Capítulo 10
Yibo
Ele come em silêncio. Os movimentos impecáveis, em uma performance perfeita de bom menino.
Talvez alguma parte dele ainda seja, mas há muito mais por dentro de Xiao Zhan do que ele deixa vir à superfície.
Sei o suficiente sobre a alma humana para ter certeza de que se eu empurrar diretamente, ele se fechará cada vez mais. Não, preciso do elemento surpresa, como quando sem nem mesmo ter certeza do porquê, me aproximei dele na cozinha com o pretexto de ajudá-lo.
Pretexto é uma boa palavra aqui, já que desde que cheguei, queria uma desculpa para sentir sua pele. O doce aroma dos seus cabelos me deixou um pouco embriagado, me fazendo esquecer quem ele era e o que exatamente está fazendo aqui.
Eu me pergunto se tem medo de mim. Pela lógica, deveria, mas o ômega parece ser feito de aço. ele me atrai e isso não estava nos meus planos.
Não que já não tenha feito isso antes — seduzir para conseguir informações, usar para atingir um objetivo —mas apesar da beleza dele me tirar o fôlego, a ideia era me apresentar como um mentor, alguém em quem pudesse confiar. Um contraponto em releção às pessoas que o mantiveram longe de sua família todos esses anos.
Tudo isso saltou para uma esfera secundária no momento em que o toquei. Sou um homem com uma libido saudável e preciso de sexo em uma base regular, mas o desejo que estar perto dele me despertou, a necessidade de sentir aquela pele suave sob meus dedos, me pegou desprevenido. ele mal prova a comida, o garfo mais brincando no prato do que exercendo sua função.
Finalmente, desisto da guerra silenciosa.
— Você não vai me perguntar por que eu o trouxe para cá?
— Eu pensei que fosse seu hóspede.
— Há uma pontada muito sutil de ironia na resposta e eu não deixo passar.
— Você quer estar aqui?
Ele solta o garfo e me encara.
— Há muito tempo o que eu quero deixou de ter importância.
— Responda.
— Não faz diferença. Aqui, cujo estado eu nem sei qual é....
— Tennessee.
— Certo. Aqui no Tennessee ou em Nova Iorque, em qualquer dos dois lugares eu não sou livre.
Não o contradigo.
— E o que você faria com a liberdade se a tivesse de volta?
Estou mesmo interessado na resposta. ele foi levado quando ainda era uma criança. Quais seriam seus planos agora?
— Estudar, talvez.
Resolvo fazer uma aposta mais alta.
— Reencontrar Zhu Zanjin? — Jogo e observo.
— Posso falar com ele?
— Eventualmente sim, mas não é seguro no momento. ele não grita ou me enfrenta. Abaixa os olhos para o prato novamente, apesar de toda a sua postura estar rígida.
— Você mandaria um recado a ele? Diria que estou bem?
— Vocês são muito próximos?
— Ele é a minha família. Você perguntou sobre casa. Minha casa será onde Zanjin estiver.
Suas palavras me atingem em cheio.
Esse ômega teve sua vida roubada e ainda assim possui mais do que eu. Eu tenho família, mas não poderia chamar nenhum deles de casa. Em meu universo, não há espaço para qualquer fraqueza e depender emocionalmente de alguém é a maior de todas.
— Você tem pais vivos. — Falo, desviando do assunto incômodo e ao mesmo tempo, tentando entender o motivo de, apesar da mãe ter implorado ajuda a Haiukan, o ômega parece desligado deles.
— Isso não tem qualquer importância agora.
— A sentença soa repleta de desprezo e faço uma nota mental para investigar a questão mais a fundo.
— Eu o ofenderia se dissesse que gostaria de me deitar?
Não quero liberá-lo ainda, mas talvez tenha sido demais para um primeiro contato.
— Você pode ir.
…..
— Xiao Zhan está comigo.
— Vou avisar à mãe. — Haiukan responde do outro lado da linha.
— Não. .
— Como assim não?
— Há algo de errado com essa história.
— Errado como?
— Coloque-se no lugar dele. Depois de tantos anos, quais seriam as primeiras pessoas que você gostaria de encontrar?
— A família.
— Para ele, é indiferente. Não empurrei o bastante, mas acho que não se importa em revê-los. Eu preciso que você investigue isso.
— Não é problema nosso. Não somos conselheiros familiares. Nosso trabalho termina aqui. Eu prometi que o encontraria e está feito.
— Não é tão simples.
— O que isso significa?
— Além dessa lacuna do porquê ele não querer rever a família, preciso mantê-lo comigo por um tempo.
Talvez ele saiba de coisas que me interessam.— Você está falando sério? Está pensando em usá-lo contra os albaneses?
— Eu garantirei que ele não corra riscos.
— Ele já passou pelo inferno.
— Xiao Zhan é forte. — Me irrita para caralho que me questionem, então mudo o assunto para encerrar a conversa. — Faça o que estou dizendo. Descubra por que ele não quer voltar para a China. Não poderia ir agora, de qualquer modo, porque os albaneses estão à sua caça, mas não gosto de pontas soltas.
— Eu imaginei que iriam atrás. Deixá-lo vivo seria um risco desnecessário.
— Outra coisa. Eu preciso que você vá encontrar alguém. Um amigo dele.
— Não tenho tempo para esse tipo de coisa.
— Arrume. Seu trabalho com Lykaios está acabado.
Já passou da hora de assumir seu papel na Organização.
Ele não responde, mas sei que honrará o nosso trato. ..
— Haiukan, estou falando sério. Preciso que você vá verificar o amigo dele.
— Por que eu?
— Porque o ômega, Zanjin, é imprevisível e também importante para Xiao Zhan.
— Certo. Mande alguém me passar as instruções.
(...)
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Amor e Máfia
FanfictionBom ,eu já havia postado essa estória que eu amo demais e resolvi trazer ela novamente e tem algumas do meu outro perfil que vou trazer pra cá também,quem já leu pode matar a saudade e quem não leu se prepare para mais uma aventura !!!!! .A história...