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        As semanas foram se passando,até que o mês de dezembro foi alcançado,e em todo esse tempo,Alina se manteve distante de Dylan,o que fez com que o rapaz acreditasse que a decisão dela havia sido tomada e não poderia fazer mais nada,ao menos se aproximar como muitas vezes que se pegava sozinho,desejava fazer.

      Então, sentado na poltrona de seu escritório,revisando os últimos documentos a serem enviados para a filial de Sidney, Dylan suspirou sentindo o cansaço lhe dominar. Haviam sido semanas cansativas e complicadas, viagens em cima de viagens, reuniões a cada novo dia, videoconferências com acionistas de outros países e entre outras coisas. Dylan sentia que seu corpo anunciaria exaustão a qualquer momento.

     E no momento em que seu celular tocou sobre a mesa,em meio aos inúmeros documentos espalhados por ali,percebeu que havia esquecido de uma ponta solta; o médico que estava disposto a operar Alina e lhe tratar para que pudesse ter sua visão de volta. Se perdera tanto em seus problemas profissionais e conflitos pessoas que ao menos se deu conta de como faria para que a advogada não perdesse a oportunidade de ser atendida por um dos melhores oftalmologista do mundo.

       A ligação era justamente de sua secretária, questionando se poderiam marcar uma consulta para o fim daquele ano,o que se resumiria em duas semanas. E mesmo que não mantivesse contato com Alina,tão pouco, com sua família, Dylan concordou e agendou para a data possibilitada pelo médico. Não lhe acompanharia, não ousaria contrariar a - suposta - decisão da advogada.

       Dylan não negava,queria estar ao seu lado para lhe apoiar, vê-la recuperar aquilo que um acidente tirara de si,gostaria de segurar sua mão em cada uma das sessões de tratamento e avalista,queria ser aquele que lhe beijaria pela nova - velha - (re)conquista. Entretanto,ele pensava que seria muito evasivo de sua parte,seria muita audácia. Então precisou ligar para Leonardo,aquele que mais poderia lhe ajudar.

       Após marcar de se encontrarem em sua casa a poucas horas, Dylan voltou a seu trabalho, focando em uma maneira de desfazer a parceria com Domínik,pois já não queria manter nenhum tipo de contato com alguém tão imprudente e irresponsável,alguém que deveria estar atrás das grades de uma cela imunda. Apesar de,por muitos anos,ter lhe considerado,já não pensava mais daquela forma,pois o que fizera com Ashley e Alina,era desumano, algo repugnante.

     Além de estar desejando uma abertura em um contrato que de nada lhe fará falta,Dylan conjuntamente buscava por uma forma de organizar sua agenda,pois estaria se afastando por tempo indeterminado, não que significasse estar obsoleto de tudo; estaria administrando, porém,tendo um pouco mais de tempo para assimilar os pensamentos em sua mente conturbada e caótica.

       Ao ouvir a porta de sua sala ser aberta, Dylan direcionou seu olhar para a pessoa que entrara sem ao menos ser anunciado ou ter batido. Sua respiração se tornaria irregular e pesada caso estivesse em outras circunstâncias e não estivesse cansado o bastante para ter uma troca de farpas, então,por assim dizer,o empresário apenas voltou sua atenção para seu computador,vez ou outra,olhava para algumas cláusulas caligrafadas naquele pepel de suma importância.

        — Pode sentar-se,caso deseje. Mas como tenho a plena certeza de que os motivos os quais lhe trás aqui não seja de meu agrado,pode se retirar. A escolha fica a seu critério. — seus dedos ágeis digitaram as palavras que formariam aquele E-mail.

        Dylan sempre se manteve sério e formal,no entanto,quando se encontrava sob a presença de alguém indesejado como aquele que se encontrava a sua frente,o empresário esquecia os modos e agia como uma pessoa comum lidando com pessoas inoportunas e indesejadas. Era um CEO de marca maior,pois sabia muito bem como  separar suas relações; educado na medida certa, seguindo a regra padronizada de bom homem de negócios,mais afiado como uma faca de dois gumes, pronto para causar um estrago onde passasse e deslizasse.

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