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     Alina sentia o olhar de Lêda sobre si,sabia que a mulher lhe admirava e possivelmente,se encontrava sorrindo, afinal,desde que Dylan havia lhe deixado em seu apartamento e encontrado somente a presença da cuidadora,ambas conversaram e foi perceptível a aura leve que emanava da advogada. Sabia que Lêda era um boa amiga e estava torcendo por seu bem estar e felicidade.

         Ela não saberia descrever sua vestimenta com detalhes precisos,pois se lembrava de poucos detalhes que sua mãe lhe dera no momento da compra daqueles trajes; sabia ser um vestido simples,porém,muito elegante que dava contraste com sua pele pálida e delicada; uma bela gargantilha de diamantes cravejados enfeitava seu pescoço,outras jóias em seu pulso e dedos também faziam complemento com tudo. Estava linda e não teria ninguém que lhe dissesse o contrário.

       Quando ouviu sua campainha ser tocada,seu coração acelerou em ansiedade,seu rosto ganhou uma cor mais rubra. Eram sempre as mesmas reações,as vezes ocorria do frio em sua barriga se tornar mais intenso,as famosas borboletas se manisfetavam. Alina poderia estar em dúvida com tudo o que sentia,no entanto,jamais poderia negar estar vivenciando algo único, estar tendo experiências que nem mesmo seu marido fora capaz de lhe proporcionar.

       — Lina,Dylan esta lhe esperando na sala de estar — entrando novamente no quarto, Lêda informou.

       Com o assistir de Alina,a garota se aproximou e segurou em uma de suas mãos,ajeitou a roupa um pouco amassada e lhe guiou corredor a frente. Ao descerem as escadas,Dylan sorriu ao ver a amiga,ao perceber o quão mais linda ela conseguia ficar usando um pouco de maquiagem e roupas mais sociáveis. O rapaz era um completo apaixonado,um admirador daquilo que mais amava em todos os quatros cantos do mundo.

      O empresário se aproximou lentamente,buscou pelas mãos que Lêda segurava anteriormente,por fim,beijou a testa coberta por um franja lateral. Com um belo sorriso em seus lábios, Lêda fora deixada naquele apartamento enquanto o casal saia de mãos dadas e uma conversa amistosa e descontraída.

     Ao chegarem no carro de Dylan, Alina fora prensada contra a porta do veículo e beijada com euforia e precisão. Circulando seus braços pequenos e finos ao redor do pescoço alheio, correspondeu sentindo-se desejada ao extremo,no momento em que sentiu uma de suas pernas serem erguidas contra o quadril do mais velho,gemeu pelo aperto e a forma como forçava a cintura contra a sua. Por bom senso da parte de Dylan Fromming,estavam na garagem do prédio,na vaga pertencente ao carro de Alina.

       — Você está linda! — elogiou, voltando a ajeitar a postura e se afastar alguns centímetros dela.

        — É um pena não poder lhe enxergar,tenho certeza que está lindo — mesmo que estivesse usando um tom de voz descontraído, Alina se sentia frustrada por sua condição.

      Suspirando entendendo o lado da companheira, Dylan deixou um selinho nos lábios inchados e abriu a porta do carro para que ela entrasse. Sabia que, enquanto ela não ouvisse uma notícia médica de que poderia ir para uma sala de cirurgia,tudo teria a mesma perspectiva e frustração; mesmo que estivesse vivendo mil e uma experiências,tudo teria o mesmo sentido e relevância.

      Então,para não deixá-la ainda mais chateada com a situação que vivia,o rapaz passou a descrever detalhadamente o que vestia, quais jóias usava e como seus cabelos estavam penteados e com um belo corte em undercut. Também fizera comentários sobre seus planos para o futuro. Eram duas pessoas descontraídas saindo juntas para um concerto musical,dois jovens que estavam se imaginando com idade mais avançada,discutindo por quem havia esquecido a data do aniversário de casamento de ambos. Estavam nítida: se imaginavam cansados e com filhos.

     No decorrer de trinta minutos, Dylan estacionou o carro em frente ao prédio onde o concerto aconteceria. Ajudou a amiga descer e seguiriam para a porta de entrada,onde Alina entregou seus ingressos de entrada. No corredor da sala no qual aconteceria o evento que a menina adorava,o empresária segurou as mãos dela e parou um casal,esse que aceitaram bater uma foro para eles.

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