S/n irá começar uma nova fase da sua vida, a Universidade. Lugar que ela diz que dará o seu melhor e que se concentrará nos seus estudos. Mas ela acaba fazendo várias amizades, inimizades e uma delas pode acabar virando a coisa mais importante da su...
— Só falei porque pode dar merda se tentarmos isso, mas nesse momento eu to preferindo me arriscar a ficar mais perdido no meio desse mato, do que te aguentar mais
Ele vai passando por mim e caminhando ao lado do barranco.
— Se alguém não tivesse feito o favor de cair no fundo do poço comigo, né! Não estaríamos nessa situação e você sabe para onde está indo, certo!?
— Vou ter total certeza se chegarmos, eu tenho boa memória ao contrário de alguém aqui. Vamos até lá no começo da trilha, assim ficará mais fácil de acharem a gente e também poderemos tentar subir de novo
— Hm...
Eu apenas o sigo depois disso, não demorou muito para começarmos ouvir uma ou duas pessoas gritando os nossos nomes.
— ESTAMOS SALVOS!
Digo animada e em alto e bom-tom, mas logo meu sorriso e animação desaparecem, quando me dou conta do que estava prestes a acontecer.
— O professor vai matar a gente... e a minha mãe também, eu nunca mais poderei ir para excursão escolar. Pensando bem, até que essa ultima parte consigo viver sem
— Relaxa, não surta de novo, por favor. Como te contei antes, falei para virem até a entrada da tal trilha, e tentarem ver se conseguem ouvir ou enxergar nós dois, para o caso de ter dado algum problema, como agora. E só por fim, se não nos encontrassem aqui, até a hora da contagem dos alunos, ai, sim, avisariam os professores, entendeu?
— Que alivio... Reclamei tanto de você, até tava pensando em várias formas de te torturar, mas você realmente foi meu salvador do dia, nunca esquecerei, seu feito e o quão grata estou agora
Estendo a mão, para realizarmos um aperto de mão, mas ele apenas me encara com uma careta assustada e desconfiada. Mesmo assim ele aceita e aperta a minha mão.
— Você... bateu a cabeça no meio do caminho e eu não vi, ou... isso é uma estratégia para quebrar a minha mão?
— Não, larga de ser dramático. PESSOAL ESTAMOS AQUI!
Solto sua mão e me concentro em pedir ajuda, logo ele começa a me ajudar.
— ESTAMOS AQUI, GENTE, SOCORRO!
Milagrosamente, nossos amigos nos localizaram sem muita dificuldade. Planejamos de antemão como eles nos resgatariam e decidimos a ordem em que seríamos atendidos. Não foi nenhuma surpresa eu ter sido a primeira, por precisar de ajuda extra para subir de volta. Em plena escuridão da noite, um dos meninos estendeu as mãos para me ajudar, mas não consegui distinguir bem seu rosto. Com o apoio de Jungkook, ele me puxou de volta para a trilha em segurança. Finalmente, pude ver que era o Hoseok. Não era a pessoa com quem eu queria me encontrar tão cedo... E mesmo já estando tudo bem agora, ele segurou minhas mãos com força por um longo tempo, proporcionando conforto.
— Como você tá!? Se machucou em mais algum lugar? Suas mãos estão geladas... Deve estar passando frio com esse ar gelado
— Estou bem... não, eu não estou com tanto frio-
Antes que eu pudesse terminar de falar com o garoto, o mais velho passou por nós, caminhando em direção à beira do barranco, aparentemente determinado a da sua profundidade em primeira mão, ou... só para zoar com o Jungkook.
— Bem feito, teve que aprender uma lição pra ver se larga de ser idiota. Esses jovens de hoje em dia, qual a dificuldade em obedecer a placas e avisos!?
— Jin, cala boca, agora não é hora... Não liga para ele S/n, às vezes parece que gente velha reencarnou no corpo dele!
— Ta tudo bem, ele ta certo, apesar de não ter sido por idiotice minha, eu ter escorregado, se eu sequer tivesse entrado aqui, não teria dado nissoEu me viro em direção ao pessoal que junto ao Jin estavam falando com o moreno que ainda estava no fundo.
— Eita, Jungkook. Trocando de lugar com animais do zoológico? Como é a sensação aí embaixo? Pena que não trouxe lanches para você, meu amigo selvagem. Mas de qualquer forma, é proibido alimentar os animais... uma pena
— Não sei, por que não me diz você?
O menino e o mais velho se encaram sem dizer uma palavra. Mas logo, o silêncio é quebrado por outra pessoa.
— Vocês dois parecem duas crianças que vivem implicando, uma com a outra
Vou nem tirar sarro, porque faço o mesmo... mas quem que consegue suportar aquela peste e ficar na paz?
— Estou apenas tentado a sugerir, Hoseok, que o deixemos ali, você sabe, como uma verdadeira experiência imersiva. Afinal, já cumprimos nossa heroica missão de resgatar S/n. Por que não adicionar uma pitada de comédia e deixar ele viver sua vida como o selvagem que ele é? Só uma ideia, pessoal!
Enquanto o mesmo compartilhava essa sua ideia, notei uma expressão familiar de leve indignação no rosto de nossos amigos e no meu. Foi quase automático, uma resposta sincronizada sem sequer pensar. Mas, no fundo, todos sabíamos que era apenas um momento de brincadeira, nenhum de nós levando isso muito a sério. No entanto, logo após Jin terminar de falar, uma figura misteriosa surgiu de repente atrás dele, surgiu de onde era o barranco. Era como se um fantasma tivesse se juntado à nossa reunião particular.
— Como se eu precisasse da sua ajuda para sair daqui...
Assim como na resposta sincronizada de antes, nesse momento não foi diferente, todos se assustaram e gritaram como reflexo, só o próprio Jin e Hoseok, que se empolgaram um pouco na reação. O pobre do garoto que havia segurado a minha mão, tentando me dar conforto e me fazer, sentir protegida, talvez, falhou miseravelmente quando quase estourou meus tímpanos, derrubou seu celular da mão e caiu de bunda no chão.
— Calma, é só o idiota do Jeon, levanta dai
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Eu estendo a mão para o ruivinho, que acho que por vergonha, se levantou sozinho, se recompondo, sem sequer olhar para mim. Estava prestes a tentar confortá-lo, mas senti como se tivesse tido um estralo na minha mente com uma pergunta: Como aquela peste de rostinho bonito, subiu aquilo, sem ajuda nenhuma e com tanta facilidade?
