal e acariciou sua estença e longa crina, logo o cavalo sentiu o afeto por seu novo senhor e um vínculo passou a ser criado dentre ambos.
- Papai, eu vou ensinar meu irmão a montar, depois nos chame para o almoço.
- Sim, meu filho.
Jin entrou no castelo sorrindo e satisfeito, felizmente tudo estava correndo bem e seu filho voltará para seu lar, mas claro, encontraria uma forma de dividir Jeon, pois seus pais se negavam a abrir mão dele e Seokjin nunca imaginou que encontraria e receberia de presente uma nova família. Jeon não teve nenhuma dificuldade em aprender a montar, era muito inteligente e assimilava tudo muito rápido, algo que deixou seu irmão extremamente satisfeito e achou formidável ver seu irmão mais velho correr dentre as árvores com seu lindo cavalo.
- Muito bem, Jeon!
Gritava Baek empolgado e vendo o irmão manusear muito bem o lindo animal e em como o cavalo criou rápido uma confiança em seu dono. Depois de alguns dias, Jeon já estava acostumado com seu irmão, e de modo que passaria esse mês com seu pai o rei, seus irmãos do condado sempre lhe visitavam e passavam a tarde a seu lado e incluse Yoongi, que era também um irmão para Jeon. Depois de um destino traçado, acreditavam que eram irmãos não de sangue, mas de laço e um laço que os unirá perfeitamente bem, como duas crianças que nasceram no mesmo dia e que foram salvas por alguém a quem tanto amavam.
***
Dias depois.
Naquele dia, muitos nobres de Ribe e de reinos vizinhos estavam recebendo o convite real da Dinamarca, e inclusive o conde e a condessa de Sehun, a quem sua majestade pedirá perdão pessoalmente por tantos anos de sofrimento em relação ao que fizeram acreditar sobre seu filho, e que prometeu com sua palavra que os culpados pagariam por longos anos e mesmo assim, não seria o suficiente. Receberam eles um convite especial e uma carta que relata o quanto seria uma honra para sua majestade a presença deles nesse dia e claro, o conde e a condessa estariam presentes. Depois de anos tendo de sacrificar seus filhos por conta de uma mentira e sentindo o peso desses atos, o conde e a condessa sentiam-se finalmente em paz e o conde finalmente sentia-se livre e pronto para doar-se e ceder-se por completo a sua família, e inclusive seu adorado filho Yoongi de quem cuidava muito bem e às vezes o próprio Yoongi se sentia uma criança, por tanto ser mimado por seus pais, algo que no inicio lhe foi embaraçoso e novo, mas que com o tempo foi lhe causando aconchego.
Naquela mesma noite e enquanto conversavam na sala, o rei Seokin receberá o convite e um convite especial, pois seu amigo fazia questão da sua presença naquele dia tão importante. Enquanto lia o convite, Baek que estava bebendo um vinho perto da janela, enquanto seu imrão lia um livro em frente a lareira, fala curioso:
- Um convite.
- Convite?
- Sim, um convite de casamento.
- Quem vai se casar?- Pergunta Baek.
- Sua majestade, o rei. -Disse Seokjin.
Jeon que ouvirá as palavras do pai se desconcentra, se quer conseguiu ler aonde parou, apenas pensava no convite e em sua majestade qua ainda não sairá de sua mente e que nem mesmo havia aplacado aquele magoa deixada por ele. Considerou que o melhor era não pensar no assunto, tentou voltar a sua atenção para seu livro, mas sem sucesso, pois o assunto não lhe escapulia da mente. Tornou-se pensativo e Jin o observava vendo a mudança de humor nas faces do filho depois que o convite chegou. Claro que Jeon não era transparente, ele sempre era sério o tempo todo, mas nesse momento, notou nele algo como uma profunda decepção. Não demorou muito para constatar o que se passava, pois ele era conhecedor daquela natureza e de que sentimento ela trazia e inclusive, sem que Jeon ficasse sabendo, no intuito de conhecer um pouco mais sobre ele, conversou com Eva que lhe revelou certa paixão no peito de seu filho, não imaginava ele por quem seria, isso ela não revelou, mas agora algo lhe ficava claro e evidente.
O casamento já estava marcado e iria acontecer daqui a três dias, e durante todos esses dias, Jin notará que o filho não se alimentará como deveria e que tentava esconder certa melancólia, mas que mesmo que se esforçasse para que pudesse omiti-la, ainda assim, Seokjin notava. Jeon estava sempre muito abstrato, recusava-se a cavalgar com o irmão e pretendia voltar para o norte o mais rápido possível, não desejava mais ele, estar no coração da corte de Ribe, precisava voltar para casa, desejava ver sua mãe.
- Você vai mesmo, Jeon? - Perguntava Baek ao irmão.
- Sim, eu sinto falta de mamãe.
- Eu entendo, mas papai gostaria de levá-lo conosco para Gales e partimos daqui a alguns dias.
- Eu irei com vocês, mas durante essa semana, eu gostaria de estar com meus pais.
- Bom, se é o que você deseja.
- Você cuida de Felipe para mim?
- Claro, ele estará em boa mãos.
- Obrigado.
Depois de se despedir do irmão Baek sai e Jeon passa a abotoar seu colete azul marinho e com bordado de prata, aquele cor acentava perfeitamente bem com seus fios negros e os olhos peculiares. Tinha urgência em sair da corte, não desejava estar ali quando os sinos iniciassem, talvez não suportasse, e a dor já se fazia muito presente. Apenas ajeitou alguns livros em seus lugares e enquanto o fazia seu pai entrava.
- Filho, você está pronto? - A carruagem lhe aguarda.
- Sim, eu já estou pronto, só preciso organizar esses livros.
- Muito bem.
Jin encosta-se na coluna e passa a observa-lo, estava muito claro o porque daquela decisão de Jeon partir para o norte, e o porque daquela certa melancólia, tristeza essa que mesmo que tentasse esconder, não conseguia com tão afinco. Longe de Jin ir contra a decisão do filho, ele desejava ver os pais antes de partir para Gales, mas Jin sabia que essa decisão não era a mais sábia no momento. Era hora de mostrar a seu filho algo que ele deveria ter enxergado antes, e que por tolice não o fez, resultando na perda de um grande amor.
- Meu filho, eu quero dizer algo a você.
- Sim?
- Está ouvindo isso?
- O quê?
- Preste atenção.
Jeon então foi capaz de ouvir os sinos que tocavam ao longe e isso fez seu coração palpitar em uma dor agudissimo.
- Eu não deveria mais estar aqui. - Disse ele.
- Deveria sim.
Jeon, confuso, fitou seu pai. Seokjin segurou uma das mãos do filho e disse :
- Sua alteza, o príncipe de Gales está apaixonado por sua majestade, o rei da Dinamarca, e se recusa a ficar mais tempo aqui por estar incomodado com o casamento.
Jeon não disse nada, ficou em silêncio. Seokjin sorriu para seu filho e depois de deixar bem claro que já sabia dos sentimentos desses, deu o melhor conselho que Jeon pôde ouvir, algo que atiçou o peito do príncipe e que queimava suas veias.
***
Igreja real.
Todos os nobres estavam presentes, nobres vindos de leste a sul, e dos reinos vizinhos. A igreja estava linda, repleta de rosas de prata e cortinas que envolviam as colunas colossais. No teto haviam pinturas de anjos, no chão um grande tapete branco, no altar jarros de flores de vidros foram erguidos, e as rosas eram de cristais puríssimo. A cerimônia estava prestes a iniciar, primeiro entrou o noivo que estava vestido de branco e bordados de seda, e em meio a sua cabeça, uma coroa formosa de pérolas. Usava ele a rosa de vidro que sua mãe havia lhe dado, e as vestes eram levemente transparentes e um ou dois botões estavam abertos na parte de cima, expondo levemente a pele alva e delicada. Seus fios estavam extremamentes dourados e em seus olhos azulados uma certa adversidade estava presente, mas tentava ele esconder toda aquela melancólia. Depois de um tempo a noiva entrou na igreja, estava igualmente bela, com um vestido branco e uma coroa de rosas na cabeça, coroa que combinavam perfeitamente com seus cachos. Não estava com um semblante tão contente, diferente de outra noiva, aquele não era o dia mais feliz na vida de Suzy. Caroline e Namjoon estavam ao lado do altar, e ela como a mãe do noivo não estava tão feliz como deveria, pelo contrário, sentia uma enorme angústia no coração e com Namjoon não estava sendo diferente, pois, por mais supreendente que seja, ele também não estava se sentindo tão satisfeito com esse casamento, e principalmente, porque durante todos esses dias, virá em seu filho uma melancólia extrema. Tentou fazê-lo mudar de ideia e explicou que Jimin não precisava mais casar-se, entretando, e não compreendendo o porque, mas seu filho estava decidido.
A cerimônia iniciou-se e Caroline evitava derramar as lágrimas presas no peito, lágrimas de grande tristeza, pois nem seu filho e nem sua sobrinha estavam felizes. Gostaria muito que tudo fosse diferente e até mesmo seu esposo estava desgostoso, desejavam mesmo que Jimin tivesse modificado sua ideia, mas ele não o fez. A cerimônia continuava e todos observavam atentamente a cada palavra do padre e o quanto os noivos em pé de frente ao altar estavam lindos. Suzy que segurava a mão do primo a sentiu gelar e então sentiu-se totalmente tristonha, com certeza não deveria estar sendo fácil para seu primo, e sobre tudo porque compreendia o motivo de sua majestade ter decidio casar-se, ela melhor que ninguém compreendia o que era estar profundamente apaixonada e o quão doloroso era não poder estar com a pessoa a quem se ama, entendia o que o primo sentia, entendia que dor era aquela.
Estavam atentos a cerimônia e as palavras do padre, até que a ouve-se um tropel de cavalo bater com afinco o solo, não dispensaram tanta atenção, mas assim que o cavalo para na porta da igreja, todos erguem-se para compreender o que estava acontecendo. O rei intrigado vira-se e assim que olha para a porta da entrada senti-se desnorteado e perplexo, não compreendia o que ele estava fazendo ali e porque estava causando tanto alvoroço, pois os demais convidados os encaravam surpresos e encantados pelo moço tão belo e formoso que estava montado em um fiesian negro e com vestes azuis como a noite. O rei o olhava sem compreender nada e se desnorteou mais ainda quando o viu se aproximar rápidamente com o cavalo, e o tomar habilidosamente com seus braços e o colocá-lo bem em sua frente o montando no belo animal.
- Solte-me!
Disse o rei, mas sem sucesso, pois Jeon fez o cavalo cavalgar para bem longe o levando dali, enquanto todos observavam tudo perplexos. Namjoon até tentou alcançar o filho, mas depois reteve-se e sorriu para sua esposa que agora parecia aliviada e inclusive Suzy que teve as preces atendidas.
Jeon cavalgava para longe da igreja, enquanto sentia o rei remexer-se de encontro a seu peito e ouvir suas mil reclamações.
- Para onde está me levando? Você vai ser preso por sequestrar o rei!
- Silêncio, majestade, e pare de se mexer!
- O que está fazendo? Perdeu a razão?
- Se pensa que vim aqui para lhe agradecer o convite, está muito enganado, meu senhor.
- Ora! Solte-me! Para onde está me levando?
Jeon ficou em silêncio e fez o Corel correr mais depressa. O rei não sabia para onde ele o estava levando, mas estava furioso e Jeon compactuava do mesmo sentimento, pois também estava furioso.






O padre - JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora