Cap 26 - Bocha

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Boa noite amores!!

Olha quem veio sextar com vcs?!

*Ps: me contem o que vcs iriam preferir👀🔥

Boa leitura!
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Valentina nunca se sentira assim antes, como se o coração estivesse se despedaçando a cada batida enquanto Luiza chorava baixinho e elas dançavam.

Queria dar tudo a ela. Queria destruir seus medos. Queria abraçá-la com força e nunca soltá-la. Havia dito que a queria, mas sabia que ela ainda acreditava que precisava deixá-la para provar que era uma pessoa forte.

Luiza havia dito que a noite estava perfeita, mas agora chorava.

Em toda a sua vida, sempre soubera o que fazer. As mulheres nunca foram um grande desafio, mas agora percebia que fora assim porque nunca havia se importado de verdade antes.

Até ter se apaixonado por Luiza.

Valentina desejava que houvesse uma resposta simples, desejava que pudesse se convencer de que a solução era tão fácil quanto impedir que a ex-mulher de Luiza pudesse machucá-la e, depois de eliminada a ameaça ao bem-estar dela, tudo ficaria bem.

Mas, se pretendia ter algo a mais com Luiza, não poderia passar por cima do tempo e dos desejos dela.

Contudo, como iria deixar Luiza partir e fazer o que achava necessário?

E o quanto ela lhe odiaria se não conseguisse deixá-la ir?

Quando a música terminou, Luiza já havia conseguido recuperar o controle das emoções. Feliz por não ter usado muita maquiagem, ela enxugou os olhos enquanto Valentina a levava para o lado de fora, até um belo terraço com cheiro de alfazema e alecrim e uma pista de bocha.

 Feliz por não ter usado muita maquiagem, ela enxugou os olhos enquanto Valentina a levava para o lado de fora, até um belo terraço com cheiro de alfazema e alecrim e uma pista de bocha

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- Bocha era o esporte que eu mais gostava de ver quando criança. - Luiza disse, tentando trazer alguma normalidade de volta depois de tê-la encharcado de lágrimas. - Eu fugia para o parque que tinha algumas pistas e assistia às famílias jogando juntas.

- Você também jogava?

Ela balançou a cabeça.

- Não oficialmente. Mas, quando não havia ninguém por perto, eu jogava com bolas de tênis que tinha encontrado. - Disse largando a mão de Valentina, indo até a pista vazia, pegando uma das bolas pesadas.

- Era com essas bolas chiques que eu via as pessoas jogarem. - Deu uma risada suave. - Se alguém me visse, pensaria que estava zombando do jogo com minhas bolas de tênis.

Ela ficou surpresa quando Valentina tirou o casaco e o salto.

- Me mostre como é.

Luiza quase lhe disse que não tinha a intenção de terminar a noite ultra romântica delas rolando bolas na areia para marcar pontos. No entanto, aquela não era uma das qualidades que mais amava em Valentina? O fato de que não havia regras na vida dela? Nada de tem que fazer.

E, o melhor de tudo, nada de não deve fazer.

Ela tirou os sapatos de salto, acompanhando-a, para não deixar marcas fundas na areia e pegou uma pequena bola branca.

- Este é o bolim, nós o jogamos e, depois, vemos quem consegue chegar mais perto dele com as próprias bolas. - Luiza pegou uma bola verde escura entregando-a para Valentina, sorrindo. - Já que seus olhos estão escuros esta noite, porque não fica com as verdes?

Valentina colocou a mão sobre a bola e, de alguma forma, conseguiu puxar Luiza para mais perto. Em vez de pegar o objeto dela, sua boca a cobriu de uma maneira que logo pareceu familiar, mas, ainda assim, surpreendente. Luiza lhe envolveu o pescoço com sua mão livre aprofundando mais o beijo.

Quando o som de um carro passando a lembrou de que estavam em um local público no meio do resort, ela se forçou a afastar-se daquela boca deliciosa que lhe tirava dos eixos.

O polegar de Valentina percorreu seu lábio inferior, provocando-a.

- Já gostei desse jogo.

Ela corou com o calor das palavras que recebia, embora não houvesse mais nenhum motivo para corar na frente de Valentina. Não depois de todas as maneiras como haviam feito amor, da quantidade de vezes em que ela colocara a boca e as mãos em seu corpo.

Entretanto, algo lhe dizia que sempre coraria com ela, que aquele frio na barriga sempre estaria lá quando ela lhe lançasse um daqueles olhares quentes e intensos.

Ela queria tão desesperadamente olhar para o futuro, imaginar como poderia ser, permitir-se sonhar com criancinhas com os olhos de Valentina, e sua pele bronzeada.

Mas não podia fazer isso esta noite. Podia apenas estar com ela bem ali, bem naquele momento.

- Conte como marcamos pontos no jogo. - Valentina pediu, tirando-a dos pensamentos.

Ela explicou que o time com as bolas mais próximas ao bolim marcava os pontos de cada rodada.

- Tenho uma idéia - Valentina comentou depois que ela explicou as regras, fazendo Luiza perceber o tom malicioso em sua voz.

- Mal posso esperar para ouvir.

E a verdade era que estar com Valentina era tão surpreendente, tão divertido, que até mesmo um jogo simples fazia Luiza se divertir mais do que em toda sua vida.

Como seria a vida com ela? Cada dia seria melhor que o anterior?

Perdida em pensamentos, ficou surpresa ao sentir as pontas dos dedos dela roçarem com suavidade seu queixo. Olhou para Valentina e seus joelhos quase cederam com o desejo, e o amor, brilhando em seus olhos.

- Quer adivinhar minha mudança de regras? - Valentina perguntou com a voz rouca.

- Sempre que uma perder, tem que dar um beijo na outra?

Valentina aproximou a boca até ficar a um suspiro de distância dela.

- Tão inocente. - sussurrou nos lábios dela.

- Mas você quer mudar tudo isso?

- Você não quer? - Valentina perguntou. Suas palavras eram um desafio carinhoso às fantasias dela.

- Sim.

A palavra escapou de seus lábios antes que percebesse e a boca de Valentina capturou a sua de novo, por pouco tempo.

- Se eu ganhar este jogo, será minha esta noite. Se você ganhar, serei sua.

Elas iam jogar naquela noite para uma vitória sem sentido... uma jogaria pela outra. A sugestão maliciosa fez o corpo dela reagir no mesmo instante com um excesso de calor.

- Se eu ganhar... - Valentina disse com a voz baixa - você vai ser minha esta noite para qualquer coisa, para tudo o que eu desejar.

Ela sentiu os lábios se abrirem, buscando o ar que lhe faltara segundos atrás.

- Qualquer coisa?

- Qualquer coisa.

Ela não deveria querer o que qualquer coisa significava.

- Tudo?

Valentina passou os dedos por uma mecha de seu cabelo.

- Tudo Luiza.

Ela já havia feito mais coisas loucas com Valentina naquela semana do que em toda sua vida. Sexo na banheira. Ao ar livre. Contra a parede.

Naqueles breves segundos tentou dizer a si mesma que não podia haver mais, mas não adiantou.

Sabia que havia. Simplesmente porque já estava fantasiando a respeito.

- E, se você ganhar Luiza, sou sua para o que você desejar.

Ela sinceramente não sabia se queria ganhar... ou perder.

Um olhar ao amor - VaLuOnde histórias criam vida. Descubra agora