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Capítulo 29

Xiao Zhan

No dia seguinte


—  Você  ainda  não  se  levantou.  —  Falo,  depois  de um  bocejo,  ainda  de  olhos  fechados.  Sinto  o  calor  da  sua pele em mim.

Estou morrendo de sono. Nós passamos o resto da madrugada em claro e meus músculos estão doloridos de uma  maneira  deliciosa.  Viro  o  rosto  para  esconder  um sorriso,  ao  lembrar  do  que  aconteceu,  mas  de  repente, surge também a memória do início da noite.

—  Seu  segurança  foi  atingido?  —  Pergunto, voltando-me para ele, subitamente em alerta.

— Bom dia. — Diz e me puxa para um beijo longo.

Quando  nos  separamos,  o  mini  ataque  de  pânico que me acometeu, já está um pouco sob controle.

—  Não.  Ele  é  um  soldado treinado.  Todos  os guarda-costas da Organização são, mas é muito cedo para falarmos daquela merda. Além do mais, eu não lhe dei seu presente.

—  Você  me  deu  um  monte  de  presentes  ontem.

Mandou as mulheres do  spa cuidarem de mim, as roupas, os  sapatos,  o  jantar.  Mas  o  melhor  de  todos,  você  me deixou falar com Zanjin.

Ele me entrega algo muito próximo a um sorriso.

— Você o ama, não é?

— Sim, muito.

— E quanto aos seus pais?

— Eu não me importo com eles. Não mais.

— Por quê?

— Não quero falar sobre isso.

— Eu preciso saber.

—  Que  diferença  faz  para  você  se  me  dou  ou  não com meus pais?

— Quero conhecê-lo melhor.

—  E  se  eu  quiser  saber  mais  a  seu  respeito também?

—  Contanto  que  não  tenha  a  ver  com  a Organização, pode perguntar o que quiser.

— Ainda tem algum parente vivo?

— Sim, muitos primos pelo mundo, mas o único com quem tenho um vínculo real é o homem que está com Zanjin na ilha. Liu Haiukan.

— Aquele cara mal-humorado é seu primo?

— Sim, ele é.

— Bom.

— O que isso significa?

—  Zanjin  pode  ser  um  pouco…  genioso  às  vezes, sabendo  que  ele  é  seu  parente,  fico  mais  tranquilo. 

Ele nunca faria mal à meu  amigo.

— Primeiro você precisa saber que Haiukan é um dos homens  mais  honrados  que  eu  conheço,  ele  nunca abusaria de um ômega. Segundo, eu jamais deixaria Zanjin com alguém que pudesse machucá-lo novamente.

— Tudo bem. — Respondo, sem jeito.

Eu não quis ofendê-lo, mas não posso deixar de me preocupar  pelo  bem-estar  dele  quando  estou  sendo  tão mimado aqui.

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