Enquanto o clima esquentava entre Bianca e eu, meu celular tocou.
Ergui ele onde eu pudesse ver , era meu irmão me ligando.
- Alo- falei fazendo sinal para Bianca parar.
- Tenho um presentinho para você- Disse ele.
- Você está com...?
- Exato, venha me encontrar- disse ele me passando o endereço de onde eu deveria ir.
- Tenho que ir, meu irmão está me esperando- falei com pressa para Bianca.
- Esta tudo bem?- perguntou ela tentando ler minha expressão.
- Esta, mas preciso ir, depois te ligo- falei e me virei para sair.
- Espera- gritou ela em minhas costas.
- O Que foi?- Perguntei urgente.
Ela veio até mim e me beijou deliciosamente e sorriu.
- Agora você pode ir- disse sorrindo.
Então sem pensar mais disparei para a rua. Parei um táxi que virava a esquina e pulei dentro dando ao taxista as informações do local.
Meu coração palpitava frenético, minhas mãos tremiam e a cada minuto eu desejava chegar logo onde Luiz estava.
O taxista parou em uma rua de terra.
Meu estômago se revirou quando avistei uma figura escura vinda na direção do táxi, mas ao se aproximar percebi que era meu irmão, ele passou dinheiro para o taxista e eu desci do carro.
- como conseguiu pega- lo?
- Você não conhece seu irmão? - disse ele maroto, com a mão em meu ombro e me levou para um barraco.
- Ele é todo seu- falou Luiz abrindo a porta de madeira para mim.Eu entro sentindo uma fúria violenta em minhas veias.
- Vou esperar aqui fora- falou ele me passando um revólver- peguei desejando não ter coragem para usar.
Lá dentro a luz da lâmpada estava fraca, mas assim que o homem sentado em uma cadeira de ferro, amarrado com cordas levantou a cabeça para me olhar, reconheci Marcos, ele me encarou por alguns segundos e depois sorriu debilmente.
Eu o encarava com fogo nos olhos, e na minha mente passava imagens da Bianca sendo jogada no chão por ele, imagens dela chorando,meu subconsciente produziu imagens dela sendo abusada, lutando para escapar dele. Não consegui mais me segurar.
Com o revólver mão, eu caminhei até ele decidido a fazer justiça com as próprias mãos.
Dei uma coronhada na cabeça dele, depois lhe meti dois socos na boca, um seguido do outro.
Marcos com a boca sangrando ainda me encarava sorrindo.
- Eis aí o herói- falou zombeteiro.
- sei que não sou herói, mas posso ser seu pior pesadelo. - Falei dando um ponta pé na cadeira que se arrastou batendo na parede de madeira e caindo no chão de barro.
Pude ouvir Marcos gemer.
Com ele caído eu o desamarrei e o deixei livre. Ele continuou caído.
- Levantaa- gritei me curvando para ele.
Ele levantou e veio em minha direção.
Não dei tempo a ele e o soquei no estômago mais de uma vez e então ele caiu.
Dei vários chutes na barriga e na virilha, ele já estava quase desmaiando.
Apontei a arma para ele pronto para apertar o gatilho.
Então pensei em minha mãe dizendo que não criou filho para ser um marginal, e de fato eu não era um marginal.
Me ajoelhei ao lado dele e coloquei o revólver em sua cabeça.
- Quero você longe da Bianca, se colocar um dedo nela eu te mato- ameacei percebendo a verdade em minha voz.
Abri a porta e Luiz olhou para onde Marcos estava.
- Bom trabalho- disse ele parecendo orgulhoso.
- Ainda foi pouco- disse rouco sentindo que precisava de água e ainda sentindo a adrenalina.
- Vamos embora- falou Luiz
- Ainda não acabei- falei com vontade de voltar e bater mais um pouco.
Liguei para a polícia e fiquei com luiz em um ponto de ônibus próximo de onde Marcos estava.
Depois de meia hora dois carros de polícia passou por nós, e quando voltou pude ver Marcos dentro do carro.
Agora estava acabado.
liguei para Bianca.
- Oi Bianca, estou indo para casa, depois converso com você- falei , ela concordou e eu fui para casa correndo para o banheiro e tomei um banho lembrando de tudo o que aconteceu naquela noite.
Agora Bianca estava segura.
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Uma garota chamada Bianca
Storie d'amore"Conhecer Bianca me deu um objetivo na vida, não sabia ao certo o que eu estava sentindo, mas naquele momento o que eu queria era cuidar, proteger e não deixar que nenhuma lágrima escorresse pelo seus olhos. Não me importava mais comigo mesmo, se B...