Eles são primos, mas ela sempre teve segundas intenções. Ele nunca soube, então nunca se importou em poupá-la de suas experiências. Ela não aguentou mais e transformou o sentimento bom em ódio e mágoa.
O tempo passou e as coisas voltaram a mudar qu...
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As coisas não andam nada bem entre Jonas e eu. Nos aproximamos após o Réveillon, apesar da minha saída inesperada, só que tudo esfriou rápido demais e segue nesse mesmo fluxo.
Percebo que ele gosta de mim e até tenta investir neste relacionamento, mas também o noto cada vez mais distante e já não sei mais o que fazer.
Estamos nessa lenga-lenga há dois meses, então estou perdendo as esperanças de que as coisas evoluam entre nós.
Realmente não devo ter nascido para relacionamentos. No fim, por mais que dê o meu melhor, nunca sou boa o suficiente. Ao menos, é como me sinto.
Só que situações extremas merecem medidas drásticas e foi exatamente por isso que decidi pedir algumas aulas de sedução para Lucca. Querendo ou não, ele é o melhor amigo de Jonas e, de todas as pessoas que conheço, é o que tem mais experiência com o sexo oposto.
Só não esperava a reação que ele teve ao ouvir que queria conversar com o mesmo. Precisava falar aquilo tudo? Que droga, meu primo realmente gosta de dificultar as coisas e isso me estressa.
Será que não percebeu o quão difícil foi passar por cima do meu orgulho e expor todos aqueles sentimentos que tanto me machucaram no passado? É doloroso falar sobre, mas jurei não chorar mais por isso, jurei deixar pra trás. Logo, o mínimo que Lucca deveria fazer por mim era, pelo menos, me ouvir.
E é exatamente por isso que estou na porta do apartamento dele, apenas tomando coragem para tocar a campainha. Depois de horas pensando, cheguei à conclusão de que não aceitarei a recusa e o farei me ouvir, mesmo que ele não queira. Por fim, decidi não esperar nem mais um dia para isso.
— Isso, assim! Desse jeito, Lucca, assim eu vou ficar louca!
Gemidos femininos com uma voz familiar ecoam de dentro do apartamento, só não consigo identificar a quem pertencem.
Engulo em seco e reviro os olhos, mas nem fico brava, até porque não é problema meu. Lucca sendo Lucca, como sempre.
Mas não estou com vontade nem paciência para esperar a sessão de sexo selvagem chegar ao fim, muito menos com ânimo para ouvir mais gemidos, então, motivada por isso, toco a bendita campainha.
Após alguns minutos, que realmente pareceram séculos, Lucca atende o chamado. Assim que abre a porta, solta uma respiração profunda e irritada.
— O que você está fazendo aqui? — Pergunta com os braços cruzados. Lanço um breve olhar para seu corpo e percebo que ele está vestindo um roupão. — Pensei que tinha sido incisivo ao dizer que não queria conversar nem ajudar em nada, independentemente da atrocidade que você arrumou. Portanto, pode ir embora. — Ensaia fechar a porta, mas ajo antes.
Reviro os olhos novamente, o empurro para o lado e entro no apartamento feito um furacão. Só não esperava encontrar a professora Paola Rodrigues deitada no chão da sala e enrolada em lençóis. Nossa, definitivamente não esperava por essa.
