Uma garota chamada Bianca

Casa na praia

-Carlos posso conseguir uma casa pra você passar uns tempos- disse Luiz enquanto eu me preparava para partir.
- Aonde e de quem é?
- Na beira da praia, é de um amigo meu que eu conheço a tempos. É meu chegado.
- ótimo, só que ninguém pode saber que vou pra lá.
-ninguém vai saber, eu ligo pro meu parça e aviso que você está indo.
- Esta bem- Falei apressado
- Espera- disse ele.
Depois de minutos ele voltou.
- Esta tudo certo- falou me passando o papel com o endereço.
- Obrigado - Falei dando um abraço nele.
Coloquei o papel na cama da minha mãe, peguei minha mochila e sai.
Estava impaciente esperando Bianca aparecer.
- Oi - Disse ela com euforia
- oi minha gata.
- Sou sua gata é? - disse sorridente.
- É sim, minha gataa.
Ela me abraçou e caminhas em passos apressados.
Segui as instruções que Luiz me passou para chegar na casa.
Chegamos na praia no meio de um temporal, depois de andarmos por meia hora encontrei a casa e bati na porta.
- Carlos Eduardo? - perguntou um cara que aparentava uns trinta anos.
- Isso- falei.
- Como é o nome do seu irmão mesmo ?
- Luiz- falei
- Esta certo, pode ficar quanto tempo precisar- falou me entregando a chave da casa.
- Obrigado.
Ele fez um gesto com a cabeça e saiu.

Bianca e eu entramos encharcados.
Tirei a camisa sem intenção alguma quando percebi Bianca me olhando com cobiça.
- Nada que não tenha visto antes- falei por brincadeira.
- Eu vou procurar o banheiro- disse corando e saiu apressada e sem jeito.
Depois de um tempo voltou já de banho tomado e com roupas secas. - Acho melhor você ir tomar um banho também- disse ela tentando fixar o olhar em meu rosto.
Fui para o banheiro. sentir a água quente na pele era uma das coisas que eu mais queria no momento.
Sai do banheiro sentindo cheiro de leite fervido.
Bianca estava sentada da pequena mesa na cozinha tomando um copo de leite e fez sinal para eu me juntar a ela.
me sentei e ela me serviu um pouco de leite.
-Estava na geladeira e eu achei que pudesse usar- falou se referindo ao leite.
- tudo bem, acho que não tem problema.
Ela sorriu timidamente.
- Esta tudo bem ?- Perguntei.
- Sim
- Você parece um pouco desconfortavel- sibilei.
- Hmmm, é que é estranho, estar longe de tudo o que eu conheço, estar aqui, sozinha com você.
- Não tem medo de ficar sozinha comigo né- falei pousando a mão em cima da dela na mesa.
- Claro que não, ficar com você é tudo o que eu mais quero. - Disse com doçura.
- Eu vou te respeitar sempre, nunca vou me aproveitar de você.
- Eu sei- disse ela vindo se sentado em meu colo, me Beijou com carinho.
- Estou morrendo de fome, vou ver o que posso cozinhar pra nossa janta- disse se levantando.
Fiquei olhando enquanto ela se movimentava pela cozinha abrindo e fechando portas, em algumas vezes ela parava para me olhar e sorrir, e em todas essas vezes meu coração dava cambalhotas.
Quando acabou, pegou dois pratos.
- Aqui esta- disse colocando um prato em minha frente.
pegou o outro e se sentou junto de mim.
- O Que cozinhou?- perguntei olhando o macarrão pálido em meu prato com salsichas por cima.
- como não tinha molho de tomate e nem tomate para fazer um molho, eu fiz um macarrão alho e óleo e fiz salsicha frita com cebola.
Dei uma garfada sem muita vontade e levei o macarrão pálido a boca. Bianca me olhou com expectativa. Mastiguei devagar para sentir bem o gosto que para minha surpresa estava muito bom.
- Hummm, delicioso, esse é o melhor macarrão alho e óleo que eu já comi- falei agora colocando um pedaço da salsicha na boca.
- Quantas vezes você já comeu macarrão alho e óleo? - perguntou ela
- Deixe eu pensar...só uma - falei mastigando. Ela riu e foi o riso mais doce mais contagiante que eu havia escutado.
comemos todo o macarrão da panela.
- Esta cansada?
-Um pouco.
- Vamos deitar- peguei ela pela mão e a levei para o quarto.
me deitei e puxei ela para o meu lado. ficamos abraçados um de frente para o outro de baixo da coberta.
- Gosta de praia? - Perguntei
- Não.
- Desculpe por isso, por ter te trazido para cá.
- Carlos , qualquer lugar que você estiver, é o lugar perfeito para mim.
Bianca procurou por minha boca no escuro. Senti os lábios dela em meu pescoço me fazendo arrepiar, foi subindo pelo queixo e depois encontrou minha boca me dando um beijinho e depois se intensificou,ficando mais ardente a cada segundo, Bianca se pôs a ficar em cima de mim.minhas mãos subiam e desciam por suas costas.
Senti o controlo escapando de mim, tentei desabotoar a camisa da Bianca que percebendo saiu rapidamente de cima de mim e se deitou ao meu lado.
Acendi a luz para olha- lá.
- Desculpe- disse envergonhada.
- O Que aconteceu? - Perguntei automaticamente.
- Sabe, eu sempre quis me casar virgem, era meu sonho, e eu era virgem até que Marcos abusou de mim.- contou tristemente.
- Você nunca tinha..?
- Não, nunca.
- Você não precisa lembrar disso, vamos fingir que nunca aconteceu, e que você continua virgem. - ela assentiu.
- Só não faz isso de novo, não me provoca desse jeito- falei dando um beijo na testa dela.
- Desculpa, as vezes eu perco o controlo com você Carlos.
- Se você perde o controle comigo imagine eu- falei rindo. Ela riu também.
- Vou tentar me controlar- falou com a mão em meu cabelo.
- Então tente, por que eu não sei se sou tão forte para fazer você parar.
Bianca corou.
Voltamos a deitar.
com a cabeça em meu peito Bianca dormiu.
Passei a noite pensando em como seria o dia de amanhã.