livramentos

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(...)

Me sentei em um banco de frente para os prédios, iluminados com várias propagandas em si. É tão estranho a sensação de ver aquilo pela primeira vez.

Quando pra outras pessoas pode ser só mais um detalhe comum na cidade, as vezes eu me perco em meus pensamentos.

Será que é certo ter vindo pra cá?
Por que esse nome, esse cara é tão famíliar pra mim? São perguntas que eu não consigo responder.

Solitário, sem família. Somente com amigos ao meu redor, é difícil ser eu.

— Você quer conversar? - disse cutucando meu ombro

— Não, obrigada khaotung. - disse e vi o mesmo se sentando ao meu lado no banco.

— Você tem certeza? - disse olhando fixo pra mim.

— Tenho, eu só não quero conversar agora. Você pode por favor sair? - eu não quero assunto, só disse e vi ele saindo e indo pra longe.

Saber que minha mãe está naquela situação naquele lugar "miserável" e eu estou aqui, nesse lugar maravilhoso me dói. Será que não tem como transferir ela pra cá? Assim eu posso cuidar dela aqui, sem mais nem menos.

Vou ligar para o hospital amanhã.
Não sei se vou trazer a lunna junto, mas provavelmente sim. Até por que eu tenho que trabalhar né, então não teria tempo de ficar tanto com minha mãe.

Eu já estava ficando cansado de ficar sentado aqui, então vou andar por aí.

(...)

Já estava amanhecendo, eu cochilei em alguma escada aqui por perto. Não conheço direito essa cidade mas já tô conhecendo pelo visto, vou voltar pra casa.

Tô indo pra casa quando lembro que tenho que ligar pro hospital né, verdade.

chamando.

— Olá, bom.. dia. Tem como falar com o médico dae?

— Tem sim! só um minuto.

(...)

— Olá, First não é? O que deseja para falar comigo?

— Queria saber se tem como transferir A minha mãe para bangkok, tem como?

— Claro! quando pode ser? Só tenho que lhe enviar alguns documentos para assinar, tá bom?

— Tá ótimo, a transferência pode ser amanhã.

chamada encerrada.

Logo em seguida ele mandou-me os documentos que eu teria que assinar virtualmente.

Depois de alguns minutos assinei os documentos e já me falaram que ela já seria preparada para vir.

Um tempinho depois eu falei com a Lunna, ela topou vir pra cá cuidar da minha mãe.

Eu estou dominado de ansiedade.

(...)

Tô subindo as escadas e paro perplexo num degrau vendo gemini descabelado e com sua blusa desabotoada dando tchau para fourth.

— FIRST? O QUE VOCÊ TÁ FAZENDO AQUI? - disse fourth gritando fazendo gemini se assustar ao olhar pra trás.

— Não vi nada, sou um gasparzinho. - fourth segurou meu braço na porta - CARALHO ME DEIXA DORMIR - arranquei e ele fez um "tanto faz" com os ombros.

Vi ele e gemini murmurando alguma coisa mas só me tranquei em meu quarto, tirei minha blusa e me joguei na minha cama, quentinha..

khaotung.

Ver First daquele jeito esquisito não era normal, ele normalmente estava sempre encantando os outros com seu sorriso.

estranho..

Ele pode ter tido alguns livramentos, ou decepções mesmo. Na reunião quando o mesmo falou de sua mãe, parecia que estava desconfortável..

Mas eu não sei o por quê ele é tão famíliar pra mim. O nome dele, eu me sinto bem perto dele.

Mesmo que ele não queira ficar perto de mim, eu não vou evitar conversar com ele pelo menos.

Penso nisso enquanto estou no caminho para minha casa, e numa piscada de olhos eu já cheguei.

O sol já está brilhando na cidade, todo o brilho que estava de noite sumiu e a cidade fica com seu próprio brilho de sol.

Bom, vou dormir logo por que se não eu perderei meu horário pra trabalhar que nem a última vez.

Nota autora.

surtos.

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