Nova Chance XXIV (Penúltimo capítulo)

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(boa leitura)

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Cinco meses de passaram, desde então, continuo preso, sinceramente já acostumei com essa vida de presidiário, nem é tão ruim passar metade da minha vida aqui. É como se eu fosse uma pessoa normal, porém preso. Eu acordo cedo, tomo meu café e me apronto para o trabalho, quase como uma pessoa normal, só que preso.

Estou trabalhando como mecânico, ajudo a fazer algumas peças de carros que são vendidos pelo país, eu até ganho um salário. Não possuo amigos, não me enturmei nesses cinco meses prefiro ficar só, as vezes converso com um ou outro, porém nada demais. Ganhei um belo apelido de "comedor de policial". Enfim está é a minha vida agora e assim será pelos próximos quarenta nove anos um mês e vinte oito dias.

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O sino tocou, Jungkook parou seu trabalho retirando os óculos de proteção e luvas estava na hora do almoço, ele foi para a fila e esperou por sua vez. Não demorou para que servissem o macarrão com suco aguado que tem apenas o cheiro de maçã, na qual Jungkook apelidou de memórias de maçã, além do pequeno pedaço de bolo como sobremesa.

Após isso, eu volto para o trabalho até as cinco da trade que é quando eu paro, vou para minha cela pego meus pertences para ir tomar banho, eu não tenho companheiro de cela, creio que devo ser o único aqui em uma cela só, alguns já ficaram aqui, porém foram transferidos.

Como de costume, a água estava gelada, sinto o frio bater contra meu corpo enquanto tomo meu banho, além dos olhares dos predadores que desejam meu corpo. Depois do banho volto para a cela esperar até o horário da janta.

A janta era o mesmo do almoço, o homem que me serviu me encarava atentamente, até me perguntar: — Você é o Jungkook, certo?

Eu confirmei apenas mexendo a cabeça.

— Isto é para você!

Ele colocou sobre minha bandeja outro pedaço de bolo envolvido com um papel. Eu não disse nada, apenas aceitei de bom grado. Antes de jantar eu abri o bolo, no papel estava escrito "lavanderia" apenas lavanderia. Na hora não levei a sério, até porque poderia muito bem ser um trote e uma embocada para eu ser espancado ou até pior.

Não comi o pedaço de bolo e apenas joguei fora, depois da janta eu fui para minha cela. Me deitei no beliche de cima e cobri meus olhos com o braço esquerdo esperando o sono chegar.

— Detento 181104. — Disse o guarda. — Acompanha-me.

Não questiono sua ordem, apenas levanto e o sigo. O caminho pelo qual ele me levará não fazia sentido, geralmente quando um guarda chama a gente é para sermos levados a diretoria ou para recebermos visitas. A menos que, eu tenha uma visita.

Será possível? Que eu tenha uma visita? Não, está de noite, ninguém irá me visitar

Mas e se for uma ligação? Não tem horários certos para se receber ligações. Para onde ele está me levando.

Esse caminho me parece familiar, óbvio que vai ser familiar, eu moro aqui. E se eu perguntar para ele? 

Quando percebi ele apenas abriu a porta, eu o encarei por alguns segundos sem entender.

— Entre logo!

E novamente, eu o fiz sem questionar. Eu estava na lavanderia, apenas a luz da noite iluminava o lugar, não tinha ninguém lá. Até ver luzes piscando.

Estavam vindo de um cesto de lençóis, me aproximo com cautela até chegar lá, estava coberto por um lençol, quando eu me retiro o vejo.

— Entre e não faça barulho!

Mentiras de um Criminoso | TaekookOnde histórias criam vida. Descubra agora