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Pov Marília

- Nós vamos montar o quarto só depois que descobrirmos o sexo - Falo para a minha mãe - Mesmo que a Mara tenha certeza que é menino.

- Eu também acho - Ela fala dando de ombros e senta na minha frente - Maraisa tem cara de mãe de menino.

- Escolhemos o quarto ao lado do nosso para o bebê - Dou de ombros e me viro para ela - Mas a senhora pode ficar com o outro da fren-

- Luísa me chamou para morar com ela, filha.

- O quê?

- Luísa ainda mora sozinha, Marília.

- Mas eu disse que a senhora ficaria aqui comigo e Luísa no apartamento, perto da Maiara.

- Mas aqui é a sua casa, com a sua esposa e em breve o seu filho, Marília, e eu não irei para longe.

Abro a boca para responder, mas não saí nada, não quero que ela vá morar em outro lugar. Nas últimas semanas eu me apaguei tanto na minha mãe, porque eu tive acesso a um carinho que eu não tive a vida inteira e é tão fácil se acostumar com o amor. Mesmo sabendo que de certa forma, minha mãe estar aqui invadiu um pouco a minha privacidade com a minha esposa, eu estava tão feliz de tê-la perto.

- Marília... eu vou estar perto.

- Eu não queria a senhora longe - Falo baixinho - E se meu pai voltar?

- Ele não vai voltar, minha filha...

- E se ele voltar? A senhora vai voltar para aquele lugar.

- Se ele voltar, Marilia, a primeira pessoa a saber vai ser você. Eu não vou embora.

Não respondo, apenas continuo arrumando o café da minha esposa na bandeija, ignorando esse assunto, mas não vou discutir, ela é a minha mãe, não posso mandar nela, mesmo não concordando com as suas atitudes.

Corto as frutas e separo os remédios da minha esposa, até que eu sinto duas mãos passando por dentro da minha blusa e um corpo grudando no meu.

- Bom dia, amor - Maraisa fala com a voz rouca - Você levantou sem mim.

- Oi, Mara... eu vim fazer seu café da manhã.

Me viro nós seus braços e levo minhas mãos para o seu rosto e sinto a temperatura do seu corpo alta, além das suas bochechas estarem vermelhas, algo que sempre acontece quando ela está com febre.

- Eu tô doente? - Ela pergunta com um bico no rosto.

- Você está... vamos ter que ir no médico, amor.

Deixo um beijo na sua testa e ela abraça a minha cintura, não demorando muito para começar a chorar e as suas lágrimas molharem meu moletom. Seguro seu rosto e tento não rir pelo seu drama, principalmente porque qualquer coisa está deixando ela emotiva.

- Maiara vai brigar comigo, Lila.

- A culpa não é a sua - Falo e deixo um beijo nós seus lábios - Só tenta comer alguma coisa e eu vou te levar para o médico.

- Queria pizza...

- Coisas saudáveis, amor.

- Mas eu queria...

- Não, Mara, come o que eu preparei para você.

- Tudo bem... - Ela concorda tristonha.

Maraisa passa por mim e senta na cadeira da mesa, comendo mesmo que emburrada o que eu preparei para ela. Subo para o meu quarto e troco de roupa, além de deixar a roupa da minha esposa pronta e arrumo os documentos para levar, mas quando estou procurando a chave do meu carro, não consigo encontrar em lugar nenhum, então decido ir com o da minha esposa.

War of hearts (Malila)Onde histórias criam vida. Descubra agora