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     Existem tantas sensações que podem serem descritas por esse vasto campo que o mundo acoberta, emoções que o ser humano pode desconhecer,mas que um dia em suas fases variada, pôde ser experimentada levemente. É confuso,algo que está além da compreensão de quem se nega a viver as experiências mais marcantes, incompressível para aqueles que temem o sentimento da dor.

      Se não dói, não vale a pena. Difícil entender a metáfora por trás de tais palavras? Se sim, deixe-me lhe explicar: quando crianças,temos o grande interesse de aprender a andar de bicicleta,e nesse processo,sofremos com as quedas e arranhões que, muitas das vezes,se tornam cicatrizes. No entanto,após lágrimas e a frustração dominando nosso peito infantil,somos capazes de nos aventurar com aquele meio de locomoção, e estaremos propícios a emprender bem mais. Então,quando sentamos na rodinha de amigos, finalmente percebemos que por trás daquela dor,tudo valeu a pena e faríamos tudo novamente.

       Assim é o sentimento do amor. Independente do que possa acontecer com certos casais,por mais que hajam separações e términos brutais - e apesar de todas as palavras deferidas e ditas por tamanho ódio - em algum momento de trajetória,aquele relacionamento valeu a pena e foi um dos grandes motivos de sua felicidade. Então,em uma analise mais direta ,somos seres hipócritas que buscam ferir um ao outro, somente para ter a certeza de que não choraremos sozinhos. Somos capazes de matar, somente para não morremos sozinhos.

     E Alina acreditava nessa teoria que deveria ser estudada por muitos romancistas,levava para sua vida essa análise mais aprofundada sobre alguns aspectos da dor . Para ela,era como se existisse a explicação mais exata para todas as suas lágrimas. No entanto,também tinha noção de que seu marido era aquele que poderia ter sido comparado como uma aventura,um teste para descobrir se realmente era boa em relacionamentos mais sérios e que exigem mais tempo.

      Ela valorizava a concepção onde diziam que temos uma amor 'para' nossa vida,e o amor "da" nossa vida. E levando em consideração essa análise e filosofia,a advogada gostava de acreditar que sim, Domínik havia sido um de seus amores,mas fora aquele amor que lhe machucou, que lhe fez se ajoelhar e humilhar-se, aquele amor passageiro e que se possa ser superado por alguém mais afetuoso. Dylan era o seu amor,era aquele que lhe daria a magia que se é contada em muitas histórias infantis.

     E parando para pensar,essa teoria não se aplicava a Alina, pois Domínik nunca fora o amor da sua vida,tão pouco seria o amor para sua vida. O que significava que nessa contrapartida, Dylan seria aquele que não ficaria,aquele que viveria em seu coração e faria morada definitiva,mas não seria aquele a conquista-la todos os dias,pois em algum dado momento,deixaria de fazer o coração bater acelerado ,pelo simples e doloroso fato de que chegaria o momento em que deixaria de fazer parte da vida de Alina. 

      Teorias, metáforas e filosofias. Tudo poderia não passar de palavras que fizeram os seres humanos pensarem e analisarem suas vidas,poderia ser somente um alerta que muitos buscavam receber como conselho. Ao menos estavam atento aos detalhes, ignoravam o fato de que,quem havia escrito e mencionado tais pensamentos, eram feitos de carne e osso; seres humanos como qualquer outro.

     […]

       Vestida em uma camisa social de Dylan,com os cabelos soltos e longos,os pés descalços e a barriga de sete meses sendo acariciada pelas pontinhas de seus dedos,Alina desceu as escadas tendo um belo e amplo sorriso em seus lábios. Estava feliz, contente por estar carregando um bebê dentro de si,por estar vivendo algo mágico e que mais havia desejado durante anos de sua vida.

      Quando se fez presente na cozinha,onde encontrou Dylan concentrado, fazendo algo para que pudessem comer naquela manhã, Alina suspirou apaixonada e se aproximou,lhe abraçando por trás. Apoiou sua cabeça nas costas largas e desnudas pela falta de uma camisa,seus dedos acariciava o abdômen definido, então,para completar as carícias,seus lábios pousaram sobre a pele marcada pela noite anterior.

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