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Capítulo 13

Yibo

— É ele o ômega que Xue Yang resgatou?

— Desligue a porra das câmeras. O que diabos há de errado com vocês?

— Por onde eu começo? A lista é grande. Além do mais, você não tem como negar que o ômega é uma delícia de se olhar.

— Não me faça mudar de ideia e mandar sua bunda feia de volta para a Europa.

— Mal-humorado, chefe?

Olho para o filho da puta que também vem a ser um dos meus melhores amigos.

Leonid é enganosamente o mais agradável de todos nós.  Ele  é  o  coringa  da  Irmandade.  Conversa  mansa, amigável  em  um  primeiro  momento,  mas  tão  letal  quanto uma  cobra   krait  malasiana  e  também  um  dos  melhores atiradores da Organização.

— Vamos precisar rever a porra do seu papel?

— Com medo de perdê-lo para o meu charme?

— Não acho que ele preferiria um idiota.

Ele sorri e dá de ombros.

— Nunca se sabe.

—  Fique  de  olho  nele.  Não  só  sobre  ameaças externas, mas em uma possível tentativa de fuga também.

Não tenho certeza ainda se posso confiar que pensará com clareza sobre a própria segurança.

—  Eu  sei. Xue Yang  e  Zhuocheng  me  colocaram  a  par  de tudo.

Seu  tom  já  mudou  completamente.  O  homem  é escorregadio,  adaptando-se  à  situação  conforme  a demanda.

Eu não queria ir embora agora, mas Leonid chegou com  a  notícia  de  que  tenho  um   convidado  me  esperando em Atlanta. Uma surpresa repentina.

Eles  capturaram  um  dos  soldados  que  vivia  dentro da  casa  em  Nova  Iorque.  Alguém  que  não  somente  é  da confiança  de  Guangshan,  mas  que  esteve  perto  de  Xiao Zhan durante todo o tempo em que ele foi mantido cativo.

Eu preciso lhe arrancar informações. Quero saber o que  pretendem  fazer  quanto  à  fuga  dele,  mas  também sobre nossa mercadoria desaparecida. Tive a confirmação de que foram os bastardos que explodiram um de nossos navios que faria uma entrega de armas na América Central.

— Você voltará para cá, eu suponho. Quanto tempo pretende  ficar  por  aqui?  A  segurança  da  casa  tem  uma limitação. Não deve se manter por muitos dias na mesma localização.

Ele  tem  razão,  mas  não  encontro  uma  solução imediata para o dilema.

— Ainda não sei. Preciso analisar as possibilidades.

Não posso simplesmente soltá-lo no mundo.

— Não  pode  ou não  quer?

Ando  para  a  porta  e  quando  a  alcanço,  volto-me para encará-lo.

—  Não  ligue  a  porra  das  câmeras  no  quarto  dele.
Não  puxe  assunto  ou  o  incomode  se  ele  não  tomar  a iniciativa. Estarei de volta o mais rápido possível.

— E se ele quiser falar com você?

— Ele não vai pedir.

Já o conheço o suficiente para entender que nunca implorará  por  nada.  Somos  muito  mais  parecidos  do  que gosto de admitir.

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