9 - Você me quer, só não admite 💭

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Eloá e Lucca estavam exaustos após saírem da academia, pois o treino havia sido muito pesado naquele dia

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Eloá e Lucca estavam exaustos após saírem da academia, pois o treino havia sido muito pesado naquele dia. Já faziam alguns meses que estavam focados em ganhar músculos e, de fato, estavam conseguindo. Estava certo que a genética da família ajudava bastante, mas o mérito, em grande parte, era deles.

Eles estavam na casa da vó Conceição, aguardando a chegada dela. A idosa estava na sessão de fisioterapia, por conta do pé recém recuperado de uma cirurgia onde precisou remover alguns dedos do pé. Enquanto isso, Eloá aproveitou para tomar um banho, pois estava muito suada.

O clima estava muito estranho entre os melhores amigos depois do momento íntimo que tiveram no Natal. Eram adolescentes cheios de hormônios e estavam bêbados, mas algo mudou com aquele contato. O desejo entre os dois despertou um fogo que, antes, não existia.

Já haviam se passado semanas e, mesmo agindo como se nada tivesse acontecido, quando estavam a sós, a chama se acendia.

- LUCCA, SOCORRO, PELO AMOR DE DEUS, CORRE AQUI! - Eloá gritou desesperadamente do banheiro de hóspedes.

Inicialmente, o garoto, que estava vendo televisão na sala, deu um pulo de susto. Nem teve tempo para colocar a camisa, devido à preocupação com o que poderia ter acontecido com a prima. O carinho que sentia pela garota era muito grande; mataria e morreria por ela sem pensar duas vezes.

Lucca nunca correu tão rápido na vida. O corredor parecia tão longo, mas, ao mesmo tempo, tão curto, que, em menos de dois minutos, ele estava lá, em frente à porta do banheiro.

- Lolô, o que houve? - Perguntou, extremamente preocupado. - Vou entrar, está bem? - Questionou, mas a garota não respondeu, o que lhe causou um leve frio na barriga.

Quando entrou no cômodo, Lucca se deparou com uma cena pra lá de inusitada. Eloá estava em cima do vaso sanitário chorando, enquanto um pequeno gambá corria desesperadamente pelo chão do banheiro. A garota estava nua, o que fez com que o rapaz virasse o rosto para evitar contato visual.

- Por que não respondeu quando perguntei? - Perguntou, evitando encará-la. - Pensei que pudesse ter caído, desmaiado ou sei lá. Esse seu desespero ainda vai me matar do coração, garota! - Repreendeu.

- Porque essa porcaria é sentimental. - Eloá cochichou. - Quando gritei para te chamar, juro que ele rosnou pra mim! Não sei como entrou aqui, mas pelo amor de Deus, tire-o. - Implorou e Lucca encarou o gambá, sem saber direito o que fazer.

O garoto encarou o animal, que não parava quieto por um minuto sequer, e, por fim, chegou à conclusão de que seria melhor chamar alguma autoridade competente.

- Não vou mexer nesse bicho, Eloá. E se ele estiver com raiva e me morder? - Questionou e a garota o encarou ainda mais apavorada. - É melhor chamarmos a guarda ambiental.

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