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Capítulo 38

Yibo

No dia seguinte

— Eu estava na China ,em Yunmeng.

— O quê?

Ele acaba de acordar e observa enquanto me visto.

Talvez  eu  esteja  despejando  muita  coisa  de  uma  vez  só, mas  depois  de  todas  as  merdas  que  aconteceram  ontem, não quero mais segredos entre nós.

— Fui me encontrar com o seu pai.

— Como? Por que não me disse?

Sento-me na beira da cama.

—  Você  pediu  que  eu  conferisse  a  história  do  seu sequestro  e  eu  fiz,  mas  eu  não  tinha  certeza  do  que resultaria a conversa. 

Lembro do que Zhuocheng me disse, sobre  deixá-lo  ver  quem  eu  sou  realmente. 

—  Se  ele o  tivesse vendido de fato, estaria morto agora.

— Você o…. ele está…?

— Não.

Posso ver a ansiedade se espalhando dentro dele.

— Eu não compreendo.

Não  há  como  dizer  o  que  preciso  de  uma  maneira suave.

—  Foi  tudo  uma  armação.  Seus  pais  não  o negociaram.  Ele  o  enviou  para  o  que  havia  prometido: somente estudar.

Ele tenta se levantar, mas eu o pego pelos quadris e monto em meu colo.

— Não fuja. Divida o que está sentindo comigo.

—  Eu  não  sei  o  que  pensar.  Eu  passei  todo  esse tempo odiando os dois. Oh, meu Deus!

Dessa vez ele não chora, mas está tremendo.

Eu  acaricio  suas  costas.  Nunca  consolei  alguém antes, espero estar fazendo tudo direito.

—  Eu  conversei  com o Sr.Xiao.  Não  sou  o  tipo  de homem  que  confia  com  facilidade, Xiao Zhan,  mas  sei  que seu pai está falando a verdade.

Chegou a hora de esclarecer parte de suas dúvidas.

Não falarei nada sobre Zanjin. Eles terão que resolver seus problemas sozinhos.

—  Quando  eu  o resgatei,  foi  a  pedido  da  sua  mãe.

Não,  na  verdade,  foi  a  pedido  do  meu  primo,  Haiukan .  Ele conheceu  seus  pais…  bem,  essa  é  uma  longa  história.  O que precisa saber é que eles tentaram encontrá-lo, mas os recursos que dispunham eram limitados.

—  Por  que  você  não  me  contou  que  mamãe  foi quem pediu que me salvasse?

—  Era  essa  a  minha  intenção,  mas  houve  dois motivos  que  me  seguraram.  O  primeiro  é  puramente egoísta.   

Não  sinto  orgulho  do  que  vou  revelar  agora, mas se quero mantê-lo, preciso colocar as cartas na mesa.

—  Eu  pensei  que  você  poderia  me  entregar  informações sobre  os  albaneses,  uma  vez  que  morou  lá  por  tanto tempo. Assim, seria uma boa jogada tê-lo por perto por um período maior.

Ele não parece chocado, mas decepcionado.

— Você queria me usar. Eu lhe daria as informações de  qualquer  modo  se  me  perguntasse.  Eu  o  fiz,  não  foi?
Não  devia  qualquer  lealdade  àquele  miserável  do  Guangshan.
Eu o mataria, se pudesse.

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