Naruto apertou os lábios para não sorrir.
-Eu explodo o mundo inteiro antes de te ver morrer, meu amor. - Naruto deu de ombros, sincero. Sasuke chegou mais perto e fechou os olhos. O perfume que sente é a dela, a sensação que vem até si é a dela. Mas ao abrir, o que vê é ele. Naruto se aproximou mais e aproveitou que o outro fechou os olhos de novo para beijá-lo. Sasuke ficou confuso. - Você ainda é o meu noivo.
-Eu não...
Naruto checou as cargas da arma e foi ao armário de vassouras, pegou o cinto com as balas extras, prendeu na cintura enquanto falava:
-Você não terminou comigo. E eu sou Menma, aceite. Da mesma forma que aceitou e me amou como trans, aceite que Naruto é só metade da pessoa por quem você se apaixonou. - ele estava atônito, mas ainda teve reflexo para pegar no ar o outro cinto com balas. - Não faço o tipo de garota louca que insiste em ex-namorados, mas você tem que me matar - gritava agora. Carregou a sua arma e encarou Sasuke a poucos centímetros de distância. - para eu te largar! E seu merda, a chance passou.
-Maluco.
-Sim, maluco de amor por você, Sasuke Uchiha! Maluco de amor por você, então aceite esta porra ou suma no mundo, porque enquanto eu viver, você é meu noivo e terá que lidar com o meu... - foi silenciado por um beijo que, numa ocasião mais oportuna, seria o começo de uma noite violenta de sexo. Gemeu indecente na boca dele porque seus nervos estão à flor da pele.
-Porra, é a minha princesa mesmo... - Sasuke rosnou no ouvido dele. Os dois se olharam. - Eu te deixo viver porque eu amo metade de você. A outra metade deve me conquistar, então sobreviva. - pegou-o pelo braço e deu-lhe mais um beijo. Naruto assentiu convicto. - Eu não aceito que morra.
-Esqueceu? Eu sou a noiva e quero me casar. - revirou os olhos como se fosse uma coisa tola. - Eu ainda vou vestir aquela lingerie branca e a gente vai foder como loucos. - piscou um olho.
Naruto desceu para o térreo, golpeando e atirando em quem aparecia em seu caminho e era seu inimigo. Sasuke tirou granadas do armário de vassouras, saiu pela janela e escalou até o terraço. Jogou uma granada num tanque de guerra aéreo que se aproximava. Estava no topo quando a explosão o desviou do seu curso e o fez se chocar com outro vindo atrás. Naruto alcançou a calçada e atirava, ajoelhado para ter precisão, em cada militar fugindo dos tanques aéreos.
-Chefe! - berrou seu general. Ele apontava para o alto. - São os dragonbots! - quem não pode ter um dragão, constrói um com engrenagens, chips e aço. É o que a maioria dos ricaços fazem. Naruto assobiou. Páris irrompeu do prédio de maneira poderosa. Num movimento ágil, a fera e seu montador já ganhavam o céu que deixava de ser noturno a cada minuto. Passou zunindo perto de onde estava Sasuke, que dava cobertura aos membros das duas gangues, e partiu em ataque.
A batalha foi feroz, mas não o bastante para ser uma ameaça real ou algo do tipo para Páris: o dragonbot encontrou seu fim com uma mordida no pescoço e uma queda livre sobre um tanque aéreo. Cuspiu fogo nos batalhões que se aproximavam. Mais dragonbots vinham e de todos os lados. Sasuke entendeu que os dragões menores não eram fortes o bastante para vencer aquele batalhão caso não atacassem de três para um, então montou Benvólio e zuniu ainda mais rápido para junto de Naruto. Os dois iam pelos flancos, dando batalha às falsas feras. E parece que Páris e Benvólio ficaram extremamente ofendidos por terem por rivais no combate máquinas ao invés de dragões de verdade.
Passavam tudo e todos a fogo. E que belas chamas. Explodiam como fogos de artifício. Mais quentes que o próprio sol, o Rei de Sangue derretia o que tinha o infeliz destino de estar em seu caminho e o Sicário atacava com mordidas, golpes de cauda e de garras. Nada conseguia resistir a uma defesa combinada daqueles dois dragões e mais uma horda que voava atrás.
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Perspectivas
FanficAlgumas histórias que provam que nem toda falta realmente causa um problema, para quem convive e para quem a tem, muitas vezes é apenas uma questão de como tratam essa falta, por assim dizer, de perspectiva. LISTA DE CONTOS: Conto 1 - Elas não me Fa...