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Capítulo 8

Yibo

Gusu - China

Inquietude.

Eu  desconheço  essa  sensação.  Minha  vida  é  toda baseada  em  estratégias.  Sei  o  que  quero  e  minha  mente trabalha  em  linha  reta  em  prol  de  achar  o  caminho  para conseguir.  Mas  hoje,  não  pude  esperar  o  dia  clarear  para voltar  aos  Estados  Unidos.  Havia  uma  necessidade pulsante  de  encontrar  o ômega  que  se  tornou  um  enigma para mim.

Precisei  vir  a  Gusu  e  conferir  a  ameaça  ao  meu avô.  Ruslan  anda  cansado  e  isso  pode,  em  algum  nível, gerar descuidos perigosos.

Reunimos todos os seus capitães. O  Pakhan,  assim como  eu,  gosta  de  olho  no  olho  e  eu  precisava  verificar pessoalmente se há algum traidor entre nós.

Sou um bom leitor de pessoas, mas principalmente, tenho um faro excepcional para o medo. Não é a primeira vez que sofremos uma ameaça. Longe disso. Em todas as outras, no entanto, precisei de poucos dias para descobrir de onde partia.

Dessa vez, o problema não parece de tão fácil  solução  e  começo  a  considerar  que  talvez  haja  mais do que um dos capitães envolvidos.

O  problema  é  que  os  homens  da  Irmandade  são especialistas  em  mentir  e  por  hora,  tudo  o  que  pudemos fazer foi aumentar a segurança em torno do meu avô.

Ele se recusa a sair da China, assim, providenciei para que a vigilância sobre a elite da Organização   seja mais acurada.

Eu  não  tenho  dúvida  de  que,  quem  quer  que  esteja tramando apressar o fim do  Pakhan,  é alguém com poder dentro da Irmandade.

Mal me acomodo no avião e meu celular toca.

Xue Yang.

— Tudo feito.

— Onde ele está?

— Onde você ordenou, mas há algo que deve saber.
Nova  Iorque  se  transformou  em  uma  maldita  fogueira.

Jin Guangshan  acionou  uma  busca  por  ele,  o  que  só  confirma  sua intuição. Em algum nível, o ômega não é apenas mais um para eles.

— Estou indo para aí.


(...)


Gatlinburg - Tennessee

No dia seguinte

A  mansão  escondida  no  meio  das  montanhas  do Tennessee encontra-se quase totalmente às escuras. Após a verificação habitual, desabilito o alarme com a certeza de que Xue Yang está me observando pelas câmeras.

Ando  até  o  escritório  e  sem  cumprimentá-lo, pergunto.

— Em qual quarto ele está?

— No terceiro andar.

Sei por que o colocou ali. Seria impossível fugir.

— Desligue as câmeras dos aposentos dele.

O canto de sua boca se levanta.

— Como sabe que o estava observando?

— Porque você é um maldito pervertido.

Ele  não  nega.  Há  alguma  coisa  obscura  nas preferências do homem.

— Tem certeza de que deseja que eu as desligue?

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