three

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— Jules! — Eu me jogo nos braços da minha amiga, feliz por ter uma distração dos livros de história

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— Jules! — Eu me jogo nos braços da minha amiga, feliz por ter uma distração dos livros de história. 

— Nossa. Eu sou o motivo de toda essa felicidade? — questiona ela, entre risos. 

— Por favor, me salve — choramingo. — Eu não aguento mais. 

Ela lança um olhar para os livros e apostilas espalhadas sobre a minha cama e franze o nariz. 

— Há quanto tempo você está estudando? 

Caio sentada na cama, bufando. 

— Quatro, cinco horas? Sei lá, perdi a conta depois das duas horas — suspiro. 

Jules senta no espaço que sobra na cama — o que não é muito — e começa a mexer nos papéis com uma expressão concentrada, como se estivesse tentando compreender o que está escrito ali, mas sei que, se depender da minha amiga, não vamos a lugar nenhum. 

— Você precisa descansar um pouco — aconselha ela, abandonando as apostilas. — Eu sei que precisa da nota, mas estudar por horas sem parar não é muito saudável. Você precisa de um tempo para respirar, comer alguma coisa, tomar um ar. 

Olho para todo aquele conteúdo acumulado, desanimada. 

— Você conseguiu absorver alguma coisa? — pergunta ela, esperançosa.

— Pouca coisa — admito. — Estou me sentindo sufocada, e eu não consigo pensar direito sob pressão. Sinto que tudo isso — gesticulo na direção dos livros — é uma perda de tempo. 

— Não precisa entrar em desespero — diz ela com a voz suave. — Você ainda tem bastante tempo para revisar todo esse conteúdo, mas por hoje, chega. 

Lanço um olhar desconfiado para ela. 

— O que veio fazer aqui? 

Jules joga o cabelo loiro e sedoso por cima dos ombros como uma verdadeira garota mimada. Ela pode até parecer uma das integrantes das Meninas Malvadas, mas quando você a conhece de verdade, percebe que é a pessoa mais fácil de conviver do mundo. 

— Vim te salvar, é claro — responde como se fosse óbvio. — Vamos sair. 

Ergo uma sobrancelha. 

— Ah, vamos? 

— Claro que sim — reforça. — Você já estudou o suficiente por hoje, agora chegou a hora de se divertir um pouco. 

— Eu não sei, não… — hesito. 

— Você mesma disse que está se sentindo sufocada. Sabe do que você precisa? — ela não espera uma resposta. — Relaxar. Então, vai lá se arrumar — ao notar minha expressão perplexa, ela acrescenta: — Eu não estava brincando quando disse que iríamos sair. 

Bom… talvez Jules tenha mesmo razão: preciso espairecer. Ficar trancada nesse quarto me remoendo e deixar o desespero tomar conta não vai me levar a lugar nenhum. Tenho um tempo considerável para estudar, e se eu souber administrar bem esse tempo, vou me sair bem. 

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