Chapter 09: Josh's pain II: i assume what's mine

16 8 15
                                    


Em questão de poucos minutos estávamos adentrando o barracão de onde os gritos de Josh emanava. Olho para a cela do garoto e a vejo aberta, inabitada. Levo minha visão ao corredor, e lá estava, Josh, preso em uma cadeira de madeira, envolto por cabos de aço, correntes e algemas, gritando desesperado, seu corpinho franzino cheio de marcas roxas e hematomas vermelho, alguns arranhões, seu cabelo despenteado, seu rostinho coberto por lágrimas, consigo notar que sua dor era quase inimaginável.

Ele permanecia imobilizado, enquanto haviam homens aplicavam nele inúmeras vacinas, outros passavam em seu corpo ramos de diferentes tipos de erva, outros o batiam com diferentes objetos para ver como seu corpo regenerava, mesmo eles sabendo que isso só funcionava no ápice da transformação. Meu pai e meu tio apenas assistiam a cena, enquanto orquestrava aquele show de horrores, tendo como plateia todos os outros prisioneiros, em suas celas, calados, apenas observando.

- PAREM!!!!!!! – Felipe grita de uma forma exasperada, me causando um leve susto, olho para ele, e consigo ver sua feição carregada de ódio e dor.

Os funcionários do meu pai apenas o olham e dão risada. Continuando seus afazeres tranquilamente.

- Meninos, voltem para casa, isso não é da conta de vocês. – Meu pai diz, olhando para mim, o pai de Felipe segue assistindo tudo que faziam com Josh com deleite.

- Não ouviram o Felipe, porra! – Eu grito, fazendo todos olharem para mim. - Parem agora, parem tudo que estão fazendo. – Grito ainda mais alto, ignorando a ordem de meu pai para irmos embora, pelo contrário, vou caminhando em direção a eles, e olhando severamente para os homens que ali estavam.

- Quem é você, garoto? Se toca, chegou ontem e acha que é alguém, aqui você não manda nem desmanda. – Um dos funcionários para o que está fazendo e me responde, com feições de desdém e me ridicularizando.

- O que você teve a cara de pau de me dizer. – Olho para o homem abusado. - Cale-se, seu merda! - Grito furioso, ainda olhando firmemente para o homem. - Quem sou eu? Você quer saber quem sou eu? – Continuo caminhando, agora em sua direção, parando em sua frente. - Apenas sou o dono dessa bosta toda que você vê aqui. – Digo, girando em meus calcanhares e apontando para tudo. - Sou dono do parque, dono da porra deste Zoológico, dono de cada animal que aqui está, dono desta instituição, dono da porra deste galpão, dono de cada veículo parado ali na porta, e patrão de cada um de vocês. – Termino meu discurso, olhando duramente para todos os presentes, causando espanto em meu pai e meu tio.

- Você está louco, Louis? – Meu pai vira-se para mim, em um olhar furioso.

– Não pai, estou mais lucido do que nunca. – Respondo-o, agora, me virando para ele. – Não sei se vocês sabem, mas essa porra deste lugar era 25% de minha mãe, 12.5% de meu pai, e 12,5% de meu tio. Minha mãe, quando faleceu já havia se separação de meu pai há 3 anos, então eu herdei a parte que era dela, sendo eu seu único herdeiro legal. – Falo de forma calma e compassada. - Os outros 50% eram de meus avós maternos, ambos já falecidos, e quem é o herdeiro legal de ambos? Exatamente, euzinho aqui! – Aponto para mim mesmo, fazendo uma cara vitoriosa, culminado com um sorriso sapeca no rosto. - Ou seja, eu sou dono de 75% de tudo, sócio majoritário, emancipado e independente, meu pai e meu tio formam aqui minoria, sem contar o detalhe que sou herdeiro legal dos 12,5% de meu pai, pois, até o momento, ele não tem esposa, nem outro filho. Então vocês têm o dever de respeitar seu maior patrão. – Falo, logo em seguida parando para respirar, depois do discurso. – Agora eu vou pedir educadamente, PAREM DE FAZER QUALQUER PORRA DE COISA QUE ESTEJAM FAZENDO NESTA PORRA DESTE BARRACÃO. – Grito a todos pulmões, fazendo todos pararem de imediato e olharem para meu pai e meu tio.

Crisântemo ZooOnde histórias criam vida. Descubra agora