Os jasmins do teu corpo

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A conversação que teve com o rei, não levou aonde este desejava. Passou horas tentando arrancar de Eva uma grande hipótese que carregava consigo. Depois da estrela real ter resurgido em seu reino, depois de tanto anos, conclui-se que havia algo impoante a ser revisto. Claro que durante anos, sua majestade acreditará piamente que a fatalidade da morte havia recaído novamente em sua vida, contudo, depois de anos, pensava agora diferente. Acreditava que Eva poderia tirar-lhe aquela dúvida acirrada, mas a moça não disse nada. 

- Eva, eu sinto que está mentindo para mim.

- Eu já disse majestade, eu não sei de nada.

- Mas, eu sei que a rainha sempre mandava cartas a você.

- Sim, mas isso não significa nada.

- Eva, eu preciso que me responda.

- Eu já repondi, majestade.

Eva estava impassível e indiscutível, respondia sempre com uma indiferença implacável e uma auteresa avida. Sabia o que sua majeatade desejava saber, mas jamais quebraria sua promessa e nem seu silêncio. Uma das maiores razões para o sigilo de Eva, não era somente proteger aqueles que tanto amava, mas também fazer jus a sua palavra. Vendo que a moça estava em completo e implacável silêncio, percebeu que nada conseguiria. Não sabia porquê, mas algo lhe dizia que Eva carregava alguma coisa que lhe poderia ser útil, contudo, ela se mostrava mais que catégorica.

- Eva, eu acho que não sou digno de toda essa atenção, mas eu preciso saber.

- O que o faz pensar nessa hipótese?

- Na verdade eu sempre carreguei comigo essa sensação e ainda ontem, depois de tanto anos a estrela real surgiu.

- O quê?

- Isso mesmo que ouviu! Segundo os sábios de meu reino, ela surgiu com um propósito.

- Não deve ser o que esta pensando.

- Eva, eu vou dar a você todo o tempo do mundo, mas eu preciso saber o que aconteceu.

- Eu não sei de nada.

- Bom, eu só quero que saiba, que se eu pudesse, voltaria atrás.

Eva não disse nada, apenas desviou seus olhos viu quando sua majestade se retirou. Para a sua surpresa, se indagou mais de dez vezes se deveria dizer a ele o que havia acontecido, mas sempre que a lembrança da injustiça do rei lhe voltava, mudava de idéia. No mais, muitos desses acontecimentos era por por culpa de sua majestade, se ele não tivesse agido de má fé e tão injustamente com a rainha, nada daquelas situações estavam ocorrendo e sobre tudo para Eva que tinha de carregar aquele peso sozinha, mas alguma coisa lhe dizia que seus segredos estavam prestes a serem derramados. 

Eva Dante é descedente do povo da floresta e carregava o sangue nobre destes. Não nasceu em berço de ouro e nem visada exatemente como uma nobre, pelos fatos que ocorreram em sua família a anos atrás. Deu-se que o bisavô de Eva, um homem um tanto que cruel, resolveu colocar seus quatro filhos um contra o outro, em uma tola disputa por terras. Efetivamente que isso não poderia ter outro resultado se não a desunião dos mesmos. A família Dante, era conhecida por ua devoção ao papa e a igreja, conhecida também por seus feitos em jóias . Possuíam os Dantes as jóias mais belas do mundo, divididas essas em terras ricas e fartas. Axel Dante, o patriarca de toda a família, era um homem altamente temido e respeitado. Conhecido por sua personalidade atroz e inclimente, Exel possuía todos em suas ricas mãos. Manipulador e sagaz, controlava a tudo e a todos. As regras da família Dante eram claras, o patriarca possuía poder absoluto e por tanto, o que ele decidisse era irrevogável. De maneira que sabia de todo esse poder inerente, Axel ordenava as situações mais inusitadas possíveis e uma dessas foi fazer com que seus filhos se colocassem um contra o outro.

O padre - JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora