Seus olhos| Conclusão Em Breve |♡

34

     A vida não era perfeita e as histórias de finais felizes não passavam de teorias infindáveis de tamanho sentimento que era o amor. Então, nessa perspectiva,Alina sabia que passaria por altos e baixos, se afundaria tantas vezes que ao menos poderia contar,ela veria o céu se fechar em inúmeras situações,e todas quando ela mais precisasse do sol lhe aquecendo. Mas ela sabia ,entendia que era somente um teste, uma avaliação para descobrirem qual o tamanho e nível de sua resistência,o quão forte poderia ser para lidar com suas derrotas em um campo de batalha.

      Então,naquele dia dez de fevereiro,estando sentada diante aquela mulher trajando um jaleco branco,com belos óculos arredondados em armações dourada e segurando aquela prancheta cheia de anotações,soube que precisava de muito mais,seria necessário enfrentar os seus problemas, batendo de frente e aceitando o que estava por vir.

     Seu dia havia tido início da forma mais monótona que alguém como ela poderia imaginar. Por ter saído da casa de seus no mesmo dia em que havia retornado de sua viagem,estava morando em um apartamento pequeno,em um baixo silencioso e aconchegante,um condomínio que se sentia segura e livre de qualquer imprevisto em questão de visitas indesejáveis. Quando seu despertador anunciou ser seis horas da manhã,ela levantou de sua cama,tomou um banho relaxante,se aprontou devidamente e saiu de casa com as chaves de seus novo carro em mãos.

     E naquele horário,sendo oito horas da manhã,Alina se encontrava naquele consultório,conversando com uma mulher desconhecida e que prometia lhe ajudar com seus pensamentos negativos e inseguros. Ela sabia e tinha uma visão única para tudo aquilo. Se lhe perguntasse o que achava dos serviços de cerca de oitenta porcento dos psicólogos,ela diria que,como todo ser humano,eles eram pessoas que pouco se importavam com os sentimentos de seus paciente,porém,precisavam passar uma imagem completamente oposta, assim teria seus pagamentos no fim do dia.

     Há àqueles que diga o oposto,mas Alina,sendo uma advogada formada e de prestígio,sabia muito bem como poderia ser a índole de um ser humano, não duvidava um segundo que a mulher a sua frente,contava o minutos para se ver sozinha e pensar em como podem existir pessoas complicadas e confusas. Mas não lhe culpava, afinal,tudo na vida exigia um tipo de cadeia social: ela procurava por ajuda,a psicóloga a sua frente também exercia seu mesmo papel como paciente para outro profissional,e assim sucessivamente.

      No entanto,tinha sua mente formada para tudo aquilo, não queria aquela mulher como sua amiga, não a desejava vasculhando bem mais do que era necessário. Alina havia feito uma mudança radical em si mesma,tentava ignorar aquela parte ingênua de sua personalidade,dando prioridade para a empoderada e destemida, àquela na qual não perdoa os erros dos outros,mas sempre presava por justiça. Alina Prescott usaria sua arma nos tribunais,seria aquela mesma mulher que não abaixa a cabeça diante da promotoria e parte acusatória,seria alguém que muitos temeriam, não aquela que sentiriam pena e julgavam como tola e animalzinho indefenso.

      — E como planeja contornar essa situação, Alina? Sabe que fugir nunca será uma opção! — ajeitando os óculos na ponta de seu nariz,a psicóloga questionou aquilo que já possuía uma resposta óbvia.

        — Se ele não quis me ouvir,se negou a ter minha explicação por trás daquele acontecimento,por que devo insistir justamente agora que pretendo fazer o mesmo que ele? Dylan está farto de toda essa situação, e tenho de assumir,também estou! — suspirando, cruzando as mãos sobre seu colo,Alina sustentou o olhar da mais velha.

        — Acredita que ignorando o fato,o relacionamento de vocês seguira adiante? Sem acusações,culpa e mágoa? A quem está tentando enganar, Alina? Você ou ele? — aquelas perguntas fizeram com que a advogada mordiscasse o lábio inferior,ao mesmo tempo em que seu pé balançava em desconforto.