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Pov Marília

- Não, Lila - Maraisa nega rindo e tampa a minha boca - Sem beijo, você não vai me atrasar.

- Eu só quero um beijo da minha esposa.

Minha esposa tenta me afastar com as mãos, mas eu seguro seu pescoço e junto nossos lábios, rindo do seu dessespero quando nossas bocas entram em contato.

- Lila... hoje é só a sua folga, não minha.

- É sua também - Falo mordendo seu lábio inferior - Você precisa ficar com a sua esposa.

- Eu preciso trabalhar, amor...

Coloco ela contra a parede e aprofundo o beijo, sentindo as mãos de Maraisa irem para a minha cintura, deixando ela sem conseguir ir embora. Sorrio quando vejo que ela está totalmente entregue ao beijo, sem conseguir controlar suas mãos passando pelo meu corpo, mas não demora muito para a morena acordar desse transe.

- Não, não e não - Maraisa quebra o beijo e se afasta - Você joga sujo, Marília.

- Eu não fiz nada, amor...

Quando vou me aproximar novamente dela, Maraisa saí correndo para atrás do sofá e pega uma almofada na mão, ameaçando jogar em mim.

- Sério, Maraisa? - Pergunto rindo - Eu não tenho medo de almofadas.

- Eu preciso ir trabalhar e você não está ajudando, Marília.

Não quero que ela vá trabalhar porque eu não quero ficar sozinha, mas sei como ela é responsável e ama seu trabalho para faltar qualquer dia sem nenhuma justificativa.

- Tá... não vou te atrapalhar mais - Admito derrota - Mas eu quero meu beijo de tchau.

- Não vou cair nessa - Ela gesticula com a almofada na mão - Você fez isso ontem e não deixou eu sair.

Reviro meus olhos e me aproximo dela, ignorando a almofada que ela joga na minha direção. Seguro seu rosto e deixo um selinho longo nós seus lábios, suspirando baixinho com esse contato.

- Você precisa tirar um dia para fazer os exames - Falo alisando a sua bochecha - Para a inseminação.

- Podemos fazer isso hoje, amor - Ela fala olhando nós meus olhos - Eu vou tentar chegar mais cedo e nós vamos no medico, tá bom?

- Tá...

- Eu te amo - Maraisa segura a minha mão e beija a minha aliança - Prometo te ligar quando chegar.

- Também te amo...

Maraisa deixa outro beijo na minha boca e saí de casa para ir trabalho. Decido sair de casa e ir para o hospital conversar com Maiara, decidir que vamos fazer a fertilização na minha esposa, pergunta quais cuidados devemos ter e mais algumas dúvidas que eu tenho que não tive tempo de esclarecer já que a minha gravidez foi interrompida mais cedo.

Sempre quis muito gerar uma criança, talvez um dos meus maiores desde sempre, mas tenho consciência da minha condição e não sou egoísta o suficiente, a ponto de tentar e acabar perdendo mais uma criança ou no meio da gravidez, ou no final, prefiro abrir mão de gerar e deixar a minha esposa fazer isso e ter um filho gerado nela, não vou deixar de amar, pelo contrário, vou amar na mesma intensidade que amaria se tivesse saído de mim, porque ainda vai ser meu filho, independente de qualquer coisa.

Coloco uma blusa de frio preta e uma calça jeans de cintura alta, deixo meus cabelos soltos e arrumo a aliança na minha mão antes de sair, mas no momento que eu abro a porta para sair e ir até o hospital, acabo esbarrando com uma pessoa que eu não esperava.

War of hearts (Malila)Onde histórias criam vida. Descubra agora