Lua | Metamorfose •Rosattaz

07 - yourself

Oi voltei pra cá com mais um capítulo pra vocês, eu espero que estejam gostando da história e qualquer dica deixem nos comentários por favor 🥰

Capítulo não revisado 🚨

Boa leitura a todos vocês

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" O amor antigo vive de si mesmo,
não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige nem pede. Nada espera,
mas do destino vão nega a sentença"

Rosamaria POV

Flashbacks ON

•• Carta de sua Cá

" Escritos antigos... que lembram coisas antigas... e tão recentes... Há bem pouco tempo atrás quase entreguei minha alma ao Diabo só pra ficar do teu lado, foi quando então eu percebi que ela já não era mais minha, desde quando nossos lábios se encontraram ela virou tua, talvez sempre fosse, antes de cochilar, à noite, quando meus murmúrios e minhas lágrimas tomam conta dos meus sentidos, ou quando me vejo só como agora, quero acreditar que essa tristeza seja para compensar nossa felicidade, é quando acredito que ainda seremos felizes. Há bem pouco tempo atrás eu me importava com aparências, palavras ou mesmo com o português, agora nem com as sombras consigo me importar mais, talvez pq eu não perceba, pois é assim que vivo, assim que passo as estações todas, pensando em um amor perdido, sonhando com o tal, e eu já nem me importo mais com o que os outros pensam disso.
Eu gostaria de acreditar que somos um romance, e que tudo vai dar certo um dia, mas sei que é tarde demais, tarde para flores, bombons, velas, beijos, tarde até para palavras é tudo sem sentido agora. Um dia vi em teus olhos, vi a vertigem presente ainda, apesar de toda distância, pq não me deixa mais ver teus olhos??? Pq não me deixa te sentir???
Respostas fáceis de serem respondidas, mas incompreensíveis até pra você que já decorou a respostas. Às vezes eu invento um romance, às vezes eu me mudo pra outro lugar, às vezes eu te mando pra um lugar... e outras, fico assim em transe, sem ao menos saber o que pensar.
Já perdi as contas de quantos seqüestros planejei para te ter aqui, mas agora é muito tarde, eu sei, nada vai fazer algo voltar atrás, é sempre assim, quando invento uma história já não quero mais, já decidi mil e muitas vezes que ia te esquecer, mas nada adianta... E agora fico assim me perguntando quando esse amor vai parar de doer... "

Dobrei a carta e coloquei de volta em seu envelope velho e amassado, o joguei novamente dentro de uma caixa média e enfiando ela em meu closet em cima de um dos armários ali de dentro e suspirei secando o meu rosto. Segui o mantra do dia era mais um dia de trabalho com meu pai e a minha irmã pela mini loja de conveniência que ele tem, vendia um pouquinho de tudo e atendamos gente de quase todos os lugares da Itália. Já tinha alguns meses que nossa família rapidamente para cá pós meu pai surtar com o fato de eu ser lésbica e a minha irmã mais nova ser bissexual, Mari foi a que mais sofreu e sofre não só por causa das agressões verbais, mas simplesmente porque nosso querido pai a quer moldar para ser uma garota de igreja, recatada e totalmente reservada para o dia de seu casamento com seu marido arranjado, já comigo nosso pai agia de modo mais agressivo e possessivo, as agressões físicas e abusos começaram ainda nos primeiros quatorze dias de mudança para o país, e depois se agravou para a minha irmã Mari mas depois de tanto insistir meu pai a deixou em paz. Nosso pai começou a desconfiar de mim e Mari quando tínhamos por volta dos dezesseis anos de idade mas sempre desviavamos do assunto pois sabíamos como ele era obcecado com essa história de que virou filhas para se casarem com homens, serem obedientes a eles dentro de casa e criadoras de seus filhos, mas foi realmente quando eu estava com dezoito e Mari com dezessete que ela ficou com uma colega da vizinhança e eu e Caroline começamos a "namorar" escondido dos meus pais que tudo começou a desandar, Caroline e eu nos víamos com uma frequência maior ainda e Mari sempre me acobertava mas teve um dia que nosso pai seguiu a mim e gattaz e foi por água abaixo, dali para frente foi terrível.