War of hearts (Malila)

76.

{Um mês depois...}

Pov Maraisa

- Filha, dorme um pouquinho na sua cama - Peço para a pequena Sophia - Não é ruim, amor, não é ruim.

Olho para a minha filha nos meus braços e seus olhinhos estão cheio de lágrimas, além dela soluçar pelo choro, já que ele aumenta cada vez que eu tento colocar ela no berço.

- Ela ainda não dormiu? - Minha esposa pergunta entrando no quarto.

- Ela dorme, mas quando está no berço desperta.

Minha esposa pega ela dos meus braços e é imediato, Sophia começa a chorar quando saí de perto de mim e eu rapidamente entendo, assim como o Léo precisava de algo da minha esposa para dormir, seja um pouco de perfume dela na sua naninha, ou uma roupa sua, Sophia também precisa, mas dessa vez algo meu, porque é meu cheiro que ela se apegou.

Mesmo passando semanas desde que as gêmeas nasceram, ainda estamos nos acostumando com a nossa nova rotina, tentando nos acostumarmos com a nossa vida agora e por mais que esteja sendo difícil, é prazeroso no fim do dia ver a nossa família vivendo mais um dia, porque é isso que vale a pena, vale a pena ver que eu tenho uma família para cuidar, a minha família.

- Não chora, meu amor - Marília pede balançando a pequena - Não precisa chorar.

- Eu tive uma ideia - Falo tirando meu moletom, ficando apenas de regata - Não sei se vai dar certo.

- O que você está fazendo?

- A mesma coisa que eu fiz com o Léo.

Pego minha pequena nos braços e coloco meu moletom no seu peito, deixando ela segurar com força. Balanço Sophia mais um pouco, até ela parar de soluçar e pegar no sono e com delicadeza eu coloco minha pequena no berço, com ela abraçada com a minha blusa e por incrível que pareça funciona.

- Funcionou... - Minha esposa fala supresa.

- Eu fazia muito isso com o Léo.

- Ah sim... espera, Maraisa, por isso minhas blusas sumiam e paravam no quarto dele?

- Tudo por uma boa causa amor - Falo rindo - Tudo por uma boa causa.

Marília revira os olhos e vai até o berço da pequena Maya, que mesmo com o choro da sua irmã, não mexeu um músculo, por já estar acostumada com isso. Olho para a minha filha e ela está com o as sobrancelhas juntas e a chupeta na boca, além de dormir igual ao Léo, totalmente espaçosa.

- Ela dorme igual a você - Marília fala baixinho no meu ouvido - Igual a você e ao Leo.

- Eu não sou espaçosa, Mendonça.

- Imagina se fosse...

Escuto a sua risada sapeca e eu reviro meus olhos, puxando ela para fora do quarto. Assim que saímos do quarto, Léo abre a porta do seu, ele acabou de acordar, percebo isso pelo seu cabelo bagunçado e pela sua camiseta levantada até a metade da sua barriga gordinha.

- Bom dia, amor - Marília fala rindo - Eu ia te acordar agora.

Léo não responde, só vai andando até as pernas da minha esposa e estica os bracinhos para ela, esperando que minha esposa pegue ele no colo e ela assim faz. Léo deita a cabeça no ombro da minha esposa e fica me olhando.

Desde que as gêmeas nasceram e Léo viu Marília amamentando outro bebê que não seja ele, o pequeno ficou mais enciumado que o normal e grudou totalmente na minha esposa, até quando ela está cuidando das gêmeas.

- Bom dia, príncipe - Falo passando a mão no seu rosto - A mamãe fez o bolo que você gosta.

- O Léo queria ver a tia Lau, mamãe.