Amor e Máfia

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Epilogue

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Xiao Zhan

Um ano e meio depois

“Era uma vez um ômega de um reino muito distante que sonhava com um príncipe encantado.”

É assim que as pessoas imaginam que deveria começar um conto de fadas.

Ao longo da história, o ômega é posto à prova por uma gama de eventos desafiadores, mas mantém sua bondade infinita e no fim, é salvo por um maravilhoso cavalheiro de armadura brilhante. Depois disso, o casal viverá uma relação perfeita e eles serão felizes para sempre.

Só que a minha história é real.

Nela há um príncipe ômega — ou rei como meu marido prefere me chamar — que veio de um reino distante e que teve sua vida subitamente revirada por capricho de vilões.

Sim, porque no meu mundo, que não é aquele protegido pelas páginas de um livro, a maldade espreita a cada esquina.

Claro, também existe um príncipe, mas não o encantado. Um com um lado obscuro, alguns — ou muitos defeitos — e que carrega diversos pecados nas costas.

Não há a promessa de um felizes para sempre. Ao invés disso, um relacionamento apaixonado em que as vezes o ômega tem vontade de arremessar algo no príncipe e em outras, mal consegue esperar para arrancar suas roupas e ouvi-lo gemendo seu nome enquanto o possui.

— Sonhando acordado? — Meu amor, salvador e melhor amigo pergunta.

— Sempre. Acho que nunca conseguirei amadurecer nesse sentido.

— Não mude. Eu amo tudo em você. Até os defeitos.

— Eu não tenho defeitos.

Ele ri.

Lembra do que eu falei sobre Yibo não ser um príncipe perfeito? Em um conto de fadas, ele deveria concordar comigo.

— Não defeitos muito óbvios, em todo o caso. —Completo, sorrindo de volta.

— Tudo bem, meu ômega perfeito. Qual é o sonho do dia?

— Não era um sonho. Estava pensando em nós dois.

— Coisas boas? — Pergunta, me puxando para o seu colo.

Estamos na varanda de nossa casa de férias. Agora, graças ao vovô Ruslan, temos uma ilha particular. Não na China, mas no Caribe, mas ainda assim, uma ilha.

— Sim.

— Poderia compartilhar esses pensamentos?

Olho para o homem que eu amo e pai da minha filha.

É difícil acreditar que alguém tão poderoso possa soar inseguro às vezes, mas Yibo já me confessou que não se sente digno de mim.

Nos primeiros meses de casamento, quando recuperei minha liberdade graças à morte de Guangshan, não era incomum ele ficar ansioso se eu me atrasava para voltar depois de uma ida ao shopping ou até mesmo uma consulta médica. Um dia, ele me confessou que temia que eu desistisse dele e fosse embora para sempre.

Depois que Wang Xiao Yanli nasceu — seus medos mudaram. Ele despertava na madrugada para ter certeza de que ambos estávamos seguros.

Apesar de nunca ter conversado comigo sobre toda a história de Ziyi, eu conferi em primeira mão o que o avô dele havia me contado: que a morte de sua irmã o modificou para sempre. Confiar para Yibo não é uma tarefa fácil e acho que ele jamais relaxará em relação à nossa segurança.

— Não é nada que já não saiba. — Por fim, volto ao presente. — Você torna cada vez mais difícil sonhar. Eu tenho a vida que desejo.

— Você é um sedutor, menino.

— Por dizer que o meu alfa me satisfaz de todas as maneiras, Pakhan? — Sorrio e dou uma piscadinha.

Ele me dá uma palmada, em resposta à minha provocação por tratá-lo como os membros da Organização fazem. Só que as coisas entre mim e Yibo pegam fogo muito rápido, então logo após, sua mão está massageando meu bumbum e em seguida, seus dedos tateiam minha cueca.

— Ela está dormindo? — Pergunto, já com o corpo aceso pelo desejo.

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Em Atlanta, com meus estudos e tudo o mais, precisamos da ajuda das babás, mas quando viajamos para cá, queremos estar a sós com a nossa filha — ah, e com pelo menos uma dúzia de seguranças, claro.

— Sim. E acho que não acordará mais até de manhã — Diz, sorrindo.

Eu sei o significado daquele sorriso sexy. Ele tem planos para nós dois.

— Mesmo? E o que faremos para ocupar o resto da noite?

Seu sorriso aumenta.

— Eu tenho uma imaginação muito fértil, lindo.

(....)