20. same story, same energy.

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Não consigo falar por medo de azarar
Nem mesmo ouso desejar
Mas seus olhos são discos voadores
De outro planeta
Agora sou tudo pra você como a Janet
Isso pode ser algo real? Pode?

Na amanhã seguinte assim que saio do prédio do dormitório vejo Bucky parado encostado em seu carro com um sorrisinho em seus lábios, respiro fundo e vou em sua direção.

— O que você está fazendo aqui? - pergunto semicerrando os olhos para ele.

— Primeiro, bom dia! - seu sorriso se alarga um pouco mais - E eu vim te convidar para tomar café comigo.

— Me levar na cafeteria do campus não é exatamente um grande gesto, você sabe disso, não sabe? - pergunto e ele faz uma cara de desentendido.

— Quem disse que eu vou te levar lá? - ele arqueia a sobrancelha e abre a porta do carro para mim. - E eu adoraria saber o que você considera grandes gestos de amor.

Ele sorri e eu sinto algo dentro de mim revirar.

Bucky da volta e entra no carro e por algum motivo idiota as minhas mãos começam a suar no momento que a trava da porta é ativada, quando ele da partida no carro o meu coração está quase saindo pela boca.

Uma música lenta começa a soar pelo carro e fecho os meus olhos por um segundo para tentar reorganizar meus pensamentos.

— E então? - ouço a voz de Bucky e abro os olhos o encarando sem entender do que ele está falando. - O que você acha um grande gesto de amor?

Amor... essa palavra parece causar um formigamento estranho.

— Hnm... - penso por um momento - Quando o Jack desiste de ficar em cima da porta para que ela não afunde e a Rose sobreviva.

— Você quer que eu congele para provar que me importo com você? - ele pergunta com um sorriso divertido nos lábios.

— Você não especificou que era algo para você copiar. - me defendo e ele ri.

— Eu não preciso copiar, já tenho as minhas próprias ideias. - ele sorri convencido. - Mas vamos lá, me de um exemplo mais realista?

— Você assistiu "amizade colorida"? - pergunto e ele revira os olhos balançando a cabeça negativamente. - Ok, a Mila Kunis é uma recrutadora de talentos aqui em New York e precisa convencer o Timberlake a se mudar de Los Angeles para cá para trabalhar como diretor de arte. - Bucky mantém os olhos na estrada mas sei que está prestando atenção no que digo. - E aí ela mostra para eles as coisas de New York que ela gosta esperando que isso convença ele a ficar, ele fica, e no decorrer do filme eles se apaixonam, brigam e ele tem que reconquistar ela.

— Obviamente. - ele diz em um tom de deboche.

— Uma das coisas que ela mostrou para ele tinha sido um flash mod. - continuo como se ele não tivesse me interrompido. - Então ele faz um flash mod para ela no meio do grand central station!  - falo empolgada e Bucky me olha sorrindo. - E aí ele se declara de um jeito fofo e sincero, isso foi um grande gesto!

— Ual, talvez essa seja difícil de superar.

Ele para o carro na frente da fraternidade.

— Não sei como me trazer para a sua fraternidade seria melhor que a cafeteria do campus. - falo e Bucky se limita a me lançar um olhar misterioso.

Quando entramos a casa está em silêncio e muito limpa, consigo sentir cheiro de lavanda no ar.

Olho para Bucky desconfiada, esse local sempre está um caos e cheirando a suor, como ele limpou tudo isso em tão pouco tempo?

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