twenty five

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Travis aparece para me buscar antes das sete, como combinado

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Travis aparece para me buscar antes das sete, como combinado. Parece muito mal humorado quando me ajuda a colocar minha única mala no porta-malas, mas não deixo o seu azedume me afetar. Travis é um lutador, e portanto, está acostumado a ter a vitória nas mãos, então é compreensível que esteja tão aborrecido por ser derrotado de uma forma tão brutal. Não importa o que ele dissesse ou fizesse, eu não o deixaria passar o feriado sozinho, e estaria mesmo disposta a abrir mão da minha viagem se fosse preciso.

Entramos no carro, e meu adorável companheiro de viagem permanece carrancudo. Parece uma maldição que ele continue terrivelmente atraente mesmo fazendo cara feia. Hoje ele está usando um boné, lançando sombras por cima dos olhos cinzas cobertos por longos e volumosos cílios. A camisa branca dá um contraste bacana com a cor dos seus olhos, e aquelas tatuagens preenchendo os braços lhe dá um aspecto selvagem.

Então, é isso.

Estou a caminho de Nova Jersey na companhia de Travis O'Brien.

Paramos para abastecer ainda em Cambridge, e aproveito para comprar aperitivos para a nossa viagem, na loja de conveniência. É então que, enquanto espero a garota mal humorada atrás do balcão passar as minhas compras, o meu celular vibra no bolso indicando uma nova mensagem. Para minha surpresa, é Tanner. Ele está me desejando um bom feriado e expressando o seu entusiasmo para que voltemos a sair muito em breve, mas só consigo sentir o meu estômago afundar.

Tanner é um cara legal, mas… não é o que eu imaginei para mim. Tenho certeza que seríamos bons amigos, mas não posso continuar mentindo para mim mesma e dizer que senti alguma coisa com aquele nosso beijo.

Respondo sua mensagem, também lhe desejando um ótimo feriado, mas deixo de mencionar um possível novo encontro de propósito. Não quero pensar nisso durante o feriado, não quando estou indo para casa na companhia do cara por quem possivelmente estou apaixonada.

— Você vai pagar a conta ou não? — pergunta a garota atrás do balcão, ranzinza, e me dou conta de que a minha mente estava vagando para um lugar bem longe daqui.

Pago pela comida e também pela gasolina, e volto para o posto de gasolina um pouco embasbacada, vendo Travis inclinado sobre o carro, totalmente relaxado, com a luz do sol refletindo em seus olhos enquanto ele enche o tanque do carro segurando bem firme a mangueira. Minha boca fica estranhamente seca… há algo sexy na vista que deixa o meu rosto quente.

Voltamos para a estrada, e Travis finalmente decide quebrar o gelo.

— Você contou aos seus pais sobre mim? — ele parece tenso, como se esperasse ser expulso no momento em que pisar os pés lá.

— É, eu liguei pra minha mãe e expliquei a situação — digo, tranquila. — Ela disse que será um prazer te receber. Relaxa aí.

Mas ele não parece convencido.

— E o seu pai?

Faço uma careta, e Travis me lança um olhar alarmado.

— Bom… sabe como é… ele pode se mostrar ranzinza no começo, porque eu nunca levei nenhum cara pra casa, e talvez ele faça algumas ameaças e um possível interrogatório — solto uma risadinha da cara de espanto dele. — Mas não se deixe intimidar. Meu pai tem uma mania idiota de querer me proteger, mas você vai perceber que ele é um cara super bacana. Tenho certeza que vocês vão se dar super bem — eu concluo, otimista.

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