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Capítulo 4


Yibo

Geórgia — Estados Unidos

Duas semanas depois

— Eu não vou falar sobre isso agora,  Pakhan.

—  Desde  quando  você  me  chama  assim,  quando estamos só nós dois?

—  No  momento  em  que  você  começar  a  me  tratar como um maldito empregado, eu passarei a agir como um.

—  E  querer  que  você  se  case  e  me  dê descendentes é tratá-lo como a um empregado?

— Se eu tiver que escolher um daqueles ômegas que parecem  bonecas que você chama de opções, é sim.

— São bons ômegas de família. Além do mais, você tem se divertido bastante antes e poderá continuar a fazê-lo após o casamento, desde que seja discreto. Um deles será somente a oficial.

—  Não,  obrigado.  Na  hora  em  que  escolher  meu ômega, não pretendo continuar distribuindo minha semente pelo mundo.

Sei  que  ele  não  dará  a  mínima  para  o  que  estou dizendo.  Não  é  a  primeira  vez  que  temos  essa  discussão ou que sou pressionado para me casar.

— Se eu não tivesse distribuído minha semente pelo mundo, você não existiria.

— E quem sairia perdendo?  — Eu estou muito puto e quero encerrar a conversa, mas para minha surpresa, ele ri.

— Você não poderia ser mais parecido comigo nem se  tentasse,  filho.  

  Do  mesmo  jeito  que  a  risada começou, ela termina.

—  Mas sabe que terá que se decidir em  breve.  Não  me  resta  muito  tempo  nesse  vale  de lágrimas  que  é  o  nosso  planeta.  Quando  você  estiver ocupando meu lugar, precisará de um bom ômega ao seu lado e também de filhos que possam dar continuidade aos negócios da família.

Sei que ele tem razão e também que mais cedo ou mais  tarde  terei  que  dar  início  à  verificação  das  opções, mas  ao  meu  modo  e  não  em  uma  porra  de  uma  lista.  O futuro da Organização depende de mim e isso significa que devo  dar  o  exemplo,  obedecendo  as  regras  não  escritas, mas posso escolher meu ômega sozinho.

Inspiro,  de  saco  cheio.  Essa  é  a  parte   não tão boa de ser o chefe.

— Eu vou pensar a respeito.

—  Quer  que  enviemos  outros  nomes?  As  meninas do  ano  passado,  hoje  são  mulheres  e  dariam  ótimas esposas. E alguns rapazes são deslumbrantes e seriam mamãs perfeitos.

— Não, obrigado. A lista que me foi entregue é mais do que suficiente. — Minto, para que ele pare de falar.

—  Quando  você  vem  para  casa?   —  Muda  de assunto, talvez percebendo que estou no meu limite.

Eu sei que ele ficaria ofendido se eu colocasse em voz alta, mas cada vez mais considero os Estados Unidos como meu verdadeiro lar. Depois que meus pais faleceram em um acidente de trem há cinco anos, os únicos motivos para  visitar  a  China  têm  sido  negócios,  sejam  eles contratos  ou  para  rever  o   Pakhan.  Meu  avô  se  encontra com a saúde debilitada e tem evitado sair da velha pátria.

— Eu não posso ir no momento, mas em breve.

…..

Dias depois

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