Crisântemo Zoo

Chapter 20: Family morning

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- Ousadia eu é quem digo para vocês, coragem de entrar aqui, achando que não teria sérias consequências, eu vou avisar uma última vez, abaixem as porras das armas, seus filhos estão aqui, não queremos que eles vejam o que pode acontecer, não é mesmo Benjamin. É melhor para todos nós. – Ouço a voz de Oliver gritar grave e firme da sala, calma aí... Benjamin? O que ele faz aqui, como ele descobriu, vish, agora lascou tudo.

Levanto-me às pressas, correndo em direção a porta, mas antes, parou no meio do caminho e olho para cama, para ter a certeza que Josh ainda dormia, e constato que sim. Ele ainda estava deitado todo encolhidinho sobre os lençóis, fofinho. Ao sair do quarto, vou em passos rápidos até a sala, a cena que encontro é preocupante.

Meu pai e o tio Benjamin apontando armas para Oliver, que estava, estranhamente, apenas de cueca box. Puta que pariu. A sala estava meio revirada, alguns móveis fora do lugar, e os ânimos mais exaltados, e o Oliver apenas de Box, bem no meio da sala.... que cena maravilhosa. Digo, engraçado, cena engraçada... Digo preocupante... há, quer saber, não digo mais nada.

- Que porra tá acontecendo aqui? – Pergunto, anunciando minha presença no local, atraindo a atenção dos 3 homens para mim, meu pai arregala os olhos quando me vê, sei que terei problemas mais tarde com ele, se sair vivo, é claro. Oliver vira rapidamente seu corpo para mim, e puta que pariu, olha isso, coitado do Louis se cair em tudo isso, vai ficar sem andar alguns meses.

- Moleque inconsequente. – A voz de meu pai soou ríspida, atraindo as atenções para sí. - Nós morrendo de cansaço tentando capturar essa aberração, fazendo dias de estudos até encontrar este apartamento, cansados de procurar este demônio, e você aqui, no covil dele, bonito pra sua cara. – Meu pai fala, afoito, me olhando com desgosto, desprezo, revolta, raiva, um mix de sentimentos, enquanto meu tio me olha incrédulo. – Você sabia que essa madrugada ele matou 8 pessoas? – Meu pai diz, aos berros comigo. - Você sabia disso? moleque imbecil!

- Como é o negócio aí? – Eu e Oliver fala em uníssono, aos homens armados a nossa frente. – Impossível ele ter matado 8 pessoas, pai, ele esteve aqui a noite toda.

- Não se faça de besta Felipe, o Oliver, ele sabe muito bem do que estamos falando. – Tio Benjamin grita, e eu, agora lado a lado com Oliver consigo ver a revolta em seus olhos, tomado por um completo preto, escuridão, raiva, algo demoníaco, longe daqueles olhos verdes esmeralda.

- Cansei de suas ofensas Benjamin. – Oliver diz, raivoso, quase num grunhido revolto. - Ou você me trate com o mesmo respeito que eu ainda estou te tratando, ou morrerá antes mesmo de piscar a próxima vez. – O homem proclama, dando um passo à frente, enquanto meu pai e meu tio engatilha a arma, causando uma risadinha sádica de Oliver. – Você invade minha casa, interrompeu meu sono, apontam-me armas, mesmo sabendo que elas são ineficientes, vocês acabam com uma manhã que deveria ser muito agradável, e para sua informação, seu filho também está aqui, dormindo tranquilo, lá no meu quarto, em minha cama. – Oliver diz, olhando praticamente na alma de Benjamin. - Bebeu comigo a noite toda, não há como eu ter matado essas tais 8 pessoas, seus filhos são prova, não me condene por algo que não fiz, eu costumo não ser muito amigável com pessoas que fazem isso.

- Cale-se, vagabundo. – Benjamin berra em alto e bom som, provavelmente acordando todos da casa, engatilhando a arma, e antes de atirar, em um milésimo de segundos, ele está caído no chão, com Oliver ao lado de seu corpo. Meu pai começa a atirar no homem, que nem sequer se move, muito pelo contrário, numa velocidade sobre-humana para frente a meu pai, agarrando o revólver com uma mão, e o pescoço dele com a outra.