Love Story

18. kiss on the lips party.

Acordada com sua lembrança sobre mim
Isso é um verdadeiro legado. 

Na escuridão do meu quarto é difícil não pensar no que tenho evitado a noite inteira, as palavras parecem estarem sendo sussurradas pelo vazio do quarto e ecoando sem parar.

E então não parece que aconteceu a 3 anos atrás, mas sim a 3 segundos e a dor invade o peito do mesmo jeito.

O ensino médio era uma ditadura, e a Constance Billard School era comanda por Blair Waldorf e Nate Archibald, o clássico casal popular de qualquer filme clichê sem graça.

Todos os anos os veteranos eram responsáveis pela festa de boa vindas da qual só veteranos podiam participar, a famosa festa beijo boca, e todos os anos todos os alunos restantes choramingavam por convites.

Mas aquele ano era diferente, além do meu irmão ser veterano, a minha querida cunhada me amava, mas aparentemente não o bastante para me dar um convite sem uma lista enorme de afazeres antes.

Blair era responsável pela festa mas terceirizava  todos os seus serviços e se limitava a dar ordens.

E depois da minha lista de 15 itens a serem compridos, ela me deu dois convites com a condição de que Nate não descobrisse de onde eu tinha conseguido.

Mas não estava nos meus planos ele descobrir que eu iria a festa, o que em tese não seria difícil já que a Blair resolveu que a festa esse ano seria com máscaras para deixar tudo mais interessante e ninguém saber quem estava beijando.

Meu irmão nunca tinha sido do tipo ciumento, mas no último verão ele começou a implicar com pequenas coisas sem sentido e eu não iria dar a oportunidade dele opinar se eu poderia ou não ir a essa festa.

E não que a máscara que eu estava usando fosse um grande disfarce, mas quando ele descobrisse talvez já fosse tarde o suficiente para eu ter aproveitado a festa.

Arrastei Peter comigo e talvez isso não tenha sido uma grande ideia já que ele parecia estar apavorado de sermos pegos onde não deveríamos estar.

A festa estava cheia e todo mundo estava mais interessado em marcar o cartãozinho com quantos beijos já tinham conseguido na noite do que em qualquer outra coisa.

Uma das primeiras pessoas que reconheci foi Blair, em frente ao bar parecendo ter uma discussão com a sua melhor amiga Serena.

Nate parecia não estar em lugar algum.

Chuck subia uma escada rumo ao terraço com uma garota loira em um vestido amarelo.

Continuamos circulando pelo lugar e eu não sei se era o fato de estar ali praticamente escondida, mas algo fazia a minha nuca se arrepiar e me dava a impressão de que alguém estava de olho em mim o tempo todo.

Peter estava levemente alterado pelo álcool e isso o deixava engraçado, mas também corajoso, ele estava se agarrando com uma ruiva a 15 minutos e eu já estava cansada de segurar essa vela, precisava pelo menos de alguma bebida mais forte.

— Hey... - tentei gritar por cima da música enquanto gesticulava para o garçom atrás do bar sem sucesso.

Mãos agarraram a minha cintura e um corpo me prensou contra a bancada do bar.