Acordei sobressaltada no meio da noite, ofegando. Meus sonhos foram repletos de fogo e fumaça, com um rugido alto, e sombras que só deixava eu ver o fogo ao meu redor, e a pedra em formato de ovo que eu achei no meio das chamas.
Passei as mão pelos meus cabelos encharcado de suor, passei a mão no meus pescoço eu estava muito quente. Conforme recuperei o fôlego, um som diferente preencheu o ar, gritos, e os berros de alguém.
— Feyre! Acorda— falei mexendo nela.
— Hum. Oq foi Saerah, me deixa dormin— falou ela puxando a coberta sobre si.
Outro berro, e feyre deu um salto da cama, aqueles gritos não eram agressivos, mas imperativos.
Eu e Feyre chegamos ao alto da grande escadaria, segurei a mão de Feyre, a tempo de ver as portas da frente da mansão se escancararem e Tamlin entrar correndo,o feérico aos berros jogado sobre os ombros. O feérico era quase tão grande quanto Tamlin, mas o Grão-Senhor o carregava como se não passasse de saco de grãos. Parecia ser de outra espécie de feérico inferior, a pele azul, braços e pernas esguios, orelhas pontudas e longos cabelos cor de onix. Mas, mesmo do alto das escadas, eu conseguia ver o sangue jorrando das costas do feérico.
— Minhas asas— falou o feérico, engasgando, os olhos pretos e lustrosos arregalados, encarando nada. — Ela levou minhas asas.
De novo, aquele ela sem nome que lhes assombrava as vidas. Quem era ela? Se não governava a Corte Primaveril, então talvez governasse outra.
— Ela levou minhas asas — repetiu o feérico, estremecendo violentamente— Ela levou minhas asas— disse ele outra vez.
— Fique parado— ordenou Tamlin, torcendo o retalho— Vai sangrar mais rápido.
— N-n-não— começou a dizer o feérico, e tentou se virar sobre as costas, para longe de Tamlin, daquela dor que certamente vinha quando o retalho tocava os cotocos em carne viva.
Foi instinto, ou piedade, ou desespero, talvez, que me levou a segurar o braço do feérico e empurrá-lo para baixo de novo, prendendo-o a mesa, feyre segurou o outro braço dele.
— Lucien— falou Tamlin, em um comando silencioso. Mas Lucien continuou olhando boquiaberto para as costa destruídas do feérico, para e se alargando. Ele recuou um passo. E outro. Então, vomitou em um vaso de planta antes de sair disparado da sala.
O feérico se virou de novo, e segurei firme, os braços tremendo com o esforço. Os ferimentos deviam tê-lo enfraquecido muito se eu e feyre conseguia conte-lo.
— Por favor — sussurrei — Por favor, fique parado.
— Ela levou minhas asas — chorou o feérico — Ela as levou.
— Eu sei— murmurei, forçando a minha voz mas calma— Eu sei.
— Os ferimentos não estão coagulando— disse ele, sussurrando, enquanto o feérico ofegava.
— Não pode usar sua magia— perguntou Feyre.
— Não. Não para danos tão grandes. Houve um tempo em que sim, mas não mais.
— Ela levou minhas asas— sussurrou ele.
Olhei para o feérico, sobre a mesa o sangue jorrando eu senti meus olhos se encher de lágrimas, uma lágrima então escorreu sobre meu rosto então...
— Lembrei! A flor dourada vi ela no livro que tenho, talvez aja um jeito de curá-lo.
Sai correndo, com um pouco de esperança em min, por que eu queria salvar aquele feérico eu deveria desejar a morte dele isso sim, mas, não agora. Olhei para traz e feyre tentava o acalmar. Subi as escadas para o meu quarto. Vi uma cabeleireira ruiva no caminho.
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Corte de Fogo E Sonhos
FanfictionSaerah Archeron, uma garota com um destino muito misterioso e talvez até cruel. A quarta filha dos Archeron, ela e sua irmã Feyre tomaram uma decisão perigosa na floresta, e essa pequena decisão ira mudar a vida das duas.