Uma garota chamada Bianca

De volta para casa.

Paguei o valor de um mês de aluga por uma semana a dona Margaret, a senhora que nos alugou a casa.
Durante essa semana aproveitariamos o máximo a companhia um do outro.
Levei Bianca ao cinema e deixei que ela escolhesse o filme. Assistimos a um filme de romance, Bianca chorou no final.
Fomos a um parque de diversões, comemos algodão doce, pipoca caramelizada, churros e cachorro quente. Fomos em vários brinquedos, o último foi a montanha russa, que me fez passar mal, foi humilhante.
Fomos a um clube de caraok, Me arrisquei em uma música e arrastei Bianca comigo, que me surpreendeu ao cantar muito bonito e  rendeu aplausos.
Levei ela em uma noite para jantar em um restaurante. Lasanha , quibe e batatas fritas foi o que jantamos, tomamos coco cola e a sobremesa foi sorvete de flocos e cocô e um pudim de leite condensado.
Levei Bianca novamente ao cinema e dessa vez eu escolhi o filme. Um de terror, zumbis.  Bianca mal assistiu, passou quase o filme todo escondendo o rosto em meu peito.
Foram dias incríveis. E agora voltaríamos para casa.

- Pronta ?- Perguntei quando já estávamos no portão da casa dela.
- Sim, eu acho- Disse batendo palmas. Logo a mãe dela apareceu mal contendo a alegria de ver a filha. Abriu o portão e a abraçou chorando.
- Você está bem filha?- perguntou a medindo dos pés à cabeça.
- Estou ótima mãe.
- Vem, entre- Disse dona Alda para a filha.
Bianca segurou minha mãe e me levou junto para dentro.
- Pai? - disse Bianca para seu Henrique. Ele levantou os olhos do jornal sem acreditar no que ouvia.
- Pai - Falou novamente Bianca. Seu Henrique levantou e correu para Bianca.
- Menina, que saudade- exclamou ele.
- Também estava pai.
Quando se soltaram ele me encarou feio.
- Temos que conversar- falou fazendo sinal para que nos sentasse.
Bianca sentou ao meu lado e Dona Alda ao lado de seu Henrique.
- Foi muita irresponsabilidade sua fugir com minha filha. - Rosnou ele.
- Pai eu fui por que eu quis, ele não me levou a força, então se ele foi irresponsável eu também fui - disse Bianca com firmeza.
- Eu devia te deixar de castigo pelo resto de sua vida Bianca. Se você fazer uma coisa dessas de novo eu te coloco em um colégio de freiras- Falou bravo para Bianca.
- Eu não vou fazer isso de novo se o senhor não tentar me afastar dele- Falou segurando minha mão- E se tentar- continuou- Eu fujo e não volto mais - Ameaçou.
- Você quer ficar com ele? Então fique, mas depois não te quero ver chorando pelos cantos- Retrucou.
- Seu Henrique, eu vou cuidar de Bianca, ela é preciosa para mim, eu te peço agora a mão dela em casamento.
Dona Alda e Seu Henrique arregalaram os olhos, Bianca apertou ainda mais a minha mão.
- Aliás, eu peço a vocês dois a mão de Bianca em casamento- Ressaltei.
- É isso o que você quer Bianca?  - perguntou seu Henrique esperançoso de que talvez a resposta fosse não.
- É exatamente o que eu quero- respondeu ela.
- Minha resposta é sim, eu lhe dou permissão para desposar minha filha. - Falou dona Alda.
Seu Henrique limpou a garganta e disse: - Se é o que querem, então tem a minha permissão também, mas se fizer ela sofrer...- Falou deixando a frase inacabada.
Depois de dar um abraço em Bianca, fui para minha casa. Entrei direto pois eu tinha uma cópia das chaves da casa.
- Oi- Falei desviando os olhos de todos da televisão.
- Filho- Gritou minha mãe.  A abracei forte com muita alegria em ve - la novamente.
- Pai- falei com os braços abertos para Jeremias.  Ele deixou que as lágrimas escorresse ao me abraçar. - Você não sabe como me alegra ao me chamar de pai- Falou abraçado a mim.
- Senti Saudades de você pai.
- Eu também garoto.
- E aí grande homem- Disse Luiz me dando um abraço de urso.
- valeu irmão- Falei baixo para ele.

- Tenho uma notícia para vocês- Falei.
- Não vai dizer que sua namorada está grávida- Disse Luiz.
- Nada disso, eu vou me casar.
- O Que filho? - perguntou minha mãe incrédula
- Vou me casar, pedi a mão de Bianca aos pais dela e eles me deram, e Bianca aceitou se casar comigo.
- Meu filho vai casar- falou minha mãe
- Vamos ajudar no que precisar- falou Jeremias.
- Conta comigo irmão. -
- Obrigado Luiz.