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Nota da autora: capítulo sem revisão. conterá erros!

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Fazia uma manhã ensolarada. O céu límpido e uma brisa primaveril circulava por entre as casas coloridas daquele reino com quase uma centena de anos. O Reino Das Árvores fora o último a ser  fundado, por isso carregava o pesado titulo de semi desenvolvido, mas a família Calixto cuidava arduamente para reverter tal pensamento.

O povo era insosso e sem grandes ambições, mesmo que o terreno fosse muito propício ao plantio, poucas pessoas se aventuravam com afinco a plantar, ou obter a própria terra. Todos muito acomodados com as próprias vidinhas.

Tudo começara com um velho e, talvez, louco senhor que sonhara em ser nobre e ter uma coroa sobre a cabeça e um povo sob os pés. Passou todos os últimos anos de sua vida tentando transformar uma pequena vila de tecelões em um ducado pertencente ao Reino Das Pétalas e conseguiu, um ano antes de morrer.

Foi duro e teve vários percalços a serem vencidos, porém teve sucesso depois de uma série de tarefas cumpridas, estas amigáveis e estipuladas pelo Conselho Dos Monarcas. Tudo sem derramar uma gota de sangue ou gastar magia. Coisa bem diferente da Fundação do Reino.

Cinquenta anos mais tarde, seus descendentes, mas precisamente, Alec Calixto e seu esposo, Travis; travaram uma batalha separatista, que ceifou a vida de vários soldados e homens de bem. Porém, Pétala tinha um exército, o que deixava os Calixto em ampla desvantagem e a família real daquele reino – os Nikarov –, com elevada soberba; o que é um pecado mortal na arte da guerra.

Certos da vitória, levaram como prisioneiro o líder dos separatistas, o que acabou sendo a sua ruína. Na calada da noite, Alec fugiu e forçou sob poderosa coerção, o rei assinar o documento que desvinculava e abria mão do ducado. Coisa que se conta com mais glamour e glória nos livros de história arvoriano. Algo sobre acordo e esperança, conversa e tratado.

Com o papel em mãos, Alec matou o rei e voltou para sua cela, como se nada tivesse acontecido. Na manhã seguinte foi solto, pois era impossível que tivesse sido ele ou algum dos revoltosos. Dias depois o Conselho Dos Monarcas reconheceu o novo reino, batizado de Reino das Árvores em referências às baobás.

Embora vizinhos próximos, a relação entre os dois reinos sempre foi (e ainda é) de desconfiança, até mesmo depois de uma casamento entre um príncipe arvoriano e uma princesa petalina isso não mudou, apesar de amenizado.

No entanto, a família Calixto não é o foco desta narrativa, ou a fundação do reino ou até mesmo o castelo de sete torres erguido no meio do reino. Vamos apenas seguir para nordeste desta singular construção, pela rua Cantária, até o cruzamento com Rubria Fontes, onde a mansão Leneu estava localizada.

Três andares de tijolos e madeira, pintadas de branco e rosa salmão, rodeada por um impecável jardim de girassóis a meia altura. Desenhada por um arquiteto pouco conhecido, não fora projetada para ser extravagante (apesar das janelas sinuosas e das colunas com gravuras entalhadas com esmero) ou qualquer baboseira do tipo, existia apenas para ser um lar e agora abrigava a terceira geração da família Leneu.

O jardim havia sido um presente de matrimônio de Nikolos Leneu para sua esposa, Amélia. O jovem casal se mudara para o Reino das Árvores muitos anos atrás, onde tiveram uma filha, Tessa. Com a morte do pai, ela herdara o casarão e os negócios da família. Anos depois, já com a mãe morta, Tessa casou.

Construiu com Vanda uma família e juntas, triplicaram a (já grande) fortuna da família Leneu. Tiveram dois filhos, Alexandre e Abel, estes herdaram o imenso patrimônio quando elas morreram em uma expedição ao Monte Gelado.

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