Capítulo VII

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Está aula de educação física seria um inferno para o Kakashi. Ele tinha plena noção disso. Afinal, um torneiro de futebol interturmas não era um bom sinal, especialmente quando se tratava de jogar com alunos da sua escola que o odiavam.
As turmas escolhidas foram a de humanidades de décimo ano, a sua, e a turma de décimo primeiro de economia – a turma do seu irmão.

— Estás feliz com esta aula? — Indagnou o Uchiha, enquanto abraçava a cintura do menor e beijava o seu pescoço.

— Porque estaria?

Realmente, porque estaria? Ele era bom em atividade físicas, no desporto, – era – já não o é, perdeu essa capacidade, quando perdeu a confiança em si.
Quando dissem que a confiança é a base de tudo, não mentem, sem ela não consegues algo, por mais que tentes. Para seres bom em algo tens de estar bem contigo, algo que ele não estava à anos – e não estaria agora.

— Vai ser bom — Levanta o queixo do menor e segura a sua cintura. Esperou por algum movimento da parte dela para continuar a sua fala. —, não posso beijar-te ou falar contigo, mas vai ser uma atividade gira à mesma.

— Obito... — Diz quase num sussurro com os braços em volta do pescoço dele. — Tu tens confiança em ti, tu sabes jogar, tu esforçaste e tens pessoas que acreditam em ti. — Disse com os lábios à centímetros de distância. — Eu não tenho nada disso, nunca tive.

— Agora tens. — Beija a ponta do seu nariz com carinho para, então, retornar a falar. — Tens me a mim, ao Izuna, ao Tobirama e o Hashirama.

— Eu sei, mas...falta a outra parte.

— Os outros não são importantes. — O Uchiha entendeu mal o que disse, pois o menos não se referia aos outros.

— Hah... — Suspira. Ele não queria sair daquela cabine onde os dois estavam, ele não queria ir para o ginásio, mas teria de fazer todas essas coisas.

— Tenta...tenta divertir-te. — Pediu. — Prometo que passará mais rápido.

— As tuas promessas são uma merda Obito, raramente são comoridas, especialmente se for algo que não tens controlo. — Disse emburrado, enrugando o nariz em desdém.

— Puff... —A boca do maior curvou-se em um sorriso, satisfeito com a expressão do menor. Ele amava aquele rosto que só ele – e mais alguns – podiam ver. Adorava cada expressão, desde um simples levantas de sobrancelhas até a um grande e radiante sorriso. Cada expressão fazia o seu estômago contrair.

— Não rias! — Contraiu a sua mandíbula em irá.

— Está bem, está bem. — Depositou um beijo na sua testa e acariciou o maxilar do albino, sentido-o amolecer na sua mão. — Eu vou sair já, ok? Dou-te tempo para te vestires, já que tens vergonha de mim.

O rosto de Kakashi endureceu, em um misto de raiva e triste, esta última que não foi identificada pelo Uchiha.

Ele não tinha vergonha dele, tinha medo e vergonha dos cortes nas suas coxas. Ele estava bem com o seu corpo, porque não estaria afinal? Fazia exercício diariamente e pequenas marcas dos seus exercícios notavam-se no seu corpo.  Todavia, os cortes em abundância, uns já cicatrizados e outros tão abertos e vermelhos.

O Uchiha dirigiu-se ao seu time e puxou dois de seus colegas para um canto.

— O que foi Obito? — Disse o rapaz, juntando as sobrancelhas.

— É o seguinte, o Hashirama pediu-me para vos dizer para não mexerem com o irmão dele, se não iram arranjar problemas e não serão poucos. — Pulverizou o espaço com o seu veneno, atingindo as vítimas com ele. Iria longe para o defender, nem que precisasse de bater em alguém, ou pior.

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