Chapter 14: The Park, The Sorceress.

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O dia que se sucedeu após uma noite turbulenta, foi relativamente tranquilo, a madrugada para os funcionários do galpão foi árdua, mas, ao surgir os primeiros raios de sol, estava tudo na mais perfeita ordem. A equipe que saiu à caçada de Oliver não retornou, mais, próximo do café da manhã, recebi um chamado de meu pai, dizendo que eles só vão retornar com o homem capturado, mal sabem eles que o cara nem saiu do parque. Naquele dia o Zoológico abriu para o público normalmente, meus primos e eu fizemos nossas atividades.

Com toda a monotonia de sempre, os portões se fecharam, não havia mais público, e logo fomos para casa, descansar. Eu sabia que a qualquer momento, após o pôr do sol, Anthony poderia aparecer, hoje ele diz que iríamos a um lugar ver uma pessoa, estou aguardando-o.

Meus primos, claro, como não querem ficar de fora, estão comigo, nos mesmos balanços que no dia anterior, eles, bem mais ansiosos que eu. Todos na espera de um garoto que nem ao menos sabíamos se viria.

Poucas horas se passaram e avistamos o rapaz vindo da mata, meio desconfiado, olhando para os lados, mas, não tardei em acenar, chamando-o, esperando que ele entendesse que estava tudo tranquilo para se aproximar. Até aquele momento, Oliver não deu sinal algum de vida, o que é um alívio, ou, preocupante. Mas, não pude deixar de notar que por 3 vezes no dia, foi anunciado na TV local, que um grupo de moradores que pescavam no rio da cidade foram atacados por um animal, e pela gravidade dos ferimentos e profundidade das mordidas nos corpos, julgam ser um Aligátor. Eu não acredito muito nisso, imagino exatamente o que possa ter acontecido, mas, a verdade, talvez, jamais saberemos.

Anthony se aproxima afoito, com uma expressão um tanto quanto preocupada, nada normal, isso me deixa meio desconfortável, nunca é bom não saber o que está rolando. Mas decidi quebrar o silêncio.

- E aí, cara, como está? – Pergunto ao rapaz, que apenas sorri ladino, dando um aceno.

- Estou bem, espero que estejam bem também, temos que ir, não temos muito tempo. – Ele diz, fazendo um sinal com a mão para que a gente o seguisse, e assim fizemos.

Uma curta caminhada entre o balanço e a mata densa do parque, adentramos o local, desviando de algumas plantas de médio porte, a luz já bem rarefeita, pela quase noite, mas, Anthony não aparentava desconforto algum pela situação.

- Eu tenho medo de mata e do escuro. – Rebeca diz, fazendo uma carinha triste e assustada, vez ou outra, quando ouvia barulho na mata.

- Não se preocupe florzinha, eu te protejo. – O lobo diz. – Quer dizer, provavelmente terei que proteger a todos aqui, caso algum animal apareça. – Anthony fala sorrindo.

- Obrigado. – Rebeca o responde, nós, apenas o olhamos. – Mas, se Oliver aparecer? – Ela torna a perguntar, dessa vez num tom serio, soava apreensiva, talvez, pelo medo. 

- Neste caso, morreremos, primeiro eu, depois vocês. – Anthony responde com naturalidade, mas não posso deixar de me sentir incomodado com a frase.

- Eu acho que o Louis sairia vivo, e talvez você, Anthony, nunca pensaram em fazer um joguinho a três? Oliver era ativo ou passivo? Pelo jeito que ele se apresenta, deve ser bem selvagem, né Anthony? – Felipe que até o momento estava calado, se pronuncia, falando, lógico, uma barbaridade sem cabimento.

- Pelo amor das nossas vidas, Felipe, cala a boca, olha a idiotice que acaba de dizer. Primeiro lugar, eu sou Hetero, segundo você não deveria perguntar sobre a intimidade do cara, principalmente pro namorado dele. – Respondo Felipe com um tom de repreensão, levantando a mão e fazendo um sinal de cortar murro pra ele, travando a mandíbula.

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