1̶ Psicopata

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Choi Yeonjun tinham uma frieza inexplicável no olhar, aquela era sua verdadeira face, não precisava de nada além da própria frieza, não precisava de outras pessoas, afeto só atrapalhava, e ele não precisava disso.

Seu único amigo era ele mesmo, só ele sabia dos seus segredos, suas vontades obscuras, seus pensamentos.

Seus crimes.

Machucava pessoas por diversão, se machucava por prazer, ele descreveria suas vontades como muito intensas pra serem compreendidas, muito profundas.

Nunca tinha sido pego, seus crimes podiam ser considerada crimes perfeitos, ele não deixava rastros, afinal, ninguém desconfiaria dele.

Seu pai era dono de vários hospitais de vários tipos, hospitais voltados a saúde, hospitais psiquiátricos, tendo uma família como aquela, dificilmente seria pego.

Mas, tão inteligente quanto ele, era seu próprio pai, que tinha notado o comportamento estranho do filho, e seguindo ele, pegou ele enforcando um garoto.

Não entregaria o próprio filho, mas, sujeitou ele a tratamentos psiquiátrico, levando ele a sessões o psiquiatra Choi Soobin.

Soobin era de confiança, não por ter um grande laço de afeto, mas sim porque era muito bem pago por isso, e sabia que sofreria consequências graves se abrisse a boca.

Então, quando Yeonjun chegou no primeiro dia de seu tratamento, Soobin já sabia que estava de frente com um suposto psicopata.

Quando aquele garoto entrou em seu consultório, Soobin notou a frieza no olhar, e como tudo naquele garoto dava um ar de perigo, e ao mesmo tempo, aquilo era atraente.

Negou com a cabeça afastando esse tipo de pensamento, ele não era louco, estava ali pra tratar aquele garoto, que era um perigo pra sociedade.

Sentando na cadeira de frente pra mesa do Soobin, Yeonjun ficou em silêncio, só olhando pra ele, sem passar nenhuma emoção em seu olhar.

— Bom dia, Yeonjun — sorriu fraco — Antes de tudo, eu não quero que você se sinta pressionado ou julgado, aqui você pode ser completamente sincero, é como uma espécie de terapia.

— Eu sei, meu pai tá te pagando pra você tentar me mudar, mas não vai adiantar nada.

— Não quero que você fique na defensiva, Yeonjun — respirou fundo — Me conta o porque você está aqui.

— Eu machuco pessoas, e eu gosto disso — deu um sorriso de canto — Acho que eu sou um doente, doutor Choi.

Soobin ficou em silêncio, perdeu completamente a fala, não entendia porque aquele garoto problemático era tão atraente, vindo daquele rosto lindo, aquelas coisas até pareciam menos ruins.

— Ok, certo — ele disse após alguns segundos tentando absorver o que tinha escutado — O que é dito aqui é totalmente confidencial e não sai daqui, então, me responda com sinceridade... — deu uma pausa — Você já matou alguém? — perguntou já sabendo da resposta, já que o pai do garoto havia contado.

— Por que quer saber disso? Tá com medo que eu faça algo com você?

Aquilo até era algo a se pensar, mas, por algum motivo, medo era a última coisa que o Soobin sentia.

— Não, é só pra ajudar com o diagnóstico.

— Diagnóstico? — riu — Você quer me tratar, doutor Choi? Acha que eu preciso da sua bondade pra me tornar alguém melhor?

O tom que o garoto falava era de deboche, e até, provocativo, Soobin não sabia explicar como se sentia perto dele, se sentia estranhamente atraído.

— Eu... — mesmo sendo um profissional, era como se fosse um novato perto daquele garoto — Você sente algum tipo de empatia?

— As pessoas são ruins e frias, não são muito diferentes de mim, a diferença é que elas escondem isso bem, então, por que eu teria algum tipo de empatia?

Soobin reconhecia um psicopata quando via um, a frieza daquele garoto, a falta de empatia, o jeito de agir dele gritava narcisismo, e o Choi mais novo sabia bem o que isso era.

— Eu vejo traços claros de narcisismo em você, Yeonjun. Por que você acredita que é melhor que as outras pessoas?

— As outras pessoas são medrosas, não tem coragem de fazer o que tem que ser feito.

— O que tem que ser feito?

— Sangue — falava com uma frieza inexplicável — Se alguém te atrapalha, é só você tirar sangue dela... Que tá resolvido — olhou pro mais novo com um sorriso — Não é bem mais fácil?

— Você não se sente mal por fazer as pessoas sofrerem?

— Por que eu me sentiria mal por fazer algo tão bom? — mordeu o lábio inferior — Eu gosto de ser ruim.

O Soobin ficou em silêncio, estar sozinho em uma casa com aquele garoto podia até ser perigoso, mas ele se sentia tão atraído, o perigo parecia convidativo.

Com certeza, ele queria descobrir mais sobre o Yeonjun, e talvez, isso fosse mais além que o planejado.

"Eles dizem que eu fiz algo ruim
Então, por que foi tão bom?
Nunca me diverti tanto
E eu faria de novo, de novo e de novo se eu pudesse
Foi simplesmente tão bom"

Criminal [Yeonbin +18]Onde histórias criam vida. Descubra agora