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Capítulo 26


Yibo


Ele  todo brilha.

Xiao Zhan  não  parou  de  sorrir  e  isso  é  algo  tão  raro que eu quase não toquei na comida.

Quando  Haiukan  me  telefonou  hoje  pela  manhã irritado para caralho dizendo que o amigo dele exigia falar comigo,  eu  quase  disse   não. 

O  problema  é  que  Zanjin  é  a ponte  para  entender  o  que  meu coelhinho  não  me  mostra sobre  si  mesmo,  então  ainda  que  sem  um  pingo  de vontade de interagir com o outro ômega, atendi.

Ele queria falar sobre o aniversário.

O primeiro que Xiao Zhan  passaria  longe  do  cativeiro  em  três  anos.  O impertinente  disse  que  eu  deveria  providenciar  para  que meu  ômega tivesse uma noite divertida.

Não  se  pode  negar  que  apesar  de  ser  uma  mala, Zanjin é corajoso. O que ele não fazia ideia, é de que eu não precisaria que ninguém me informasse da data.

Eu  sei  tudo  sobre  Xiao Zhan.  As  únicas  coisas  que desconheço, são seus pensamentos.

Meu aniversariante não imagina o que eu precisei movimentar  para  trazê-lo  aqui  em  segurança. 

Enquanto Guangshan não estiver morto e a célula de sua organização nos Estados Unidos, exterminada, eu não posso me dar ao luxo de correr riscos.

A  quem  estou  querendo  enganar?  Mesmo  com  o desgraçado  fora  de  combate,  a  vigília  sobre  ele  ainda precisará ser intensa apenas pelo fato de estar comigo.

— Obrigado. — Diz com um aperto em minha perna por debaixo da mesa.

— Eu sei que não é um aniversário ideal, comigo e os caras somente, mas foi o melhor que pude oferecer no momento.

Ele me surpreende ao se levantar de sua cadeira e se sentar no meu colo. Segurando meu rosto, me beija na frente de todos.

—  É  perfeito.  Não  sabe  o  que  significou  para  mim você ter organizado essa festa e eu ainda poder falar com Zanjin.

Sempre  fui  um  homem  discreto  com  as  minhas conquistas, mas acabo de dar um foda-se às regras.

Esquecido de quem está à nossa volta, puxo-o pela nuca  para  um  beijo  mais  profundo.  Quando  nos separamos,  ele  custa  a  abrir  os  olhos,  mas  quando  o  faz, há  um  brilho  ali  que  eu  vou  trabalhar  muito  duro  para manter.

— Eu vou trazê-lo para você em breve. Tem minha palavra.

—  Pelo  amor  de  Deus,  arrumem  um  quarto.   

Xue Yang fala, mal-humorado.

— Respeite meu ômega, idiota.

Leonid ri, mas Zhuocheng me olha de um jeito estranho.

— Eu não quero ser estraga-prazeres,aniversariante, mas devemos ir.

Ele responde perto da minha orelha.

— Tudo bem. Podemos terminar nossa

comemoração em casa.

….

Estamos no saguão do edifício em que se localiza o restaurante.  O  lugar  está  totalmente  desocupado  a  essa hora.  Eu  o  mantenho  em  meus  braços,  enquanto aguardamos  que  a  varredura  habitual  por  bombas  ou rastreadores seja feita no carro que nos levará.

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